quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O fluir responsável com a Vida

Em termos astrológicos, estamos caminhando para os últimos meses de um ano de Saturno, dentro de um Ciclo maior de 36 anos que serão regidos por Saturno. Isto não é novidade, correto? Este é um assunto bem comentado entre o pessoal que curte Astrologia.
Saturno é o Arquétipo diretamente relacionado a autorresponsabilidade e durante estes 35/36 anos vindouros este parece ser o grande enfoque cósmico para nós, em termos de trabalho pessoal e coletivo.


Sob esta ótica, as crises que vivemos do ponto de vista individual, social, econômico, político e religioso, trazem consigo a força da mudança de paradigmas e profunda reconstrução de valores internos.
Desde 10 de novembro de 2017, Júpiter - que será o regente astrológico a partir de 20 de março de 2018 - entrou em Escorpião, trazendo consigo a interação dinâmica da luz sobre o ciclo morte e renascimento das transformações, ressaltando então a vivência da crise, porém com um pouco mais de leveza e orientação. Júpiter em Escorpião fala da fé na capacidade de abrir mão, de morrer um pouco na Água das Transformações.
Mas não paramos por aí. Em 20 de dezembro de 2017, Saturno entra em Capricórnio, intensificando o tema da autorresponsabilidade. Mas... autorresponsabilidade em relação ao que?
Como é que se junta tudo isso ?
Há uma resposta simples em termos de escrita e absurdamente desafiadora em termos de prática vivida: responsabilidade em relação a sermos mais de nós mesmos a partir de nossas escolhas no cotidiano. Ser o si mesmo é uma dinâmica constante de um eterno autotransformar-se no caminho em direção à essência do Ser.
Essa é a grande meta de todo e qualquer indivíduo terreno e é com ela que temos que nos confrontar.
Jung, um dos grandes mestres da humanidade, integra meta e transformação de forma belíssima quando nos diz que “A meta é importante apenas como uma ideia; o essencial é a opus que leva à meta. Esta é a meta de toda uma vida.”
Este é um trabalho profundamente alquímico, no sentido de que nos permitimos a transformação no processo de alcançar a meta. E penso que aqui está o grande segredo para que nossa vida não caia num clichê vazio e inexpressivo.
Vc já reparou no caminhar? Vc já reparou que entre um passo e outro, vc fica por segundos sobre um pé só, meio suspenso? Experimente ampliar este processo... experimente torna-lo mais consciente, menos automatizado pelo dia-a-dia...
Perceba que enquanto vc não tem os dois pés firmes no chão, vc pode escolher qualquer caminho, qualquer direção ( inclusive cair ) e, neste processo, optar pelo novo.
A partir de quais caminhos vc alcança a sua meta? É sempre a partir de um caminhar retilinio, marchado, cadenciado? Ou vc se permite a possibilidade de descobrir novas formas do caminhar? Neste processo, vc se permite se transformar?
Simbolicamente, esse é um trabalho que ocorre a partir de um processo orgânico, na terra úmida e escura de Saturno, mobilizado pelas águas densas e inconscientes de Escorpião, mas embasado pela profunda sensação de confiança de Júpiter.
James Hillman, um maravilhoso estudioso de Jung, nos diz em seu denso livro “Psicologia Alquímica”, que “O trabalho ocorre nas profundezas do mar, onde a luz não alcança, dentro da ostra hermeticamente fechada. Então ele deve ser pescado e aberto, extraído. Não é suficiente ter uma pérola nas profundezas do oceano, não é suficiente ser presenteado com riquezas e abençoado com talentos. Pois eles podem se manter lá, ainda lacrados na ostra quando estivermos lacrados para sempre num caixão. É uma ‘meta difícil de se alcançar’ – deve ser trabalhada assim como o faz a ostra, e é preciso que se mergulhe para apanhá-la, profundamente, em águas que dissolvem.”
Dissolvem? Sim... dissolvem nossas certezas, nossas estruturas corroídas, anacrônicas, não funcionais... é para isso que Saturno nos acorda.
Mas é preciso coragem para isso! Há que se ter coragem para acordar!
E por isso Júpiter vem em nosso socorro, estimulando-nos a continuar nesse processo infinito de autodescoberta. “O homem revelado é o homem conhecido”, nos diz Hillman, “como se o autoconhecimento somente o fosse verdadeiramente no ato de revelar-se como se a transparência fosse continência. Minha substância é a minha aparência”. Isso é autorresponsabilidade. É o conhecer-se tanto e tão profundamente que a única alternativa que se tem é o assumir-se completamente, assumir-se ser responsável por seus sentimentos, pensamentos, escolhas, por ser quem se é, sem que haja necessidade de verdades interiores escondidas por detrás da pretensão exterior.
O diamante é o carbono em seu mais perfeito estado de interação. Quando na terapêutica alquímica precisamos lidar com o pretume do carbono-carvão que afasta o eu do si-mesmo, trabalhamos intensamente com o diamante: a claridade aperfeiçoada.
Transformar carvão em diamante que reluz... passo a passo... esse é um belo trabalho, não ?
Mas... deixe-me dizer algo: nossa mente não funciona de modo linear. Ao contrário! Ela é holográfica, comandando um aparato biológico para o qual o tempo é um eterno presente.
Então... saia da ilusão de metas fixas... elas não existem, a não ser como pensamento criado por uma mente que é absolutamente circular e holográfica.
A beleza de estabelecer uma meta é que vc desperte através dela e não com a meta colocada em algum lugar lá fora clamando por realização, mas a partir de vc dentro da meta !
Se vc passar a encarar sob este olhar, crises virão e passarão e vc irá aprender a se divertir com elas, porque elas sempre te mostrarão lados de vc que vc não imaginava existir e justamente por isso, poderá se transformar, se reconhecer, crescer em multiplicidade num eu capaz cada vez mais de se apropriar do si-mesmo.
Já que estamos em crise, que a crise te transforme num belo diamante !

Um beijo grande !

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Pensando nossas transformações através das dicas celestes

Em Alquimia, não há um Eu indiferente à Natureza, não há um “aqui” indiferente do “lá”.
O “Eu Indivíduo” que está numa constante dança de interação com o “Eu Universo” é paradigmático na visão alquímica do mundo.
E é a partir deste olhar que podemos pensar Astrologia. Não como algo determinista e que tira de nós a autorresponsabilidade da escolha, mas como um outro com o qual eu converso, interajo e posso compor a coreografia do viver.
A Astrologia vista como um grande convite à autopercepção nos dá a chance de tirar nossa vida da infertilidade criativa do cotidiano.
É com este espírito que proponho o pensar astrológico aqui...
Vamos lá então?


A dinâmica interacional proposta em nosso sistema para este início de semana parece interessantérrima, com dois aspectos sobre os quais gostaria de conversar com vc:
·         Júpiter, Vênus e o Sol conversando com Escorpião;
·         A Roda da Fortuna em Virgem com a energia materna da Lua que mingua.
Bem... e a que tudo isto no convida?
A ênfase da luz, do lumiar, está sobre os aspectos que precisamos transformar em nós, abrir mão e soltar o que não faz mais sentido para o nosso momento de vida. Ser autoconfiante o suficiente que te permita ter confiança no processo de deixar ir o que impede a dinâmica do nascer o novo.
Levando em consideração que estamos com contagem regressiva para o final do ano, em termos de calendário gregoriano, parece fazer muito sentido que já nos coloquemos neste tipo de análise.
Sendo assim... quais padrões de pensamento impedem seu desenvolvimento? quais sentimentos te mantém presa a um passado que não funciona mais? O que está anacrônico para vc ? Estas são sementinhas de renovação na conversa que Escorpião busca ter com vc.
A energia masculina solar parece ser completamente respaldada pela feminina energia lunar que mingua em Virgem... No seu dia-a-dia, no seu cotidiano emocional o que vc pode fazer para que se minguem coisas, sentimentos, afetos, medos não-funcionais?
O desapego não é um processo fácil, porque muitas vezes, temos a sensação de que iremos morrer com ele num vazio que traz a dor quase inexplicável da alma....
Se é assim, acolha sua dor, comece aos pouquinhos e vá se acostumando gradativamente a este processo... Assim como o Universo tem um ritmo que marca sua dança e retoma ciclos no grande relógio cósmico, marque um ritmo próprio de crescimento, transformação, ampliação e apropriação do Si Mesmo. Se há um predestino, é este !
Se vc deixar minguar o que te dói, vc se coloca no caminho da autotransformação proposta por Escorpião, fluindo com o Cosmos, permitindo que o Grande Arquiteto do Universo faça parte da sua vida.

Um beijo grande !

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A relação Feminino-Masculino e a Dificílima Arte de Amar

Aproveitando a Lua em Libra, vamos aprofundar nossa reflexão lançando um olhar Junguiano sobre a relação Mulher-Homem e a difícil Arte de Amar.


Homens e Mulheres são polaridades de uma androgenia anterior.
No olhar alquímico, a composição da energia masculina é basicamente feita sobre o fogo e a terra, quentes e secos, enquanto a composição feminina é fria e úmida, com a predominância de ar e água.
Estes dois aspectos compõem o que chamamos de serpente de pai e serpente de mãe, cuja integração deve existir em cada Ser para que a saúde, em todos os níveis, possa ser mantida.
Sol e Lua funcionando conjuntamente. Esta é a ideia.
E este é o desafio nosso de cada dia em nossa gradativa formação de Consciência do que é ser homem e do que é ser mulher.
É através do relacionamento com o outro, no sentido de Eu/não-Eu que essa identidade se forma. Vou descobrindo quem eu sou, junto com a descoberta de quem eu não sou.
Mas, quando no meio do caminho, problemas ocorrem, essa diferenciação, que para a criança é feita a partir do relacionamento com os cuidadores, problemas em relação ao ser no mundo irão ocorrer. No decorrer dos anos, estas dificuldades serão projetadas nas relações futuras, e, a julgar pelo que vem ocorrendo em termos de História da Humanidade, não estamos nos saindo muito bem....
E o ponto é básico: não sabemos reconhecer o outro como ser desejante porque não reconhecemos partes de nós que pulsam na Sombra Inconsciente. Se não me reconheço em mim, como vou reconhecer o outro? Como vou amar o outro???
Precisamos reconhecer que nossos filhos existem, sonham, desejam, sentem dor, sentem frio, sentem fome... e não estou me limitando aqui ao nível físico da coisa.
Precisamos reconhecer que há uma criança em nós que sente frio, fome, sede e necessidade de aconchego...
Precisamos compreender que a função estruturante do amor só pode ser profundamente elaborada e vivenciada quando o homem e a mulher se tornam capazes de se conhecer ao exercerem plenamente a posição dialética, que inclui os Arquétipos da Alteridade, da Anima e do Animus. Ou seja, no relacionar-me com minhas energias masculina, feminina em mim e no outro.
Essa elaboração é inseparável da liberdade, da consideração mútua e dos direitos iguais para o desenvolvimento do homem e da mulher como companheiros no processo de individuação de cada um.
Isto é muito complexo, não é um fim em si. Diria que é muito mais um processo de profundo autoconhecimento, exercício que dura a vida toda, mas sem o qual não conseguiremos avançar enquanto coletividade.
Aqui está o grande desafio, conhecer minha totalidade significa também reconhecer o que há de Sombra em mim. Não há como escapar disso, não importa o discurso que se tenha.
Durante a dominância matriarcal da pré-história predominaram os mitos de fertilidade, nos quais grandes deusas e deuses propiciam as forças da natureza. As religiões panteístas bem expressaram o culto das divindades como forças criadoras da fertilidade da natureza. Na realidade, os grandes deuses também expressam a criatividade da fertilidade.
Mas com a dominância patriarcal que gradativamente passou a existir e dominar o pensamento humano, algo se perdeu e se desequilibrou profundamente. Passamos a nascer de parte de um homem, Lillith foi esquecida enquanto mulher que se recusou a ser submissa. E as consequências nós conhecemos bem....
Homofobia, preconceito, bruxas queimadas, mulheres violentadas, o diferente assassinado, a sensualidade controlada e deturpada.
Aos poucos nos viramos para o Mito do Buda no Oriente e pelo Mito Cristão no Ocidente, com um Jesus completamente revolucionário que a Igreja insiste em esconder. Não importa... modificações gradativas começaram a abalar significativamente a dominância da organização patriarcal e a desigualdade da relação feminino-masculino.
A segunda metade do século XX apresentou o início dessas grandes mudanças nas sociedades ocidentais. Junto com os movimentos em prol dos direitos humanos, o desenvolvimento tecnológico e médico alterou fundamentalmente a relação homem mulher.
A descoberta dos anticoncepcionais e da função do clitóris no orgasmo da mulher; sua profissionalização progressiva; a despatologização e admissão da homossexualidade dentro do desenvolvimento dos direitos humanos; o estímulo ao desenvolvimento da afetividade do homem; a queda do muro de Berlin, com o término da guerra fria; a pacificação relativa dentro da globalização e o desenvolvimento fantástico da comunicação foram decisivos para propiciar o crescimento intenso da liberdade de desenvolvimento do homem e da mulher e da sua busca de um diálogo profundo para o seu conhecimento recíproco e o seu relacionamento amoroso.
Infelizmente, porém, o reacionarismo de muitas culturas dominantemente patriarcais não só não diminuiu como, compensatoriamente, até mesmo aumentou.
Ainda convivemos com nossa Sombra, com a intensificação do que há de mais retrógrado em muitas sociedades, centradas na miséria, no atraso social e na opressão conjugal e intelectual da mulher pela exacerbação da organização patriarcal repressiva tradicional nessas sociedades.
Até em função disso, e deformado pelas muitas defesas estruturadas nos milênios de opressão, o feminismo seguiu, principalmente na segunda metade do século XX, um caminho de autossuficiência, prepotência e competição com o homem pelo poder, baseado nas mesmas deformações do machismo que, através dos tempos, inviabilizaram a capacidade de amar do homem.
Nós mulheres nos tornamos fálicas... numa espécie de competição, atrelada a uma relação de poder.
Esvaziamos nossos corpos, e caminhamos sombriamente para o exibicionismo, a promiscuidade sexual compulsiva, a gravidez precoce, as doenças sexualmente transmissíveis e uma profunda desorientação existencial que nos afastou da autorrealização profissional e amorosa que pensamos ter conseguido.
Aos poucos, porém, estamos retomando nosso equilíbrio hermafrodita percebendo os descaminhos dessa busca, que, devido às inúmeras atitudes defensivas adotadas, precisam ser elaborados e modificados. Com isso, o movimento feminista vem abordando ultimamente seu grande desafio, que é a realização profissional, com a conquista da independência financeira junto com a manutenção da sua riqueza afetiva no relacionamento com o homem, com os filhos e com o lar, os quais no passado contribuíram para o seu cerceamento, mas que hoje precisam ser integrados na sua autorrealização.
Sim! Estamos avançando, mas ainda há muito por fazer para que, de fato, possamos ser capazes de amar plenamente a nós e ao outro em sua plenitude divina.
Vamos em frente, então! Temos uma herança de aprendizagem que precisa ser deixada aos nossos filhos, na esperança de um mundo melhor.
Um grande beijo !


Texto baseado em Artigo publicado na Junguiana, Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, nº 32-1, junho de 2014, São Paulo, SP. 

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Conversando sobre técnica de autoajuda para liberação emocional

O que é EFT ? Qual a sua finalidade ? Como foi desenvolvida ?


EFT é a sigla em inglês para Emotional Freedom Techniques e significa "Técnica de Liberação Emocional". É também conhecida como Tapping.
A EFT é apelidada de acupuntura sem agulhas, porque trabalha com a acupressura ( pressão nos terminais de meridianos com a ponta dos dedos ).
Está dentro de uma categoria de técnicas psicológicas não-ortodoxas denominada Psicologia Energética, cujo embasamento teórico ganhou sustentação com a Epigenética em trabalhos desenvolvidos por Bruce Lipton, autor de “Biologia da Crença”. Dentro deste paradigma está bem embasado que nosso sistema de crença modela nosso DNA volátil e, portanto, todo o nosso funcionamento celular.
Através da EFT, acessamos nós energéticos e os dissolvemos, para que a energia do indivíduo flua livremente através dos meridianos, elevando assim seu nível de qualidade de vida, sua capacidade em se concentrar, em perceber suas emoções de forma clara. Ela é utilizada para eliminar crenças limitantes e padrões negativos de pensamentos, elevar a autoestima e a autoconfiança, dissolver compulsão alimentar, curar padrões que geram ansiedade e depressão, etc.


Como foi desenvolvida ?
Ela foi desenvolvida por Gay Craig, nos EUA, a partir de pesquisas desenvolvidas pelo Dr. Roger Callahan, psicólogo norteamericano, nas décadas de 1980-1990. Nesta época, Dr. Callahan, tinha uma cliente com fobia água. Seu pânico era tão intenso que não podia ver seus pés cobertos por água que sintomas terríveis eram desencadeados.
Não obstante, houvesse feito psicoterapia durante anos e com diversos terapeutas, seu pânico diminuía de intensidade mas os sintomas não desapareciam. Assim, sua vida cotidiana estava se tornando impossível.
Mary tornou-se, então, paciente do Dr. Callahan. Depois de um ano e meio de tratamento, o máximo de progresso que eles conseguiram foi diminuir a fobia de forma que ela conseguia sentar-se na borda e colocar os pés dentro de uma piscina que havia na casa do Dr. Callahan. Ainda assim, isso lhe provocava dores de cabeça pelo resto do dia.
O Dr. Callahan já vinha estudando terapias energéticas e tinha conhecimentos em acupuntura, cinesiologia aplicada (técnica que permite através de testes musculares descobrir desequilíbrios energéticos, físicos e emocionais) dentre outras coisas.
Um dia, sua paciente Mary comentou que este medo lhe provocava uma sensação no estômago. Utilizando seus conhecimentos em acupuntura, o Dr. Callahan teve a ideia de estimular o meridiano da energético relacionado a este órgão. Este meridiano se inicia no ponto abaixo do olho onde se encontra a região inferior da órbita ocular. Ele falou para Mary que talvez pudesse fazer algo com relação a esta sensação no estômago antes de começar a sessão de psicoterapia e, então, começou a estimular este ponto através de leves batidas com as pontas dos dedos.
Depois de estimular o ponto por alguns segundos sua paciente disse: “Passou”. E ele respondeu: “O que foi que passou?”. Ela disse: “O medo, o medo de água passou completamente!”. Então, para investigar melhor a situação ele sugeriu que fossem a até à piscina. Ao lado da piscina, puderam realmente comprovar que a fobia havia simplesmente desaparecido. Anos depois, Mary continuava com sua vida normalmente, totalmente livre da fobia que a acompanhara por tantos anos.
Cerca de 20 anos depois, Mary ainda estava sem os sintomas de pânico e dando entrevistas para programas de TV norteamericanos.
É claro que o Dr. Callahan ficou impressionado com o que aconteceu e, a partir daí, começou a relacionar os meridianos com as fobias e outros problemas emocionais. Foram criadas sequências específicas e diferenciadas de batidas nos meridianos que seriam adequadas para tratar os diferentes problemas emocionais. Cada problema tinha uma sequência específica, era o que ele chamava de algoritmo. Estava, então, criada a TFT – Thought Field Therapy.
O engenheiro norte americano Gary Craig era muito interessado na área de melhoria de performance pessoal. Através da sua amiga e sócia Adrienne Fowlie, ficou sabendo que havia este psicólogo que era capaz de resolver fobias em poucos minutos. Ligou para o Dr. Callahan e perguntou a respeito da técnica aplicada para tratar fobias e ouviu do psicólogo que ela poderia fazer muito mais do que isso. Gary aprendeu a técnica e começou a aplicá-la obtendo resultados espantosos, mesmo sendo ainda um iniciante.
Passado certo tempo, Gary Craig começou a se questionar sobre a rigorosidade das sequências e ordem propostas pela TFT. Começou a testar as batidas nos pontos, fugindo da ordem recomendada pela técnica, e, gradativamente foi estruturando seu próprio método. Surgiu assim a EFT – Emotional Freedom Techniques.
Entusiasmado, Gary testou sua “receita básica” milhares de vezes, incluindo pessoas com Stress Pós-traumático e veteranos de guerra.
Atualmente a técnica vem sendo desenvolvida e aprimordada, tendo como principais representantes aqui no Brasil Sonia Novinsky e André Lima. Eu tenho o privilégio de estar sendo formada por ambos os profissionais.
A EFT usa elementos de Terapia Cognitiva e Terapia de Exposição, e os combina com a Acupressura com a ponta dos dedos num movimento de “tamborilar” sobre 12 pontos específicos de acupuntura.
No site EFT Universe, pode-se encontrar mais de 100 artigos publicados em revistas médicas e de psicologia revisadas por pares, incluindo dezenas de ensaios clínicos, demonstrando que EFT é eficaz para fobias, ansiedade, depressão, distúrbio de estresse pós-traumático, dor e outros problemas.
Há um aspecto da EFT que é particularmente lindo que é a possibilidade de ser utilizada para processos de cura a distância, através da técnica do substituto. Eu, particularmente, adoro esta técnica pois eu a utilizo muito com minha filha, uma adolescente de 14 anos de idade que, como tal, nem sempre aceita as orientações da mãe...rs...
Através desta técnica, eu me autoaplico EFT como se fosse minha filha, eu a substituo no processo e o resultado chega até ela.
Os resultados são muito legais, visíveis, muito embora, ninguém saiba explicar porque....
Abaixo, um video que ilustra a técnica em sua parte mais básica.
Espero ter ajudado a esclarecer!
Bjs !!!


Fontes: EFT Universe e Instituto EFT Brasil e Brucelipton.com

domingo, 1 de outubro de 2017

A dinâmica psicológica e configuração astrológica da semana (01 a 08/10/17 )

Em função de termos três planetas incidindo em Libra, a semana tem como foco principal de trabalho a forma como lidamos com nossos relacionamentos, sejam eles em nível pessoal ou profissional - tarefa nada simples, vamos combinar.. 





O Sol, através do seu brilho que ilumina, delimita e clarifica, coloca à mostra nossa dinâmica interpessoal, com Mercúrio nos ajudando a utilizar a interação racional para  expor nossos pontos de vista ponderados e equilibrados, refletindo simultaneamente a percepção do eu e do outro, de forma integrada e objetiva.
O belo e o prazer venusianos estarão sob os olhares críticos, organizadores e práticos de Virgem,  podendo ganhar um tom mais impositivo, perfeccionista ou excessivamente invasivo, em função da pitada de nosso impetuoso amigo Marte traz. Seja como for, não o afeto não é a tônica aqui - o perfeccionismo, sim.
Saturno nos chama atenção para nossos ideais e escolhas próprias, livres, fazendo-nos pensar sobre a configuração de uma estrutura sólida para alcança-los, dando-lhe “funcionabilidade” e aplicabilidade. 
Não é o ideal pelo ideal, mas o ideal com um objetivo.
Saturno enquadra Sagitário e lhe diz: encare seus sonhos com uma seriedade realizadora, eles precisam ter um objetivo prático.                                                                                                                                                                       
A Lua, finalizando sua passagem por Aquário, acentua o aspecto racional, durante o início da semana. Mas um movimento tonal importante acontece: ainda crescendo em Peixes forma tensão com o Marte perfeccionista de Virgem. As exigências de um mergulho interior podem conflitar com a assertividade e a confiança de ir à luta no mundo de forma estruturada. 

Que tal então, conhecer seu guerreiro interno, quais são as estratégias que ele utiliza para ir à luta e conquistar o que é necessário? Como é o Arquétipo do seu Guerreiro ? Assim, transformamos o que é oposição em sinergia, percebe ?

A partir desse conhecimento, vc poderá usar a sua energia guerreira para, de maneira racional e prática, conquistar, passo a passo, seus ideais de vida. 

Parece uma bela proposta para a semana, não ?
A Lua continua seu curso e torna-se cheia em Áries, opondo-se a Mercúrio; aqui a impetuosidade emocional precisará da rapidez mental do Deus com asas em seus pés para que brigas sem sentido não tenham espaço. Atenção aqui !
 E, finalmente, a Lua termina a semana em Touro, opondo-se a Júpiter, nos convidando a sermos preguiçosos e emotivos, prometendo um final de semana de sensualidade, prazer e sensibilidade emocional. Bom para uma dança cheia de movimentos sinuosos e alongados... como num delicioso espreguiçar...
Para concluir, diria que teremos três bons desafios para nós nesta semana
·         Lidar com a instabilidade emocional,
·         Administrar o perfeccionismo, e junto com ele, o autoritarismo,
·         Tirar os sonhos do papel, para que os levemos mais a sério.

Boa semana !

bjs !!!

O Arquetípico no Seu Feminino Sagrado

Temos falado muito sobre Arquétipos em nossos artigos, mas ainda sem definir o que são.
Hj, eu gostaria de trabalhar com vcs de uma maneira um pouco mais conceitual, na medida em que considero extremamente importante um pouco desta abordagem para que se ganhe consciência e profundidade em nossas leituras.
Assim, hj, vamos contar um pouco da vida de Jung, falar sobre o conceito de Arquétipo, ressaltar sua importância para nosso desenvolvimento individual e, então, fecharmos de uma maneira mais leve, propondo a história de um Arquétipo ( Deusa Tara ),  sua dança sagrada  e feminina.
É lógico que vamos falar sobre Jung !
Vc me acompanha nesta viagem ?
Boa leitura !


Jung, um homem completamente a frente do seu tempo, trabalhou profundamente com o conceito de Arquétipo, tão utilizado em Mitologia, Teologia, Astrologia e, lógico em Psicologia.
Mas ele tem uma função fundamental em nosso cotidiano, pois através dele, podemos desenvolver e dinamizar nossa saúde emocional.
Arquétipos são como grandes padrões existentes no Inconsciente Coletivo e, portanto, acessíveis a todos os seres humanos. São como grandes padrões de frequência energética, passiveis de serem acessados em suas diferentes escalas de oitavas e, neste sentido, eles nos dão uma orientação de crescimento individual ao mesmo tempo em que cumprem a função de fazer com que nos percebamos conectados a algo maior que nós, de modo transpessoal. O arquétipo tem esta beleza: através dele conectamos o pessoal individual ao transpessoal universal ( grounding... lembra-se ? rs... )
Jolandi Jacobi em seu livro “Complexos, Arquétipos e Simbolos” nos diz que os arquétipos possuem uma natureza orientada “para cima”, para a Natureza das ideias e outra, “para baixo” para os processos biológicos, terrenos e do corpo. Interessante isso, já que este conceito nos remete à ideia de linha do Hara e também ao conceito de chakras.
Neste sentido, nos alinharmos ao Hara também pode ser entendido como nos conectarmos ao nosso principal Arquétipo, ao Arquétipo que temos como Missão de Vida principal desenvolver, tendo por base o nosso Arquétipo de apoio ancestral principal que é Gaia.
Ao ler os textos de Jung, vemos que ele procura dar um substrato biológico para o conceito de Arquétipos, no sentido de que o Sistema Nervoso Central ser um ponto de conexão principal para que as imagens, ou os símbolos referentes ao Arquétipo, possam existir em nosso mundo psíquico.
Com a palavra, Jung que, como disse Jacobi, tinha algo de revolucionário:
“Devemos nos perguntar se outro substrato nervoso em nós, além do cérebro, pode pensar e perceber, ou se os processos psíquicos que ocorrem na ausência de consciência são fenômenos sincrônicos, ou seja, eventos sem qualquer relação causal com processos orgânicos ( ...) . Isso nos impele a concluir que um substrato nervoso, como o sistema simpático, tão diferente do cerebroespinhal em termos de origem e função, pode evidentemente produzir pensamentos e percepções tão bem como aqueles ( ... ) . Pois o sistema simpático, durante um desmaio, não fica paralisado e poderia, portanto, ser levado em consideração como possível portador de função psíquicas. Se assim for, deveríamos também indagar se a inconsciência normal do sono, que contém sonhos capazes de consciência, não poderia ser considerada de forma semelhante. Em outras palavras, portanto, caberia perguntar se os sonhos proviriam menos da atividade cortical dormente do que do sistema simpático não afetado pelo sono, sendo por conseguinte, de natureza transcerebral.”
E por que não ? Se pensarmos que 95% de nossas escolhas são inconscientes ! Fabuloso isso e também assustador! Diante deste número demonstrado por pesquisas em neurociências, podemos perceber a importância do processo de autoconhecimento e transformação.
A Astrologia nos fornece uma linguagem direta sobre os Arquétipos principais com os quais temos que lidar em nossa trajetória pelo Planeta Terra, e aí está a sua beleza. Além disso, a Alquimia nos fala que a configuração celeste de nosso momento de nascimento fica registrada em nosso Sistema Nervoso Central, mais especificamente em nosso corpo caloso em nossa primeiríssima respiração, como um “imprinting”, ou seja, teremos que lidar com essa dinâmica arquetípica em termos de projeto de vida, necessariamente, sendo que nossa responsabilidade principal será elevar esta Mandala a uma oitava superior. A isto, podemos chamar, individuação, já que termos que nos relacionar com os Arquétipos Astrológicos a cada passo do caminho, integrando sempre pessoal e individual ao transpessoal e universal. Essa é uma linda forma de ver a vida... bem... pelo menos na minha opinião...
Então... qual é o seu sol ? Como vc ilumina o mundo ? Qual o tom do seu brilho ?
·         Um sol de assertividade e autoconfiança ?
·         Um sol que ilumina o belo e o artístico ?
·         Um sol que amplia conceitos, interage, que interconecta ?
·         Um sol que estrutura, organiza ?
·         Um sol que transforma e modifica ?
·         Um sol que ilumina o inconsciente, num processo incessante de autoconhecimento ?
·         Um sol que cura, agrega e ampara ?
·         Um sol que lidera em seu carisma ?
·         Um sol diplomático, interpessoal que sinergiza opostos ?
·         Um sol que ilumina ideais ?
·         Um sol altruísta que existe no coletivo ?
Qual o Arquétipo que brilha em vc ???
A atividade que vem a seguir foi extraída do livro “ A Dança do Sagrado Feminino “ de Iris Stewart e o tema principal é a Dança Sagrada à Tara. Através dela, tornaremos Sol o nosso corpo, fazendo-o brilhar através do sagrado. É transformador ! Tente !
Uma dica final: endorfina produz prazer e alegria, diminui a sensação de dor e é produzida pelo movimento físico e por imagens bonitas, então... o que temos a perder, não é ?
TARA – COMO A DEUSA VERDE
Dizem queTara, como Deusa Verde, é a mais amada das bodhisattvas femininas. Dizem também que ela era uma mulher comum, diligente em suas práticas que atingiu o estágio da iluminação. Os monges daquela época lhe disseram que ela poderia assumir a forma de um homem, pois assim seria mais ´fácil cumprir sua missão. Mas ela pensou e riu, dizendo:
“Não existe nenhuma diferença entre o corpo doe uma mulher e o de um homem no que diz respeito à capacidade de obter a iluminação. Permanecerei no corpo de uma mulher até o fim dos tempos, uma protetora, um Buda, alguém que está plenamente desperto, atendendo rapidamente às preces daqueles, que calmarem por mim. Eu os ajudarei a atravessar o oceano de aflições, para estabelece-los na iluminação”.
“Os Louvores de Tara nos fazem lembrar de nosso potencial, de que somos dignas de respeito, capazes de grandeza, sábias nos caminhos do céu e da terra. Como dançarinas sagradas, treinamos para nos abrir para a energia das nossas possibilidades, para formar a conexão com os seres de sabedoria que nos fortalece por meio da sua compaixão. Vemos cada átomo do nosso corpo vibrando com energia iluminada. E enviamos esse poder para as nossas comunidades, rezando para que todas possam ser abençoadas com a abundancia, que todas possam ficar livres das aflições, que todas possam ser estabelecidas na sabedoria, no amor e na paz”
Através da dança de Louvor a Tara, Arquétipo existente em nosso Inconsciente Coletivo e, por isso, acessível a vc, haja paz, harmonia, amor, prosperidade, proteção e liberdade. Permita que, mesmo que momentaneamente, exista a possibilidade de clarificar obstáculos, acalmar suas emoções e direcionar seus pensamentos. Permita-se ser inspirada pela enorme sabedoria e paz de Tara.
Seguem-se, como exemplo, três louvores acompanhados por cores, qualidades e percepções. A essência deste trabalho que o torna tão poderoso é o espelhamento dessas qualidades iluminadas em você, para você. Que a sua dança reflita Tara, que o seu corpo se torne Sagrado !
Boa dança !
Conexão inicial:
Om eu louvo a Venerável Elevada Tara
Eu te louvo Tara Libertadora Lépida e Corajosa
Por meio de Tutare que Remova-se todo o Medo
Por meio de Ture que se conceda Boa Sorte
Por intermédio de Soha que eu me conecte ao Divino.

Louvor I: Tara como fonte de Realização 
( Cor: cobre, para despertar saúde radiante)
 Assim como o Sol e a Lua dissipam a escuridão, Tara dissipa a ignorância. O sol é quente e a lua é fria e pacífica, mas ambos emitem uma radiancia que é capaz de se sobrepor à doença recorrente do apego às causas do sofrimento . Hara é um mantra ardoroso ( Sol ); Tutare é um mantra pacífico ( Lua ). Dance o Sol a Lua através do Louvor a Tara e veja o que acontece...
Louvor àquela que é radiante como luz
Os seus olhos límpidos cheios como o sol e a lua
Entoando Hara Hara Tutare,
Ela remove a doença mais poderosa.
Louvor II: Tara Realizadora de Bem-aventurança
( Cor: amarelo, alegria da bem-aventurança )
Tara é rápida em ajudar todos os que bradam por ela. Ela surge da transformação do som primordial de Hung. Ela se diverte com o seu poder: bate o pé uma vez e os montes, Kailash, Meru e Mandhara, estremecem. Os três mundos de seres que vivem na terra, no mundo subterrâneo e nos céus ( nosso consciente, inconsciente e supraconsciente ). A dança de Tara gera felicidade em todas as mentes.
Louvor a Ela que é Lépida que surge da palavra seminal Hung
Ela bate o pé sacudindo os mais elevados picos das montanhas
Os três mundos estremecem debaixo dos seus pés dançantes
Louvor III: Tara, a Grande Alegria Triunfante
( Cor: vermelho, riso da alegria triunfante)
A coroa de Tara, ornada com pedras preciosas, brilha intensamente, emanando uma guirlanda multicolorida, de raios de luz a sua volta. Com grande alegria, Tara profere rindo, o mantra de remover os medos “Tutare”, e todos os seres no céu, na terra e nos mundos subterrâneos ficam completamente cativados. Ela satisfaz todos os desejos e remove todos os obstáculos.
Louvor a Ela cujo diadema irradia uma guirlanda de luz
O seu riso jovial de Tutare coloca o mundo sob o seu domínio

O que você sente quando pensa em si mesma como Sacerdotisa ?

Bjs !!!!