domingo, 30 de setembro de 2018

A história de uma ex-obesa



Conversando sobre excesso de peso e emagrecimento.


Olá pessoal, tudo bem com vcs ?

Hj quero falar sobre um tema muito visceral em minha vida: a obesidade, começando por compartilhar com vcs um pouco da minha história com essa velha amiga que tanto me ensina sobre mim.

Nasci um bb com peso normal, tive minha infância com peso normal, mas já ao ingressar na adolescência, por volta dos 13 anos de idade, meu peso começou a aumentar e, junto com ele, a depressão.


Foi uma época bem complicada na minha vida, com a separação dos meus pais, a ausência da figura paterna depois disso, minha mãe tentando se achar com o novo papel de nutridora da família, deprimindo-se no processo, queda financeira, enfim... uma adolescência marcada por uma clara “noite escura da alma”.

Por motivos que só meu Espírito vai poder me dizer em algum momento, escolhi pais bastante narcísicos e infantis, portanto, ausentes afetivamente e sem maturidade emocional para exercerem papéis adultos no processo de criação dos filhos. Havia provisionamento das necessidades materiais e, não posso negar, levávamos uma boa vida neste sentido. Não obstante, o lado afetivo deixava muito a desejar.

A tensão entre meus mais era sempre uma constante e até onde sei, havia períodos em que meu pai saia de casa, o que aumentava ainda mais a insegurança de minha mãe e... logicamente, a minha enquanto criança aberta psicologicamente às energias da dinâmica familiar.

No decorrer do meu aumento de peso, lembro-me de meu pai trazendo-me artigos para ler a respeito da obesidade, lembro-me de ler muitos livros procurando entender alguma coisa, lembro-me de quão humilhada e sozinha eu me sentia com as palavras de meu pai...

Estava ficando cada vez mais gorda, cada vez mais deprimida e cada vez mais solitária. Ir para o colégio era uma tortura...Meu desempenho escolar caiu absurdamente e comecei a ficar de recuperação... Para uma menina que fechava notas no terceiro bimestre, ficar de rec é bem radical... As notas refletiam meu senso de valor próprio.

A tensão entre meus pais chegou a um limite tal que decidiram se separar definitivamente e lógico, não perceberam a necessidade de conversar com os filhos a respeito. Ficou um vazio de repente, uma ausência estranha que começou a ser cada vez mais preenchida com a comida... Alimento físico para fazer a nutrição emocional do meu profundo estado de carência afetiva.

Resultado? Obesidade. Trinta quilos de sobrepeso.
Fiquei viciada em comida. Lembro-me muito claramente de que não conseguia pegar um ônibus para a faculdade ( na época estava na FAAP fazendo Administração ) se antes não tivesse me enfiado em algum pote enorme de farinha láctea com muito açúcar. Na época, eu pesava 93 quilos e só tinha 3 vestidos para usar. Tinha perdido todas as minhas roupas e junto com ela, a esperança, a autoestima e qualquer senso de valor de mim mesma.

Até que, num certo dia, minha mãe leu um artigo do Dr. Sidney Chioro, falando sobre a obesidade do ponto de vista emocional. Ele era um médico, formado pela USP, que tinha se especializado em emagrecimento. Alguém telefonou para o Instituto, até hj não sei quem foi, pegou as informações e me inscreveu no processo. Lembro-me exatamente do dia em que precisava ir para a primeira sessão do tratamento. Eu simplesmente não conseguia... não tinha coragem...

Uma de minhas tias, sabendo dessa situação desesperadora, emprestou o carro e meus irmãos me levaram para o tratamento. E esse dia foi o dia da mudança na minha vida. Lembro-me de Sidney me falando “esse corpo não combina com esse rosto...”, com toda a sua gentileza e cavalheirismo, fez a entrevista comigo e me colocou num dos grupos de emagrecimento que ele conduzia.

Tinha muito trabalho a fazer... com certeza...

Eramos conduzidas no processo de diferenciação da fome emocional da forme física e verdadeira e um dos pontos principais era ter um diário de emagrecimento. A ideia básica era escrever o que estava acontecendo quando sentíamos o impulso de comer para que, aos poucos, fôssemos diferenciando um do outro no processo.

E assim foi... gradativamente fui ficando mais magra, mais forte e mais dona de mim mesma, a depressão foi diminuindo, comecei a andar de bicicleta, fazer aeróbica com a minha “idala” da adolescência – Jane Fonda, larguei meu emprego, estudei feito uma maluca e entrei em Psicologia, na USP, estudando em casa sozinha !

Hj, sou Psicóloga, com peso normalizado, depressão curada, conversando com vcs aqui, compartilhando minha história de autossuperação.

Embora tenha estudado sobre DTM ( Disfunção Temporomandibular ) e já muito feliz com todas as pessoas que tenho conseguido ajudar na amenização desta patologia, é com a obesidade e com questões relacionadas ao corpo que sinto a força do uso criativo da cicatriz emocional.

Então, quero a partir de hj, escrever uma série de artigos sobre obesidade, emagrecimento e fome emocional a partir da perspectiva de alguém que se tornou ex, na esperança de ajudar também a quem precisar de palavras de apoio neste processo.


Hj, posso dizer, estou preparada para isso como ex-obesa e como profissional e vou me sentir enormemente realizada se puder aumentar essa estatística de ex-obesos realizados e livres do excesso de peso emocional cronificado em gordura.

Vamos juntos?

Nos vemos nos próximos artigos !

Um beijo grande!!!

Salma

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Palavras de um Amigo...


Vc pode ser natural... e... acredite... isso basta! Esse processo demanda humildade, demanda um desnudar-se corajoso de si mesmo.
O autoconhecimento trabalhado é premissa para que a autoconfiança possa ser desenvolvida. Refiro-me à confiança em ser quem se é.
É este senso de confiança em sua beleza, natural e inata, que resgata a sensação de estar apaixonado por si... quando se está apaixonado, a aura brilha, os olhos brilham, há uma sensação enorme de de poder tudo... a disposição aumenta, a fé aumenta... Porque nos percebemos amados, valorizados, importantes.
Nosso corpo passa a funcionar dentro do modelo bioquímico da Primavera, da criatividade, do perceber-se com recursos para lidar com o contexto de maneira construtiva, encontrando saídas onde antes não conseguíamos enxergar.


Quando estamos apaixonados por nós não queremos nos largar...
Mas normalmente e, muito mais frequentemente do que seria o desejável,  escolhemos idolatrar artistas, BBB´s, produtos, palestrantes, mestres, gurus, pastores, padres, pais, mães, irmãos... que tiveram a coragem de seguir seus próprios sonhos e o assumiram, ao invés de irmos de encontro aos nossos próprios...
Alguém viu Buda idolatrando alguém?
Alguém viu Jesus idolatrando alguém?
Não... eles se conectaramm com algo muito, muito maior que isso...
Eles fizeram algo que nós não temos a coragem de fazer: assumir o seu ideal! E é por isso que se tornaram tão fortes... tão admiráveis...
E por isso os idolatramos. Idolatramos neles algo que não reconhecemos em nós e escolhemos terceirizar.
Mas, ao invertermos este processo de projeção e reconhecermos o Guerreiro forte, capaz, conquistador, capaz de batalhar por si que existe em nós, passamos a idolatrar a nós mesmos, ganhando autonomia emocional no processo.
Deixamos de ser presas fáceis para relacionamentos abusivos de qualquer natureza... deixamos de nos relacionar com o mundo a partir do vazio da carência interna...
Neste estado, não é mais necessário que o outro demonstre amor por mim para que eu me sinta amada, existente e importante. Eu passo a ser capaz de me nutrir a mim mesma de amor. E aí sim, eu passo a amar o outro também, sem fazê-lo de joguete, mas preservando o que ele tem de mais belo: a sua individualidade.
A conexão com o Guerreiro interno, por um motivo muito lógico, permite acessar uma enorme sensação de autoproteção, autodefesa e conquista.
Lembre-se de uma coisa: somos Deus em experimentação de si mesmo! Por um acaso, Deus é estereotipia?
Mas somos desafiados neste processo de autoconhecimento, de sustentação da nossa verdade, não é mesmo?
E por que?
Não testamos nossa paciência num ambiente harmonioso ...
Não testamos nosso amor próprio perante pessoas que nos tratam bem ....
Não testamos nossa força física pegando um peso leve ...
Por que com a vida seria diferente?
Quando optamos por sair da inércia, do vitimismo em favor do desenvolvimento de uma determinada competência, a Vida começa a nos apresentar muito claramente todos os pontos necessários a este desenvolvimento.
E ela o faz trazendo situações que exponham exatamente todos os nossos pontos fracos... todos os pontos que estão aquém do objetivo estabelecido como meta de desenvolvimento. E assim, podemos avaliar nosso grau de sucesso em cada etapa do nosso treinamento de autossuperação.
Quando estamos na “vítima” porém, a dor é encoberta e terceirizada, estamos sempre dependentes do exterior, da chegada do leite materno para que possamos nos sentir plenos e alimentados. Esperar por este leite na fase adulta é fadar-se ao fracasso emocional, certamente.
E mesmo assim, mesmo na imagem do aleitamento materno, vale lembrar que o bebê não é passivo no processo. Se a mãe oferece o seio ou a mamadeira, cabe a ele o processo de localização do bico, apreensão deste bico, sucção, digestão e metabolismo!
Não fomos criados para passividade, definitivamente!
A passividade e a inércia são posições autoritárias e arrogantes que trazem em si a premissa de que o alheio tem que corresponder as nossas necessidades.
Nossos parceiros não são nossos fantoches!
Vc acha mesmo que alguém pode te ferir quando vc já deu conta desta ferida?
Somos atingidos por flechas e ataques apenas se e quando for necessário. Para que possamos enxergar com muita clareza as dores das quais precisamos nos limpar... a dor da rejeição, do não merecimento, da solidão, da escassez, da impossibilidadem, dos apegos prejudiciais a nós mesmos que nos colocam na passividade que putrefa a alma.
Abraçar e transmutar a sombra dominada pelo mal cheiro da putrefação é fundamental neste processo....Upcycling da alma ! O lixo sempre serve para alguma coisa! O seu lixo emocional serve para o seu crescimento enquanto Ser. Tenha coragem de olhar para ele!
Somos humamos e. por definição, incompletos! E essa é a graça do negócio... a possibilidade de podermos investir em nós mesmos e nos autossuperar e sentirmos orgulho por isso! Competir com nossos próprios padrões e vencermos, um a um! Esse é o Heroi... Esse é o Guerreiro...Esse é o seu Deus Interno que deseja absurdamente viver de acordo com o propósito da sua Alma. Deixe-O existir como Sol na sua Vida. Ele não consegue isso sem vc!
Vc já reparou que na Mandala Astrológica, a casa 1 é regida por Áries?
Vc já reparou que o início se dá com o Guerreiro?
O Guerrreiro que se dispôs a vir para a terra, com um projeto encarnatório em mãos com a coragem de crescer e Ser Mais... que desenhou toda a holografia do corpo físico de acordo com os seus objetivos... que precisou escolher um óvulo e um espermatozoide dentre milhões para iniciar o projeto da encarnação.... o Guerreiro que precisou passar por traumas, desentendimentos, desafetos para manter-se aqui e seguir seu plano?
Vc acha mesmo que esse Guerreiro que está em vc é tão fraquinho assim que não possa lidar com a adversidade?
Ah... por favor... não se menospreze a esse ponto...
Abraham Maslow, um dos grandes teóricos da Psicologia Humanista nos disse:
“ ... todos nós nascemos com determinadas necessidades inatas para vivenciar valores mais altos; da mesma forma que nascemos psicologicamente com a necessidade de zinco e magnésio em nossa dieta. Então, este argumento está definitivamente dizendo que nossas necessidades e motivações mais altas estão biologicamente enraizadas. Todos os serems humanos tem a necessidade instintiva de altos valores de beleza, verdade e justiça, e assim por diante. Se podemos aceitar esta noção, então a questão-chave não é o ‘o que fomenta a criatividade?’ mas ‘por que, em nome de Deus nem todos são criativos?’ “
Não gostamos de nos sentirmos nada.
Não gostamos de sermos manipulados, dominados, mandados, forçados, pressionados, ridicularizados ou explorados. Mas fazemos isso conosco, não é verdade?
Vivenciar a si mesmo como alguém que tomas as próprias decisões, autonomia, iniciativa, realização... Tudo isso faz parte deste sentido de valor próprio que muitas vezes insistimos em negar para nos livrarmos da tensão que vem com esta opção de Ser.
O pulo do gato é entender que, em geral, diria Jung, o consciente e o inconsciente raramente estão de acordo no que se refere a seus conteúdos e tendências.
A consciência do ego sempre busca a satisfação imediata, enquanto que o inconsciente busca a realização da totalidade que engloba aspectos sombrios e tem o seu tempo para realizar.
Essa oposição entre ego e inconsciente, Jung explica que se deve ao caráter complementar entre os dois. É por isso que se insiste tanto em abraçar a Sombra.
Esse conflito possui uma função que é  gerar tensão, afim de promover energia e movimento, uma vez que a tendência da consciência é manter-se no mesmo estado, ou seja, a inércia.
Trabalhar pensamentos concientes não traz mudança... Então a vida entra em ação, fazendo-nos enxergar o inconsciente que tanto tentamos negar. E isso dói, certo?
Mas, nas palavras de Jung ( 1998 ), “a consciência é um processo momentâneo de adaptação, ao passo que o inconsciente contém não só todo o material esquecido do passado individual, mas todos os traços funcionais herdados que constituem a estrutura do espírito humano
Portanto, olhe para os acontecimentos da Vida como grandes professores te ensinando, por mais duro que seja, a perceber mais de vc em vc mesmo !
Menosprezar esta Sabedoria é morrer em vida.
Se vc está passando por um momento chamado Ruim, preste atenção aos conflitos que estão sendo iluminados em relação à sua guerra interna. E se vc está numa Guerra, é para que possa, necessariamente e praticamente sem alternativa, reconhecero seu Guerreiro Pessoal. Principes e princesas não vão à Guerra, certo ? Guerreiros, estes sim vão ! Vc tem um dentro de vc ! Acredite !
Mas com a falta de autoconhecimento, vc dificilmente conseguirá despertar esse Guerreiro, já que estará sempre na dependência do exterior, de um ídolo qualquer, de uma sensação de proteção que vem de fora e, óbvio, sobre a qual vc não tem o menor domínio...
É a carta da Torre do Tarot... uma construção enorme ruindo...
Completamente diferente da carta do Mundo, em sua plenitude nua, desvestida de estruturas rígidas, porque aprendeu a se conhecer.
Carl Rogers, um outro autor da Psicologia Humanista,  postula que há em cada um de nós um impulso inerente em direção a sermos competentes e capazes, inteiros e integrados. E isso não é difícil de imaginar!
Pare para pensar seu em seu corpo físico há um lindo Sistema Nervoso integrando a ponta do seu dedinho do pé, coordenando as passadas de suas pernas, metabolizando o cafezinho que vc acabou de tomar, ao mesmo tempo em que regula sua respiração e a coordena com seus batimentos cardíacos enquanto seu cérebro processa todas as informações que vc está adquirindo a partir dos inputs visuais que chegam aos seus olhos... para falar o mais óbvio...
Vc acha mesmo que este mesmo processamento mental não é capaz de te colocar numa direção de autocoerência e desenvolvimento???
Rogers nos fala que assim como uma sementinha tem em si todo o potencial para tornar-se uma planta, uma árvore, uma pessoa é impelida a se tornar uma pessoa total, completa e autorrealizada.
A maior tarefa para isso é estabelecer um relacionamento mais genuíno consigo mesmo. Aceitar-se a si é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína de si e dos outros. O caminho passa por:
·         Assumir consigo o comprometimento de cultivar um processo mutável de diálogo com as experiências, permitindo-se ver-se de formas diferentes em cada uma delas. Este comprometimento a levará a descobrir novas coisas a seu respeito, reinventando-se no processo.
·         A comunicação aberta de seus sentimentos é fundamental. A franqueza, o arriscar-se na autenticidade, na autocoerência, na ética interna. Não é uma questão de simplesmente colocar para fora os sentimentos. Não é disso que estamos falando. Mas, e aqui está a parte mais desafiadora do processo, ser capaz de aceitar empaticamente o que vier em troca. Aqui sim, temos a autonomia emocional de alguém autorrealizado.
·         Não aceitar papéis impostos. Preste atenção em uma coisa: vc veio de seus pais e por isso seja grata, mas vc não é seus pais, em nem deveria ser...Amor e diferenciação coexistem maravilhosamente bem ! Lembre-se: somos Deus em Individuação !
Vamos encerrar com as palavras de Rogers: “Talvez possa aceitar-me como a pessoa ricamente variada que sou. Talvez possa ser espontaneamente mais essa pessoa. Nesse caso, poderei viver de acordo com os meus próprios valores experimentados, conquanto tenha consciência de todos os códigos da sociedade. Nesse caso, poderei ser toda esta complexidade de sentimentos, significados e valores – livre para dar o amor, a raiva, a ternura que existem em mim. É possível então que eu venha a ser um participante real de uma união, porque estou em vias de ser uma pessoa real. E espero poder incentivar-me a seguir o caminho na direção de uma personalidade única, que eu gostaria imensamente de compartilhar comigo mesmo e com os outros com quem me encontrar.”
Um beijo grande !!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Florais, Cristais, Minerais e Astrologia trabalhando juntos na aceleração da cura

É sabido pela medicina tradicional que os minerais são fontes de alimento para a céula humana e participantes ativos dos processos que envolvem a vida. Cálcio, sódio, magnésio, potássio, fósforo são talvez os exemplos mais conhecidos, ajudando-nos na ativação de enzimas, condução de impulsos nervosos, crescimento de ossos e dentes, manutenção do equilíbrio ácido-base, etc....
Em Alquimia, vamos além....

A Alquimia é a arte da transformação; almeja atingir o coração de todas as coisas. Trabalha fundamentalmente com a ideia da transutação, como um processo de elevar a matéria de uma dada cirnstância a um nível superior de manifestação.
Assim, podemos dizer que todo processo de cura é, em última análise, um processo alquímico.
É premissa do pensamento Alquímico, o Animismo, ou seja, tudo bem Vida, a Natureza é Viva. Reconhece-se a Anima Mundi e é através do contato com ela que resgatamos o nosso Anima, o nosso estar Vivo e Animados!
Por outro lado, os Alquimistas acreditavam que os minerais eram gerados no centro da terra por interferência das radiações solares. A partir do momento em que um planeta estava em determinada posição, entre Sol e Terra, nasciam condições para a formação de um mineral diferente, com as propriedades vibracionais do planeta posicionado.
Assim, para os Alquimistas, o surgimento dos mineirais estava intrinsicamente ligado ao zodíaco. Surgem em decorrência das tempestadas solares que bombardeavam a Terra durante a sua formação e a partir desta influência planetária/astrológica no momento em que estas explosões incidiam sobre a Terra, as condições para a formação mineral estavam colocadas.
Vale lembrar que nos textos Alquímicos, a linguagem Astrológica é uma constante, é um filtro a partir do qual entendiam toda a dinâmica em Gaia, já que Gaia está em constante interação com seu Universo, acima e abaixo.
Neste sentido, os minerais em nossos corpos falam então de nossa “Astrologia Interior” e, para usarmos uma linguagem Junguiana, os minerais em sua dinâmica celular trazem, em nível concreto, a conversa de nossos Arquétipos Universais com nosso cotidiano individual.
O Mapa Astral é considerado um programa espiritual para esta encarnação, contando-nos os aspectos nos quais trabalhamos bem, aspectos que vamos ter que refazer pq não foram bem trabalhados antes e aspectos que temos para desenvolver. Este conceito é relativamente comum para quem curte Astrologia.
Mas o pensamento Alquímico vai mais além e atreve-se a dizer que, em nossa primeiríssima respiração, após sairmos do corpo de nossa mãe, a configuração celeste passa a ser impressa em nosso Sistema Nervoso Central, não obstante já tenha sido planejada durante todo o projeto de preencarnação. Não se acredita em acaso, aqui, mas sim em Sincronicidades.
A visão de que o corpo físico é totalmente regulado pelo corpo espiritual é outra premissa fundamental no pensamento Alquímico e ele está presente em todo o processo, inclusive na visão do que é a doença – enquanto um grande alerta de nosso Espírito de que nos afastamos de nós mesmo.
Todos já ouvimos falar do famoso “retorno de Saturno”, certo?
Pois bem, Saturno é considerado o grande regulador karmico juntamente com Júpiter, sendo também responsável por todo o processo criativo e encarnatório, regulando nosso nível de alinhamento a projeto.
Pois bem, dos 0 aos 28 anos de idade então, o Espírito está preparando o corpo físico para poder recebe-lO e nesta fase, a influência dos planetas nas casas é maior. Quando há eixos interpecptados, a interação com os arquétipos planetários que estiverem envolvidos nesta interceptação fica solta, faltante nesta estrutura.
Após os 28, portanto, após o primeiro retorno de Saturno, o Espírito encarna totalmente e precisa encontrar um corpo físico livre para que sua fluência seja permitida e o projeto encarnatório tenha sucesso.
Desnecessário dizer que isso raramente acontece... Nosso Espírito, que está dando conta da formação do corpo físico em toda a sua linda complexidade, tem também que dar conta das influências externas bloqueadoras de potencial ( todos nós conhecemos esta história, certo ? ).
Por isso que todo processo de tratamento Alquímico passa sempre por um processo de limpeza e desconexão das programações do passado que em nada tem a ver com a programação original do nosso Espírito.
Por outro lado, Nicolas Flammel (1300) acreditava que na célua estava desenhado nosso Espírito e que nosso Espírito, por sua vez, era uma cópia do macrocosmo. Para ele, o uso dos minerais, podemos acionar os comandos celulares para que a energia dos signos, das casas e dos planetas seja reconhecida e ativada em nós.
Já Paracelsus (1500) enfatizava o processo no sistema digestório, absorvendo e metabolizando a informação antes de enviá-las às células e aqui, podemos ver a beleza simbólica deste pensamento: absorver e metabolizar o autoconhecimento a partir do Mapa para que possa ganhar vida através da dinâmica celular.
Quando falamos em Alliastrum então falamos da síntese destes postulados Alquímicos que, quando adicionados aos compostos florais, gerarão mini-campos eletromagnéticos em nosso Sistema Nervoso que, através do sistema endócrino, farão a bioquímica necessária para gerar comportamento e, portanto, resultado em alinhamento com o Mapa Astral, e portanto, em alinhamento com o projeto encarnatório.
Os Alliastruns têm como foco nos ajudar a lembrar de nosso predestino e a coloca-lo em prática no aqui e no agora. E este é um processo lindo e que nos dá a sensação de sermos cada vez mais donos de nós mesmos. Fluência e emponderamento simultaneamente.
Dentro desta lógica, utiliza-se, por exemplo,
·         o Alliastrum de Marte para desparter nossa energia guerreira, nossa coragem em cortar o que não nos serve mais;
·         o Alliastrum do Sol para despertar nosso senso de identidade, brilho e carisma;
·         o Alliastrum de Júpiter para despertar nossa fé em nós mesmos, nosso acreditar em nossos projetos, etc.
Na prática do consultório, vejo que o Alliastrum tem sido decisivo na aceleração do processo de cura e retomada da vida e tenho visto.
Um dos exemplos mais lindos é de uma pessoa com um curriculum belíssimo, em experiência em gestão, due dilligence, auditoria, desempregada e que se limitava a assumir papeis como analista em função de questões relacionadas a figura paterna, extremamente repressora e opressora. Ela não tinha queixas físicas, mas estava buscando se achar no processo terapêutico.
Fizemos o protocolo de limpeza de registros passados, questões com pai, principalmente usando os Alliastruns desenhados em alinhamento com seu Mapa Astral. Ignorando a dita crise no mercado de trabalho, em três meses, minha paciente se recolou e está muito bem obrigada, assumindo um potencial que antes julgava não ser capaz, em função da imagem introjetada no convívio com a figura paterna.
A medicina Alquímica é completamente diferente da tradicional em termos de premissas, ela vai além! E sua beleza está em nos trazer de volta para nós mesmos!

Beijo grande!

Salma

Ah... apresentando-me...
Meu nome é Salma Cortez, sou formada em Psicologia pela USP (  Universidade de São Paulo ), Grafóloga há 16 anos, Mestre em Reiki iniciada por Tania Gori, Astróloga formada pelo Prof. Nilton Schutz, Terapeuta Alquímica formada pela Escola de Alquimia Joel Aleixo.
Caso queira anotar o whatsapp nos seus contatos ou agendar uma consulta, clique aqui:
Um grande abraço!

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A Origem do Baralho Cigano



 Baralho Cigano é um dos temas pelos quais sou apaixonada, embora não seja uma profissional nesta Arte Mantica e, há uns quinze dias comprei um livro a respeito ( adoro estudar ! rs... ).
A introdução deste livro me tocou profundamente e me atrevo a dizer que as palavras, acredito que escritas pelo autor do livro, irão conversar com vcs também.
É um texto leve, tranquilo, mas, vcs notarão, há uma linda mensagem nas entrelinhas.

Espero que curtam !

Beijos !



*“Junho de 1879. O professor de Matemática e Estatistica Jean Pierre Dunant, um francês, então com 32 anos, viajava pela Hungria, em busca de um raríssimo livro a respeito da vida de Pitágoras, o Pai da Matemática. Mas Jean Pierre mirou num passarinho e acabou acertando outro. E ao entrrar numa livraria na rua Vajva, que hoje não existe mais, em Budapeste, ele viu sobre o balcão, próximo a alguns livros de Filosofia, uma série de pepéis rabiscados. Curioso como era, resolveu dar ‘uma olhadinha’. À medida que ia lendo, o que lia lhe prendia a atenção.
Minutos mais tarde, o dono da livraria chegou ao balcão, vindo dos fundos, e sem ao menos dizer ‘boa-tarde’ ao professor Jean Pierre, disse-lhe apenas estas palavras: ‘O senhor acaba de encontrar o que estava procurando”. Jean Pierre olhou sobressaltado para o livreiro e disse que estava em busca de um livro raríssimo sobre a vida de Pitágoras.
O velho livreiro deu um sorrisinho e tornou a dizer: ‘O senhor acaba de encontrar o que estava procurando’. Unindo as palavras aos atos, apanhou todas aquelas folhas rabiscadas e as entregou ao professor. Como Jean Pierre estava gostando do que lia, até ser interrompido pela chegada do livreiro, aceitou, meteu a mão no bolso da calça e perguntou: ‘Quanto lhe devo, senhor?’. O livreiro, mais uma vez, sorriu enigmático e disse: ‘A mim? Nada. Após ter o que está escrito nessas folhas, saberá o que fazer’. Disse isso, virou as costas para o professor e voltou para os fundos da livraria. Jean Pierre saiu dali, levando as folhas e sem entender nada.
Julho de 1879. Jean Pierre aogra já sabia o que deveria ser feito com asquelas folhas. Elas, simplesmente, retratavam a história e a magia de um povo considerado até hoje como sendo misterioso: os ciganos. Naquelas folhas também havia dezenas de métodos divinatórios. O problema era que Jean Pierre não acreditava em tais coisas. Achava que a Matemátia podia explicar qualquer coincidência, qualquer espécie de profecia. Mas alguma coisa fez com que ele começasse a pesquisar sobre o assunto.
Setembro de 1879. Após dois incansáveis meses de leitura e pesquisa em cima do que havia lido naquelas folhas tão mal rabiscadas, Jean Pierre tomou uma decisão: procuraria, onde quer que fosse, um grupo de ciganos e tentaria conviver algum tempo com eles, a fim de comprovar a veracidade do que lera.
Janeiro de 1880. Viajando pela Romênia, agora em busca de um grupo de ciganos, Jean Pierre finalmente obteve êxito em sua empreitada. Ao entrar em Bucareste, enfrentado um frio de -14oC, Jean Pierre instalou-se numa estalagem. Rapidamente, tornou-se amigo do estalajadeiro e comentou que estava atrás de ciganos.  O dono do estabelecimento, em   troca de algumas moedas, deu-lhe a direção de um grupo de ciganos que, dias antes, havia passado por ali.  Jean Pierre dormiu aquela noite ali, na estalagem, e, no dia seguinte, partiu cedo atrás dos ciganos.
Meados de janeiro de 1880. Jean Pierre encontrou um grupo de ciganos acampado à beira de uma estrada deserta. Aproximou-se todo informal e, a princípio, foi recebido de maneira hostil. Tratou logo de se explicar e disse que gostaria de escrever alguma coisa sobre eles. Os ciganos, como sempre muito arredios, não gostaram da ideia e capturaram Jean Pierre, mantendo-o preso durante muitos meses.
Abril de 1881. Jean Pierre, aos poucos, conquistou a simpatia do clã cigano que o havia aprisionado e ganhou a liberdade. O chefe do grupo mandou que ele partisse. Jean Pierre implorou, de joelhos, para ficar com eles e voltou a falar no livro que queria escrever. Os ciganos se reuniram e, por unanimidade, decidiram permitir que Jean Pierre participasse do cotididano do clã.
Setembro de 1885. Jean Pierre terminou de escrever o livro, que continha mais de 200 páginas manuscritas. Foi aí que ele procurou um tipógrafo, pois tinha em mente publicar o seu livro e torna-lo conhecido nacionalmente. Isso foi impossível, pois o tipógrafo pediu uma quantia muito alta em dinheiro, alegando que o serviço seria duro e cansativo. Jean Pierre tentou argumentar, mas o tipógrafo permaneceu irredutível: afinal, ele vivia disso.
Janeiro de 1886. Jean Pierre faleceu em Paris, aos 39 anos de idade, sem deixar bens ou propriedades, apenas o rascunho de um livro sobre Tarô Cigano.
Maio de 1958. O pesquisador espanhol Juan Garcia Chavez, em viagem a Hungria, entra numa livraria, à procura de um livro qualquer, e encontra em cima do balcão, em meio a outros livros velhos e despedaçados, o rascunho do livro do professor Jean Pierre. Ele Folheia o ‘livro’ e na hora se interessa pelo assunto. O dono do estabelecimento chega, e Juan Garcia pergunta: ‘Quanto custa isto aqui?’. O livreiro dá uma risada e responde: ‘Essa porcaria?’. Isso estava nos fundos da minha livraria há muitos anos. Hoje, fiz uma limpeza e ia jogar toda essa tralha no lixo. Se quiser, pode levar’.
Juan Garica ainda deixou algum dinheiro em cima do balcão da livraria e foi embora. Chegou no seu local de trabalho, pegou o telefone e chamou seu assistente. Quando este entrou na sala, Juan Garcia pegou o rascunho do livro sobre Tarô Cigano e o entregou ao assitante dizendo: ‘Copine na máquina e depois mande rodar’.
Juan Garcia era dono de uma editora de médio porte. Ele mandou imprimir 5 mil exemplares do livro. A vendagem foi um sucesso. Então, mandou imprimir mais 5 mil Novamente, um sucesso. Antes que ele mandasse imprirmir outros tantos mil exemplares, teve problemas de saúde e faleceu. Algumas horas antes de sua morte, Juan Garcia ficou sabendo, por meio de uma cigana que ele havia sido um professor de Matemática e Estatística, um francês que tinha vivido no século XIX...”

Que o seu dia seja lindo e muito esperançoso!
Beijos !!!