Em tempos confusos, onde
se povoam mudanças de paradigmas, e muitas vezes parecemos perder o chão, é
natural que nosso espírito angustiado saia em busca de certezas para caminhar em
meio a inquietudes.
Surgida na antiga
Mesopotâmia, a Astrologia vem sendo resgatada como um Antigo Saber que tem
ajudado ao Homem não só em suas ações cotidianas mas também na reinserção deste
mesmo Homem num contexto muito maior de existência e significado.
A partir deste olhar,
vamos discutir neste texto, o agir com a Astrologia.
Espero que gostem!
Nicolau Machiavel ( 1469 –
1527 ), autor de O Príncipe e detentor de uma visão opaca da Astrologia, dizia
que “o homem prudente é aquele que dominará as estrelas”. O Homem prudente aqui não é o homem cauteloso. Prudência
aqui é diferente de cautela. Ao contrário. É ser capaz de usar a sabedoria de
vida para escolher a ação mais adequada numa determinada circunstância. Dominar
as estrelas aqui é dominar o contexto.
Dentro desta perspectiva,
é dominar o equilíbrio dinâmico dos quatro elementos alquímicos que nos
temperam a personalidade: fogo, terra, ar e água. O equilíbrio dos quatro
elementos é o grande objetivo da Alquimia aplicada à saúde, não só para curar
mas também para elevar a qualidade de vida do Ser.
Como os elementos estão
associados aos astros, então, dominar o equilíbrio interno equivale a dominar
os Astros e seus impactos em nós, de modo a tem bênçãos de Fortuna.
Conta-se que o Rei
Astrólogo, Roberto de Nápoles ( 1278 – 1343 ), manda uma carta ao seu primo,
rei da França, dizendo que evite entrar em conflito com o rei da Inglaterra porque, dizia ele em sua carta “nosso primo
nasceu sob auspícios tão favoráveis que quaisquer empreendimentos em que ele se
meter lhe sorrirão”. A sugestão era de negociação. O Rei da França não ouviu o
conselho do Rei Astrólogo. Os ingleses vencem.
Se a Astrologia nos dá as
condições de entender contextos e gerenciarmos variáveis de modo que possamos
evitar In-fortúnios e abrir probabilidades para as bênçãos de Fortuna, então, como
? É possível?
Não acredito que,
enquanto humanos, tenhamos de fato este poder.
Acredito, porém, que ao
entendermos o que nos acontece e ao juntarmos quebra-cabeças de nossas vidas,
algo em nós efetivamente muda e nos empodera.
Tenho visto que o que se
tira da interpretação de um Mapa Astral é de uma riqueza fenomenal.
Historicamente falando, Jung transformou o
olhar sobre a Astrologia, dotando-a, a partir de seus estudos profundos, de um
sentido simbólico belíssimo ao mesmo tempo que profundo.
O Mapa Astral permite uma
projeção externa da Psique humana: este é o olhar desta Astrologia Junguiana. E,
neste cenário, Saturno – o Deus que devora a própria pole, ocupa um papel
fundamental.
Saturno traz a extrema
dificuldade, como um grande cobrador, que me limita e que sob o qual eu também
sou capacitado a conquistas muito sólidas em minha vida.
Quando nos deparamos com
questões saturninas em nossa vida, o questionamento que se faz é: a partir de
mim, o que preciso fazer em termos de trabalho interno para lidar com estes
desafios que estão sendo propostos ?
Uma das belezas da
Astrologia Junguiana é que ela dá sentido a tudo, e portanto, a ação ganha
sentido, incluindo nossos desertos e infortúnios.
Assim, se estou atravessando
um período de intenso sofrimento, posso, ao olhar profundamente a Carta Natal e
seus trânsitos e travessias de tempo, posso entender o sentido disso e desenvolver
os recursos necessários para evoluir através disso e apesar disso.
A Astrologia, enquanto
disciplina Psicológica, a partir de Jung é uma ferramenta lindíssima e profunda
de autoconhecimento e, por isso, de cura.
Ao associarmos os florais
astrológicos do sistema alquímico Joel Aleixo trazemos esta cura para o nível
concreto da memória celular e reorganização comportamental, devolvendo-nos um
novo impulso de vida.
A Carta Natal pode e deve
ser vista como uma linda bússola o Grande Arquiteto do Universo para nossas
vidas terrenas.
Um beijo grande !
*Texto
baseado em aula do Filósofo Renato Janine Ribeiro
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