sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Grounding e Gaia, um olhar especial sobre nossa relação com a Terra.

Segundo a Alquimia, há em nós um órgão energético chamado Matrix. Ele se assemelha a uma grande coroa que temos acima da cabeça, acima do chakra coronário e ele é responsável por nos conectar a todo e qualquer processo criativo, seja no sentido simbólico, seja no sentido literal. Ele nos coloca em profunda conexão com Gaia, a Mãe Terra. Em função disso, a Mulher se torna Sacerdotisa de Gaia, cuja interação com a Natureza é de extrema profundidade, quer ela tenha essa consciência ou não.
A saúde da Mulher depende de uma profunda conexão com a Natureza de Gaia e vice-versa! Veja a importância, a responsabilidade e o poder que recai sobre o feminino. A mulher é dona de um poder natural, por ter um acesso direto ao conhecimento cósmico, às estrelas. A intuição é o natural na mulher, daí sua relação com a bruxaria, com as ervas, com a magia.
Parte da depressão, da tristeza e da ansiedade que, nós mulheres sentimos atualmente, está relacionada às feridas que estão sendo impostas à Gaia.
Assim, quando essa força é negada, a Mulher se torna “invisível” acaba tendo a sensação de não ser vista por ninguém.
Problemas relacionados à Matrix são causados por restrição ao processo criativo, seja simbólico ou concreto. Reequilíbrio pode ser retomado quando criamos plantas, animais, desenhos, músicas, alinhamo-nos ao conceito de ecossustentabilidade ou desenvolvemos atividades artísticas ou artesanais são formas de estimular a reconexão com a Matrix.
Neste texto vamos focar na Magia de Gaia, no Curar-se para Curar a Terra e nos tornarmos mais fortes e emponderadas: grounding.
Falamos sobre a visão psicológica do grounding no post: Grounding e presença no corpo
Aqui, traremos um olhar ecológico e ritualístico do grounding.
A base bibliográfica aqui está no livro “Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas”, de Mirella Faur, um livro que eu recomendo para quem curtir temas relacionados ao Sagrado Feminino.
Então vamos lá !
Boa leitura !

O culto da Mãe Terra existiu em várias culturas antigas, e faz parte de nosso DNA Ancestral. Para os antigos gregos, Gaia representava tanto a grande Deusa da Terra quanto a forma física da Terra.
Na medida em que fomos “evoluindo”, passamos de uma total integração à Natureza, à uma postura de soberba sobre ela, com a Natureza não mais sendo vista como sagrada, animada, dotada de alma. Na ciência, tivemos o pensamento cartesiano, com a separação sujeito/objeto, com o sujeito sendo superior ao objeto de estudo. Separamo-nos uns dos outros.
O período atual – que começou com jovens aproximadamente da década de 1960 revoltando-se contra a farsa da Guerra Fria, o “American Way of Life”, movimentos black power, women power, gay power que valorizavam e davam voz às minorias oprimidas -  está permitindo uma outra visão, de integração e busca da reconexão do indivíduo.
No campo das ciências, tivemos uma ruptura cuja visão até hoje é pouco aprofundada, com o experimento da Dupla Fenda que jogou por terra a história de que sujeito e objeto estão apartados e nos trouxe para um outro patamar: o patamar de que a nossa intenção determina a reação. Ah.... o Homem já não estava separado da Natureza... Já não detinha poder sobre ela... ERA PARTE DELA !!!!
Interessante isso... porque nos levou de volta no tempo, ao tempo dos filósofos Gregos segundo os quais as leis naturais de Gaia são afetadas pela ética de moral humanas, portanto, a ordem natural pode ser desequilibrada pelo comportamento errado do homem. Citando o filósofo grego Hesíodo: “quando os homens têm a conduta certa, suas cidades florescem e não existem guerras ou fome, pois a Terra traz abundância e felicidade a todos”.
Para citarmos um cientista: “Portanto, aqui estamos – todos parte deste grande holograma chamado Criação, ou seja o EU do todos nós.”  - Itzhak Bentov ( 1923 – 1979 ) – citado no livro A Matriz Divina, de Gregg Braden.
O sagrado precisa ser recuperado como parte de nosso cotidiano, acredito que só assim, sairemos desse vazio infértil e pesado no qual entramos.
E não é tão difícil assim. Se assumirmos e respeitarmos nossos ciclos biológicos, compreendendo nossas mudanças assim como as mudanças de Gaia, através de seus solstícios e equinócios, além das fases lunares e suas celebrações, já estaremos dando um enorme passo e nos integrando para que a evolução possa continuar ocorrendo em nossas vidas e em nosso Planeta.
 A Dra. Eleanor Luzes nos diz que “há muito para se comemorar (... ) pois o tempo de zelar pelo próximo chegou, a ternura põe sua face à mostra. Sua coragem é a que vem da certeza do serviço amoroso, lembrando o arquétipo de Maria.
Jung (1993) nos ensina que : 
“O próprio Deus não pode prosperar numa humanidade que sofre de fome espiritual. A esta fome reage a psique da mulher, pois é função do Euros unir o que o Logos separa. A mulher de hoje está diante de uma enorme tarefa cultural que significa o começo da nova era” (p.128).
          A figura do arquétipo do feminino liga-se ao cuidar, nutrir, tratar. É esta força da natureza, visto que é isto que este aspecto do inconsciente coletivo representa na estrutura humana. Assim tal força vem trazendo uma nova visão de cuidado com a planta, como se observa através dos movimentos ecológicos.
É desta força que estamos falando aqui !
E para que sejamos capazes de nos fortalecer individualmente e contribuir com algo que é maior que nós precisamos restabelcer a conexão com nossa Mãe primordial, pois essa sintonia irá nos impulsionar na descoberta de novos meios para garantir Vida. Mudanças de comportamento, pequenos atos de preservação e cuidado, maior responsabilidade nas ações e escolhas podem fazer parte de nosso cotidiano. Podemos tentar proteger aquilo que está ao nosso alcance. Isso inclui, lógico, nossos corpos sagrados e nossa psiquê.
A premissa básica para ouvir o Chamado de Gaia e nos mobilizar para buscar a cura – a dela e a nossa – é reconhecer que não existe uma separação entre a Sua existência e a nossa sobrevivência. Se o nosso corpo é sagrado, o de Gaia também o é e vice-versa. Existimos em nosso corpo, ele conta toda nossa história e aí está a sua beleza. Ele é franco e verdadeiro. Não tem nada a esconder, por mais que queiramos.
Temos que cuidar de nosso corpo psicológico, promover processos de transformação e amadurecimento, transmutar o que não nos serve mais, zelar por nossa autoproteção psíquica, fortalecer nosso corpo áurico através do alinhamento do Hara, práticas de saudação ao sol, ingestão de elixir de cristais, água solarizada, ritualização dos ciclos femininos e de Gaia, andar descalças, sentir o chão, sentir o corpo, honrar a Natureza...
Somos guardiãs de Gaia e não podemos nos esquivar disso.
Quando percebemos que fazemos parte de Gaia, algo em nós muda, percebemos que há algo que está além de nós, o medo diminui, nossas inseguranças também, pois passamos a perceber o entorno de forma mais ampla, há uma certa gratidão como pano de fundo em nossos corações e nos acalmamos.
Quando nos acalmamos, acalmamos nossos filhos, nossos animais e todos os que convivem conosco, porque se sentem seguros, como nós nos sentimos seguras em Gaia.
Quero então, terminar este post com uma meditação do livro de Mirela Faur, cujo título é Encontro com Gaia.
Imagine-se levantando voo e flutuando acima da Terra, no espaço. Observe o globo azul esverdeado girando entra as nuvens, veja oceanos e continentes, cadeias de montanhas e desertos, florestas, rios e lagos.
Tente perceber algum lugar específico: os picos dos Himalaias, dos Alpes, a bacia do Nilo, o rio Amazonas, as pirâmides do Egito... vc escolhe.
Admire tudo o que vê e saúde Gaia, reverenciando sua beleza. Lembre-se que Ela é um ser vivo que sente seus pensamentos e emoções e projete para Ela respeito, amor e gratidão. Em forma de energias coloridas que acalmem seu cerne e estabelecem um canal de comunicação entre vocês.
Irradie amor para Gaia, veja esse amor irradiando odo seu coração como uma chama rosa e envolvendo a terra, levando seus pensamentos de cura porá os pontos de discórdia do planeta.
Mentalize agora energia verde para a preservação dos recursos naturais, azul para a limpeza das águas, branca para a pureza do ar, dourada para a expansão da consciência dos dirigentes.
Concentre-se em algum país, lugar, cidade, área, objetivo, necessidade local ou global e projete energia branca luminosa.
Após alguns momentos, agradeça a Gaia por tudo o que você e sua família receberam dela, despeça-se e volte para o “aqui e agora”, sentindo-se renovada e forte.


Um beijo grande !

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Grounding, presença no corpo e a capacidade de nos dar apoio e segurança.

Aqui, no Ocidente, nós, muito em função da influência distorcida das religiões avessas ao feminino, esvaziamos nosso corpo de significado e profundidade, nós o vulgarizamos, gerando parte da sensação de vazio existencial com o qual tanto convivemos hoje em dia.
Pessoal, neste artigo, vamos caminhar pelo corpo e resgatar o conceito tão importante de que através dele e sua fabulosa bioquímica podemos elevar nosso padrão de vitalidade e nossa capacidade de nos sentirmos mais seguros e confiantes no mundo.
Espero que gostem!
Boa Leitura!


Nossa viagem começa falando do homem que, no ocidente, colocou o corpo em terapia: Wilhelm Reich.
Wilhelm Reich (1897-1957) foi um psicanalista austríaco, discípulo de Sigmund Freud que criou, a partir da Psicanálise uma nova abordagem terapêutica na qual, além das intervenções verbais, de fundamentação psicanalítica, também incluiu intervenções corporais.
Reich colocou o corpo em terapia. Suas pesquisas sobre a biopatia do câncer demonstraram como esta, e outras patologias, são engendradas num longo processo de desequilíbrio emocional e bioenergético. Reich foi um gênio, trabalhou com questões políticas, educacionais, energéticas ( através do conceito de energia orgônica ). Um revolucionário de sua época.
Foi, sem dúvida, um importante pioneiro no estudo dos fenômenos psicossomáticos.
Como judeu austríaco, em 1939, Reich mudou-se para os Estados Unidos a convite de Wolfe que, juntamente com sua esposa Francis Dunbar, e Franz Alexander, fundaram, a Sociedade Americana de Medicina Psicossomática.
A partir da década de 40 a Medicina Psicossomática oficial afastou-se de Reich, principalmente devido às perseguições políticas que ele passou a sofrer nos EUA. Desta forma, a Medicina Psicossomática não assimilou as descobertas posteriores de Reich, nem incorporou seus métodos terapêuticos, ficando assim desprovida de uma abordagem clínica própria.
Em função disso, o conhecimento reichiano evoluiu como uma especialidade terapêutica independente.

A partir de 1945 as descobertas de Reich se diversificaram, passando a abranger outros campos do conhecimento além da clínica, como a Puericultura, a Psicologia de Massas e a pesquisa experimental em Ciência Orgonômica, dentre outros.
Reich foi preso em 1957 e falece neste mesmo ano, de ataque cardíaco ( ?? ), na prisão.
Reich deixou seu legado.
Os vários discípulos e seguidores de Reich, na Europa e nos Estados Unidos, constituíram escolas e desenvolveram algumas abordagens terapêuticas que ganharam outras denominações. Dentre eles, vale destacar:
Alexander Lowen, aluno e paciente de Reich, conquistou notoriedade pelos diversos livros que escreveu, popularizando assim a abordagem da Psicoterapia Corporal. Lowen passou a denominá-la Bioenergética, embora esta corresponda, em essência, à abordagem original de Reich com algumas modificações nas técnicas de intervenção corporal.
Aqui no Brasil, temos José Angelo Gaiarsa como um dos principais nomes da Psicoterpia Corporal.
Estes grandes mestres da Psicologia trazem em comum a importância da relação com o corpo enquanto ponto focal de “nossa sensação de estar no mundo de forma segura e plena”, um conceito que hoje é também desenvolvido através do Mindfulness ( consciência plena ) e do Bodyscanning.
A forma como fomos cuidados enquanto bebês, o que aprendemos com o toque físico, o toque do olhar, o toque da voz, marca muito da tônica de relacionamento que desenvolvemos conosco, com nosso corpo e com o mundo que nos cerca. A ideia principal aqui é que a capacidade de fluir com a vida é inicialmente desenvolvida na dança de toques entre mãe e bebê. É através do nosso relacionamento com nossos cuidadores que aprendemos a nos relacionar com o mundo, interno e externo, de uma forma mais ou menos integrada, de uma forma mais ou menos saudável, de uma forma mais ou menos espontânea.
A beleza desta linha de trabalho é que o grande instrumento de transformação é o corpo, o corpo que temos conosco durante todos os momentos de nossa vida. Nosso corpo, substituindo o útero de nossa mãe, é o nosso grande ponto de grounding, de aterramento, de segurança em estar no mundo e é através do resgate desta consciência que podemos nos curar gradativamente.
A sensação de estar inserido em, estar contido por, estar aparado por é fundamental neste processo. É como se saíssemos do colo do útero, passássemos pelo colo da mãe, e desenvolvêssemos o colo do corpo e nos conectássemos com o colo do Universo.
Dentro deste conceito, o desenvolvimento do grounding faz com que sintamos nosso corpo vivo e pulsante e, talvez este nem seja o principal problema porque, como disse Keleman “ todo mundo busca vida, todo mundo quer estar mais vivo. O que não levamos em conta é que temos que aprender a suportar o fato de estarmos mais vivos, assimilá-lo e permitir que uma carga energética atravesse o corpo”.
Então... vc topa SER MAIS ? Ser o seu corpo, em plena compreensão do que isso significa: permitir-se identificar-se com sua vida totalmente sem nenhuma necessidade de divisão, porque seu corpo não está fragmentado ?
Isso se chama emponderamento, de ter os pés bem firmes e apoiados no chão, tanto física como simbolicamente. É a base que te dá segurança para fazer mudanças, expressar opiniões, olhar nos olhos e colocar limites sem ter que pedir desculpas por existir. É a base fundamental para a autonomia emocional.
Ancestralidade, conexão com Gaia, a sensação de pertencimento também estão relacionadas ao grounding. O próprio processo psicoterápico pode ser considerado, em última análise, com um grande processo de grounding, de aterramento, de firmar-se sobre as próprias pernas.
Para Lowen, a pessoa grounded sabe onde está e, portanto, sabe quem é, tem seu lugar, é alguém. Neste sentido, está identificado com seu corpo, ciente de sua sexualidade e orientado para o prazer.
Lowen nos diz que “O crescimento é um processo natural, sua lei é comum a todos os seres vivos. Uma árvore, por exemplo, cresce para cima se sua raiz cresce para o centro da terra. Nós aprendemos com o estudo do passado. Sendo assim, uma pessoa, só pode crescer, se firmar suas raízes em seu passado. E o passado de uma pessoa é seu corpo”.
Quando buscamos o autodesenvolvimento, estamos colocando em contato duas partes de nós: a parte que se sente segura e “capaz de” com a parte que se sente sem apoio e sem pertencimento.
Num nível mais amplo, e de acordo com um dos autores em Bioenergética ( Pierrakos ), não há como desenvolver a verdadeira espiritualidade sem que se tenha desenvolvido a saudável capacidade de aterramento, pois do contrário, parecerá mais como uma forma de não se manter em contato com a realidade, como espíritos sem corpo, sem a capacidade de atuar na Terra.
E de forma prática, como isto pode ser feito? Como posso trabalhar com o meu corpo para que eu me transforme ?
Não é tão difícil assim !
A linha mestra é deixe o corpo fluir, dê a ele espaço para que se expresse de maneira livre. É como se vc estivesse dando espaço para sua criança existir, porque é disto que ela precisa para se sentir “grounded”, apoiada e segura. Brinque com ela através do seu corpo. Dance com as mãos, experimente os pés, sinta-os numa caminhada, alongue-se, espreguice-se, respire.
Observe a beleza simbólica que há no movimento da respiração: vc inicia no vazio criativo, absorve, enche-se de uma ideia, torna-se pleno até não aguentar mais e então passa a expor essa plenitude no mundo, até ficar vazio novamente, para uma nova etapa.
A tagarelice impede a respiração e a respiração presa impede o desenvolvimento da nossa inteligência e de nossa capacidade de estar em contato com nossas emoções. Prestar atenção a respiração nos coloca em contato conosco mesmos e é essa consciência que nos coloca no movimento criativo da mudança.
O que importa aqui ?
Que vc passe a se olhar com vida e passar a se dizer “sim, eu posso !”. E vc pode  mesmo !!!
Preste atenção em quem vc é e saiba que nosso corpo é tão bioquimicamente complexo e rico que se torna diferente a cada segundo. Como então podemos achar que temos que ser sempre da mesma forma imposta que nos foi colocada ?
Se vc impede o seu corpo de se movimentar de forma criativa, vc impede seu cérebro de criar novas conexões neuronais. Qual o impacto disso ? Ver a vida sempre da mesma forma, ter sempre os mesmos pensamentos tóxicos de baixa autoestima, de autopunição e de impotência.
Em termos de corpo energético, há em nós um centro de força chamado Hara, este é o termo dado pelos japoneses para se referirem à parte inferior da barriga e também à qualidade de quem possui força, energia e poder concentrados. O Hara é um centro de poder espiritual e energético que pode funcionar como uma grande bateria acumuladora de energia.
Na região o Hara, na parte inferior do abdômen, há o Tan Tien, ponto focal do Hara e também considerado com centro de gravidade de todo o corpo e portanto, nosso centro de equilíbrio.
Barbara Brennan escreveu sobre ele em seu livro “Luz Emergente – A Jornada da Cura Pessoal”. Através das palavras de Heyoan, ela nos diz que “o Hara existe numa dimensão mais profunda do que o campo áurico. Ele existe no nível da intencionalidade. Trata-se de uma área de poder dentro do corpo físico que contém o tan tien. Foi com esta nota que vc puxou o seu corpo físico a partir da Mãe Terra. É essa nota que torna possível a manifestação física do seu corpo. Sem essa nota, vc não teria um corpo. Quando vc muda essa nota, todo o seu corpo vai mudar. Seu corpo é uma forma gelatinosa que se mantem unida por meio dessa nota. Essa nota é o som que o centro da Terra produz.”
Portanto, aterrar-se no corpo, ter energia e foco estão necessariamente atrelados a estar conectados com Gaia, além de termos um Tan Tien saudável e brilhante.
No próximo artigo, vamos explorar detalhadamente o conceito de Hara para, então, trabalhar sobre exercícios de fortalecimento do Tan Tien, alinhamento do Hara, elevação do nível de energia do corpo e a meditação de encontro com Gaia.
O objetivo é que, através da disciplina, consiga elevar seu nível de energia vital e a sua capacidade de estar no mundo de forma plena e produtiva.
Está comigo ?
Então nos vemos no próximo artigo !
Bjs !


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Autopercepção Emocional - que tal um teste hoje ?

Olá pessoal, tudo bem ? 

Que tal um teste de autoconhecimento ?




No link em anexo, vcs poderão acessar um teste de autoconhecimento emocional. 

Ele foi retirado do livro "Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos", de J. Gottman.

Autoconhecimento é um ponto importantíssimo para o autodesenvolvimento, e testes comportamentais podem ajudar nesse caminho.

Vc poderá baixar o arquivo e refazê-lo quando achar que vale a pena.

Espero que gostem !!!

bjs !

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Complexo de Jonas: quando não acreditamos que somos capazes...

Quem já leu a Bíblia ou assistiu missas católicas ou cultos protestantes provavelmente já ouviu falar de Jonas, o profeta que se escondeu no ventre de uma baleia. No texto de hj, vamos trabalhar sobre o que a Psicologia denomina Complexo de Jonas, ou o medo de superarmos nossos pais, encerrando com as palavras estimulantes de Maslow sobre autorrealização e capacidade criativa para lidar com os problemas.
No final, eu prescrevo os florais do Sistema Joel Aleixo que vc poderá tomar para dar um empurrãozinho e maior movimentação em sua vida, ok ?
Vamos lá ?
Boa leitura !

Segundo a narrativa bíblica, no Velho Testamento, o profeta deveria levar, ao povo de Nínive, a mensagem de que a maldade havia chegado até Deus e que a cidade iria sofrer punições em função do seu comportamento. Mesmo emponderado pela palavra de Deus, Jonas optou por fugir para Társis.
Para ele, a tarefa era grande demais. Jonas sentiu-se pequeno e abriu mão de sua missão. Sentiu medo de enfrentar as mudanças, sentiu medo do sucesso, de se sentir diferente de outras pessoas; acreditou em cada um dos seus pensamentos negativos, de suas crenças limitantes, excessiva autocrítica e da falta de confiança em si mesmo.
Jonas escolheu manter-se em sua desconfortável e conhecida zona de conforto.
Na viagem, porém, sua embarcação foi atingida por uma tempestade. Os tripulantes, acreditando ser Jonas o responsável pela fúria da tormenta, jogaram-no ao mar.
Para não permitir seu afogamento, Deus enviou um enorme peixe em cujas entranhas, depois de engolido, Jonas permaneceu por três dias.
Arrependido de sua fuga, o profeta orou a Deus, que ordenou à baleia que o expelisse.
E... Dessa vez, Jonas cumpriu sua missão...
Esta narrativa contém simbologias maravilhosas..
A água sempre fala de nossas emoções e quantas vezes nos vemos num mar revolto, emocionalmente falando... tormentas, ansiedades, confusões, falta de clareza.
Jonas foi parar no “ventre”, precisou ir para um lugar que, apesar da confusão externa, era escuro, menos movimentado talvez, isolado, com certeza.
Três dias... como os três dias que Jesus precisou para ressuscitar...
Qual o seu lugar de quietude e reflexão quando vc se vê no meio de uma tormenta?

Mas voltemos a Maslow, sobre quem já falamos num artigo anterior, Jonas representa o arquétipo da pessoa que possui medo de sua autorrealização e foge ou não aceita sua vocação. Autossabotagem... se quisermos dar uma atualizada no termo.
Autossabotagem e Complexo de Jonas estão intrinsicamente ligados na medida em que ambos contribuem para que nossa necessidade de autorrealização não seja preenchida.
Autorrealizar-se é consequência de se permitir ser o próprio potencial. É consequência de atendermos ao desejo de desenvolvimento de nossas potencialidades inerentes, de “sermos quem podemos ser”.
Essa necessidade, porém, só pode ser almejada quando outras necessidades estão relativamente satisfeitas, quais sejam: biológicas, de segurança, amor e pertencimento, de estima, cognitivas e estéticas, segundo a teoria da Hierarquia de Maslow.
Por isso que temos que ir aos poucos com nosso processo de desenvolvimento, ter paciência e subir degrau por degrau, para que tenhamos uma base sólida sobre a qual nos sustentarmos enquanto pessoas.
A autorrealização não é uma tarefa fácil!
Mas quando, vamos pouco a pouco, permitindo-nos agir conforme o nosso próprio desejo de realização, e, inclusive, quando assumimos nosso medo de fracassar e de sermos rejeitados, então, caminhamos em direção a autorrealização e desmobilizamos gradativamente o Complexo de Jonas.
E como saber quando estamos indo em direção ao Complexo?
Um dos primeiros indícios é quando sentimos muito medo de superar nossos pais ou entes queridos. A culpa, consciente ou não, está presente aqui. Normalmente quando temos pais muito inseguros isso tende a acontecer. Por outro lado, se formos maior que nossos pais, quem poderá nos dar base? Há um paradoxo aqui que pode nos paralisar e bloquear nossa ação em direção à autorrealização.
Ainda, na história de Jonas, Deus pede que ele seja um profeta, ou seja, que saia do anonimato e anuncie Sua palavra. Isso certamente faria com que Jonas se diferenciasse dos outros. Mas... ele foge e sua fuga simboliza a recusa de se afirmar como alguém diferente do grupo ao qual pertencia.
Há, então, o medo se afirmar naquilo que tem de próprio.  
Esse medo é composto pelo medo de sermos rejeitados por aqueles que se tornaram diferentes devido à nossa própria diferenciação! Pense nisso !
Para que esse medo não seja provocado, desistimos de nossa independência, inventividade, autenticidade e originalidade. E optamos pelo conformismo. Normose, para os autores da Transpessoal.
Em geral, no complexo de Jonas a pessoa não escuta o seu próprio desejo, não houve a sua intuição, seu sentido superior, seu Deus interior. Faz da sua vida o que acredita ser mais simples, quer seja acomodando-se a uma situação, quer seja realizando o desejo dos outros ou o desejo que a sociedade determina. Ela não reflete sobre si, sobre o que ela realmente quer acerca dos seus objetivos e valores. Subordina-se às situações por não ter uma meta que lhe seja própria.
A realização ficará apenas no âmbito da palavra vazia. Papéis sociais são cumpridos, por vezes brilhantemente, mas a sensação é de um profundo vazio interior.  O corpo não entra em ação para que haja concretização da mudança de rumo. Nosso processamento inconsciente, cujo processamento neural é milhares de vezes mais rápido que nosso consciente racional, já terá dado ordem às glândulas e todo o processo metabólico para que coloquemos o pé no freio rapidamente. E os resultados desta dinâmica são bem tangíveis...
Neste contexto, tudo passa a ser um grande narcótico: o trabalho, a televisão, o cigarro, a comida... o que mais quiser listar aqui...
Não desista de você !!!
Parte de temer o futuro tem a ver com não confiar na própria capacidade de improvisar face ao que aparece inesperadamente. Uma combinação de falta de confiança em si mesmo e medo de não ter a habilidade ou a capacidade de enfrentar qualquer situação inesperada, imprevisível
É como se precisássemos desesperadamente de um futuro planejado com cronogramas, uniformes e coisas do gênero. Mas... sinceramente... não sei o quanto isso é de fato real ou de fato necessário.... Estamos em crise, social, política, econômica. Não há como basear a felicidade em cronogramas....
Se acreditamos mesmo que há um deus que habita em nós, como podemos esquecer, então, que somos seres criativos e capazes de sermos flexíveis mudarmos nosso cursos na medida que a situação muda também (e... vamos combinar... isso sempre acontece!).
Ser autoconfiante é exatamente isso! É sentir, interna, intrínseca e indubitavelmente, que será capaz de lidar com a situação, venha o que vier porque será capaz de modificar-se para olhar de uma forma mais ampla para ela, ressignificando-a.
Na autoconfiança - não na arrogância - não nos sentimos ameaçados pelo inesperado, ao contrário da pessoa rígida e obsessiva que insiste em dizer que nada nunca poderá ser diferente.
Para a pessoa autoconfiante e com boa autoestima, a verdade é muito mais importante do que estar certo.
Então, ela pode colocar de lado, facilmente e sem remorsos, os andaimes em que imagina se apoiar solidamente.
Nos diz Maslow que “esta pessoa não se sente irritada quando mudam os planos ou quando muda o futuro. Ao contrário, (... ), às vezes, ela está apta a mostrar maior interesse, prontidão e engajamento com o problema.”
A mudança não te define, mas a forma como lida com ela, sim!
Maslow ainda acrescenta que “as pessoas em processo de autorrealização são atraídas pelo mistério, pela novidade, pela mudança, pelo fluxo ( constante mudança ) e acham fácil viver com essas coisas; na verdade, é isto que torna a vida interessante. Essas pessoas, ou seja, as pessoas em processo de autorrealização, as pessoas criativas e as que sabem improvisar tendem a se incomodar facilmente com a monotonia, com planos, com o que é fixo, com a falta de mudança.”
O olhar sobre o problema é um olhar de aprendizagem, ganhar competências ou desenvolvê-las ainda mais em um outro nível, aumentando o nível de complexidade com o qual é capaz de lidar. Não se trata de se preparar de maneira ansiosa para o futuro, ao contrário, “trata-se de estar totalmente inserida no aqui e agora, o que implica, portanto, considerável coragem e confiança em si, serena expectativa de ser capaz de improvisar na hora de solucionar novos problemas. Isto, por sua vez, significa um tipo particular de respeito saudável por si mesma, de autoconfiança”, acrescenta Maslow.
Há que se ter capacidade de apreciar o mundo, olhá-lo com curiosidade e respeito pela grandiosidade da vida, sem, porém, diminuir-se no processo, como fez Jonas inicialmente.
Engrandecer o outro não implica em diminuir a si! Ao contrário! Significa perceber-se abençoado por fazer parte de algo grande! Significa perceber-se capaz de gerenciar, pois nada parece tão monstruoso ou tão esmagadoramente assustador.
“Respeito por si mesma significa que a pessoa se considera desbravadora, responsável, autônoma, determinante de seu próprio destino”.
Desafie-se a mudar na mudança da crise !!!
Bem... agora para finalizar, os florais que vc poderá tomar para dar maior dinamismo e movimento a sua vida são:
·         Floral Vontade
·         Floral Realização
·         Floral Alegria
·         Floral Concentração
Vc poderá toma-los de duas formas:
·         Todos num único mês, para um efeito rápido
o   6h Vontade –  6 borrifadas
o   9h Vontade – 6 borrifadas
o   12h Realização – 12 borrifadas
o   15h Alegria – 12 borrifadas
o   18h Concentração – 12 borrifadas
·         Um composto por mês, para uma transformação mais gradativa
o   4 borrifadas, 3 vezes por dia
A ideia com a escolha destes compostos é que vc tenha energia, dinamismo, alegria, foco e capacidade realizadora.

OK ?

Beijo grande !

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Coerência interna, autoaceitação profunda, não-julgamento como chaves para “Tornar-se Pessoa” ... Apresentando Carl Rogers

Carl Rogers foi um psicólogo norte-americano. Desenvolveu a Psicologia Humanista, também chamada de Terceira Força da Psicologia. Segundo o psicólogo Abraham Maslow, Carl Rogers foi um dos principais responsáveis pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise vigente na época.


Carl Rogers (1902-1987) nasceu em Oak Park, Illinois, nos Estado Unidos, no dia 8 de janeiro de 1902. Era o filho do meio de uma família protestante, onde os valores tradicionais e religiosos, juntamente com o incentivo ao trabalho duro eram amplamente cultivados.
Olhando para este contexto, comentou “Algo da atmosfera familiar mansamente repressiva é talvez indicado pelo fato de que três de seis filhos tiveram úlcera em algum período de suas vidas.”
Sua meninice foi vivida em isolamento. No colegial tornou-se excelente estudante, mas foi na Universidade que suas experiências começaram a ganhar maior significado.
Em seu segundo ano de faculdade, começou a estudar para o ministério religioso. No ano seguinte, foi para a China para assistir a uma conferência da Federação Mundial de Estudantes Cristãos em Pequim; a isto, seguiu-se uma excursão pela China Ocidental. Esta viagem tornou usas atividades religiosas fundamentalistas mais liberais e proporcionou-lhe a primeira oportunidade de desenvolver independência psicológica, uma marca que caracterizou seu pensamento pelo resto de sua vida e, mais do que isso, caracterizou profundamente seu olhar sobre o Ser Humano.
Muito embora tenha começado seus estudos universitários pela Teologia, optou por concluí-los em Psicologia e foi, neste curso, que se sentiu agradavelmente surpreso ao descobrir que poderia ser imensamente útil fora da igreja, trabalhando junto a pessoas que precisavam de ajuda - e é isto que nos move, enquanto terapeutas ...
Seu primeiro emprego foi em Rochester, Nova York, num centro de orientação infantil. Durante os doze anos em Rochester ajudaram-no a perceber configurações do que seriam seus principais conceitos teóricos.
Em 1945. A Universidade de Chicago ofereceu-lhe a oportunidade de estabelecer um novo centro de aconselhamento baseado em suas ideias.
Em 1951 publicou Terapia Centrada no Cliente, com sua primeira teoria formal sobre a terapia, sua teoria da personalidade e algumas pesquisas que reforçaram suas conclusões. Neste livre sugere que a maior força orientadora da relação terapêutica deveria ser o cliente, não o terapeuta! Esta colocação foi uma total inversão da relação usual que se tinha, já que tirava o “poder de cura” das mãos do médico ou terapeuta e o trazia de volta ao Ser em Terapia. Muito embora, no oriente esta seja uma premissa milenar, aqui no ocidente, só agora estamos vivenciando algo parecido.
As implicações de sua teoria foram expostas em um livro maravilhoso de 1961 intitulado Tornar-se Pessoa, um livro que projetou Rogers no cenário norte-americano e, posteriormente internacional, já que através dele, conseguiu conversar com pessoas como nós, tirando a coisa elitista que estava caracterizando a psicoterapia até então.
Carl Rogers, muito embora tenha sido agraciado por muitos psicólogos pelo seu trabalho científico, foi também atacado por outros, que viam nele e em sua teoria uma abordagem tola e perigosa para o status e o poder que tinha, principalmente nos meios médicos que se viram forçados a reconhecer, a custas das inúmeras pesquisas sérias levadas por Rogers e seus auxiliares, que o psicólogo pode ter tanto ou mais sucesso no tratamento psicoterapêutico quanto um psiquiatra ou psicanalista. Foi, por duas vezes, eleito presidente da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta mesma associação os prêmios de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional.
Em seus últimos anos, dedicou-se ao seu Centro de Estudos da Pessoa, fundado nos anos 1960, escrevendo, fazendo conferências, junto a sua esposa, filhos e netos e... lógico... cuidando de seu jardim.
Carl Rogers faleceu em San Diego, Califórnia, Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 1987.
Rogers, enquanto teórico da Psicologia Humanista, mantinha imensa fé no Ser Humano: “a visão por nós apresentada, implica evidentemente, que a natureza básica do ser humano, quando atua livremente, é construtiva e fidedigna”.
Uma premissa fundamental de sua teoria é o pressuposto de que as pessoas usam a sua experiência para se definir, assim, a qualidade do relacionamento com a experiência define o nível de saúde de um indivíduo, sendo que a polaridade congruência-incongruência estabelece a dinâmica deste nível.
Congruência é definia como o grau de exatidão entre o que comunico de mim em relação a como sou afetado pela experiência e o quanto consigo me perceber nela.
Crianças pequenas exibem alta congruência, expressam seus sentimentos como todo o seu ser. A ansiedade em nós já sinaliza o contrário: a incoerência.
A incoerência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência sentida e a forma como a comunicamos ( nossa expressão ). Então, por exemplo: quando vemos pessoas com os dentes cerrados, o maxilar tenso, a nuca travada que insistem em mostrar que nada está acontecendo, que lidam muito bem com contexto, estarão caminhando em direção à incoerência.
Outro exemplo: as pessoas que dizem estar passando por um período maravilhoso, mas que se mostram totalmente entediadas, deprimidas e adoecendo muito frequentemente.
Quando a incongruência está entre a tomada de consciência e a experiência, então damos o nome de repressão. Neste contexto, há falta de consciência pessoal. A pessoa não se vê capaz de expressar suas emoções e percepções reais em virtude do medo e de velhos hábitos de encobrimento que são difíceis de superar. E isso pode ser sentido como tensão, ansiedade ou, em situações extremas, confusão interna.

“Isto é o que, em nossa opinião, constitui o estado de alienação de si. O indivíduo faltou com a sinceridade consigo mesmo, para com a significação “organísmica” de sua experiência, a fim de conservar a consciência positiva do outro, falsificou certas experiências vividas e representou para si mesmo estas experiências com os mesmos índices de valor que tinham para o outro. Tudo isto se produziu involuntariamente, como um processo trágico e natural, alimentado durante a infância” - Rogers
Falas do tipo “não sou capaz de escolher”, “não sou capaz de tomar decisões”, “não sei o que quero”, “não sou bom o suficiente”, “não consigo ir até o fim” são falas que denunciam essa incongruência.  A ambivalência não é rara ou anormal. Não conseguir reconhecer que se está em ambivalência e não conseguir ser capaz de lidar com ela é que é perigoso. E neste processo, vai havendo gradativamente o congelamento e o enrijecimento de si mesmo.
Rogers postula que há em cada um de nós um impulso inerente em direção a sermos competentes e capazes, inteiros e integrados. E isso não é difícil de imaginar!
Pare para pensar seu em seu corpo físico há um lindo Sistema Nervoso integrando a ponta do seu dedinho do pé, coordenando as passadas de suas pernas, metabolizando o cafezinho que vc acabou de tomar, ao mesmo tempo em que regula sua respiração e a coordena com seus batimentos cardíacos enquanto seu cérebro processa todas as informações que vc está adquirindo a partir dos inputs visuais que chegam aos seus olhos... para falar o mais óbvio...
Vc acha mesmo que este mesmo processamento mental não é capaz de te colocar numa direção de autocoerência e desenvolvimento???
Rogers nos fala que assim como uma sementinha tem em si todo o potencial para tornar-se uma planta, uma árvore, uma pessoa é impelida a se tornar uma pessoa total, completa e autorrealizada.
A maior tarefa para isso é estabelecer um relacionamento mais genuíno consigo mesma. Aceitar-se a si mesma é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína de si e dos outros. Em compensação, ser aceito por outro conduz a uma vontade cada vez maior de aceitar-se a si próprio. Este ciclo de autocorreção e autoincentivo é a forma principal pela qual se minimiza os obstáculos ao crescimento psicológico.
O caminho passa por:
·         Assumir consigo mesma o comprometimento de cultivar um processo mutável de diálogo com as experiências, permitindo-se ver-se de formas diferentes em cada uma delas. Este comprometimento a levará a descobrir novas coisas a seu respeito, reinventando-se no processo.
·         A comunicação aberta de seus sentimentos é fundamental. Ser franca com vc mesma, por inteiro, arriscando-se a ser autêntica, a ser coerente e fiel a si mesma. Não é uma questão de simplesmente colocar para fora os sentimentos. Não é disso que estamos falando. Mas, e aqui está a parte mais desafiadora do processo, ser capaz de aceitar empaticamente o que vier em troca. Aqui sim, temos a autonomia emocional de alguém autorrealizado. Os riscos são rejeição, desentendimento, sentimentos feridos. Para que vc se aceite em tudo isso, primeiro, vc precisa ter a firme percepção de que será capaz de lidar com.
·         Não aceitar papéis impostos. Rogers nos fala “viveremos de acordo com as nossas opções, com a sensibilidade orgânica mais profunda de que somos capazes, mas não seremos afeiçoados pelos desejos, pelas regras e pelos papéis que os outros insistem em impor-nos”.  Preste atenção em uma coisa: vc veio de seus pais. Vc não é seus pais.
·         O indivíduo saudável toma consciência de suas emoções, sejam ou não expressas. Sentimentos negados à consciência distorcem a percepção de e a reação às experiências que os desencadearam.
·         Esta acurada percepção de si nos levam a sensação de sermos um self que, embora interativo, está separado. Tornar-se um self separado é o compromisso de uma profunda tentativa de descobrir e aceitar a natureza total de quem se é. É o mais desafiador dos compromissos, é dedicar-se à remoção de máscaras tão logo elas se formem.
“Talvez possa aceitar-me como a pessoa ricamente variada que sou. Talvez possa ser espontaneamente mais essa pessoa. Nesse caso, poderei viver de acordo com os meus próprios valores experimentados, conquanto tenha consciência de todos os códigos da sociedade. Nesse caso, poderei ser toda esta complexidade de sentimentos, significados e valores – livre para dar o amor, a raiva, a ternura que existem em mim. É possível então que eu venha a ser um participante real de uma união, porque estou em vias de ser uma pessoa real. E espero poder incentivar-me a seguir o caminho na direção doe uma personalidade única, que eu gostaria imensamente de compartilhar comigo mesma e com os outros com quem me encontrar.”


Beijos, pessoal !