domingo, 3 de junho de 2018

Significando-nos a nós mesmos através da Astrologia*


Em tempos confusos, onde se povoam mudanças de paradigmas, e muitas vezes parecemos perder o chão, é natural que nosso espírito angustiado saia em busca de certezas para caminhar em meio  a inquietudes.
Surgida na antiga Mesopotâmia, a Astrologia vem sendo resgatada como um Antigo Saber que tem ajudado ao Homem não só em suas ações cotidianas mas também na reinserção deste mesmo Homem num contexto muito maior de existência e significado.
A partir deste olhar, vamos discutir neste texto, o agir com a Astrologia.
Espero que gostem!


Nicolau Machiavel ( 1469 – 1527 ), autor de O Príncipe e detentor de uma visão opaca da Astrologia, dizia que “o homem prudente é aquele que dominará as estrelas”. O Homem   prudente aqui não é o homem cauteloso. Prudência aqui é diferente de cautela. Ao contrário. É ser capaz de usar a sabedoria de vida para escolher a ação mais adequada numa determinada circunstância. Dominar as estrelas aqui é dominar o contexto.
Dentro desta perspectiva, é dominar o equilíbrio dinâmico dos quatro elementos alquímicos que nos temperam a personalidade: fogo, terra, ar e água. O equilíbrio dos quatro elementos é o grande objetivo da Alquimia aplicada à saúde, não só para curar mas também para elevar a qualidade de vida do Ser.
Como os elementos estão associados aos astros, então, dominar o equilíbrio interno equivale a dominar os Astros e seus impactos em nós, de modo a tem bênçãos de Fortuna.
Conta-se que o Rei Astrólogo, Roberto de Nápoles ( 1278 – 1343 ), manda uma carta ao seu primo, rei da França, dizendo que evite entrar em conflito com o rei da Inglaterra  porque, dizia ele em sua carta “nosso primo nasceu sob auspícios tão favoráveis que quaisquer empreendimentos em que ele se meter lhe sorrirão”. A sugestão era de negociação. O Rei da França não ouviu o conselho do Rei Astrólogo. Os ingleses vencem.
Se a Astrologia nos dá as condições de entender contextos e gerenciarmos variáveis de modo que possamos evitar In-fortúnios e abrir probabilidades para as bênçãos de Fortuna, então, como ? É possível?
Não acredito que, enquanto humanos, tenhamos de fato este poder.
Acredito, porém, que ao entendermos o que nos acontece e ao juntarmos quebra-cabeças de nossas vidas, algo em nós efetivamente muda e nos empodera.
Tenho visto que o que se tira da interpretação de um Mapa Astral é de uma riqueza fenomenal.
 Historicamente falando, Jung transformou o olhar sobre a Astrologia, dotando-a, a partir de seus estudos profundos, de um sentido simbólico belíssimo ao mesmo tempo que profundo.
O Mapa Astral permite uma projeção externa da Psique humana: este é o olhar desta Astrologia Junguiana. E, neste cenário, Saturno – o Deus que devora a própria pole, ocupa um papel fundamental.
Saturno traz a extrema dificuldade, como um grande cobrador, que me limita e que sob o qual eu também sou capacitado a conquistas muito sólidas em minha vida.
Quando nos deparamos com questões saturninas em nossa vida, o questionamento que se faz é: a partir de mim, o que preciso fazer em termos de trabalho interno para lidar com estes desafios que estão sendo propostos ?
Uma das belezas da Astrologia Junguiana é que ela dá sentido a tudo, e portanto, a ação ganha sentido, incluindo nossos desertos e infortúnios.
Assim, se estou atravessando um período de intenso sofrimento, posso, ao olhar profundamente a Carta Natal e seus trânsitos e travessias de tempo, posso entender o sentido disso e desenvolver os recursos necessários para evoluir através disso e apesar disso.
A Astrologia, enquanto disciplina Psicológica, a partir de Jung é uma ferramenta lindíssima e profunda de autoconhecimento e, por isso, de cura.
Ao associarmos os florais astrológicos do sistema alquímico Joel Aleixo trazemos esta cura para o nível concreto da memória celular e reorganização comportamental, devolvendo-nos um novo impulso de vida.
A Carta Natal pode e deve ser vista como uma linda bússola o Grande Arquiteto do Universo para nossas vidas terrenas.
Um beijo grande !
*Texto baseado em aula do Filósofo Renato Janine Ribeiro

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