terça-feira, 25 de julho de 2017

Que tal uma leitura de Mapa hoje ?



Oi pessoal, tudo bem?
Vcs já deram uma olhada no mapa de hoje, 25/07/17 ?
 Após assistir a um delicioso comentário  sobre  senhoras suecas  na faixa dos 70  aos  98  anos  que jogavam  vôlei,  senti  um a  enorme  vontade  de dar uma  olhada no Mapa de hoje e... adorei o que vi, pois ressoava com o que estava percebendo em mim mesma nesta manhã. Então pensei... por que não dividir isso com o pessoal no Face ? Quem sabe o pessoal goste... então....
Aqui está ele, calculado para são Paulo, às 6h00. 

Mas antes de entrarmos nesta leitura, deixe-me avisar: não sou astróloga (ainda...).
Não obstante, como parte da formação como Terapeuta Alquímica da Escola de Alquimia Joel Aleixo, tenha tido o prazer de entrar em contato com esta arte-científica que considero apaixonante. Muito dos tratamentos que estruturamos na formulação dos florais alquímicos têm como base a configuração do Mapa Astral de quem nos procura, dentro do conceito de potencialização e cura do “DNA Espiritual”.
Aliás, você sabia que a Astrologia fazia parte do curriculum de formação dos Médicos até o século XVI? Se vc visitar os prédios de antigas faculdades de Medicina verá registros dos símbolos de planetas e signos em suas paredes, como em Salamanca, na Espanha, por exemplo.
Durante o século XX, Carl Gustav Jung foi um dos grandes responsáveis pelo resgate desta ciência maravilhosa que nos possibilita um profundo caminho de autoconhecimento e, atualmente, Joel Aleixo, Alquimista, junto com seu Mentor Espiritual Jonathas, desenvolveram formulações específicas para o tratamento de questões físicas-psicológicas-espirituais com origem na configuração do Mapa Astral. Não é lindo isso?
Bem, vamos ao Mapa.  
Estamos em Leão! Estamos no fogo das vaidades ... no signo que nos concentra em nós mesmos, na força de nossa personalidade, na força coagulante de nosso Ego ( no sentido mais psicanalítico do termo ). Veja que temos uma grande quantidade de planetas na casa 1: o Sol, Marte, a Lua ( Nova ), Mercúrio, além da Roda da Fortuna.  
Tudo isso sob a influência de Leão, enquanto signo que desafia todo esse pessoal para que seja utilizado em prol do si mesmo, enquanto indivíduo com suas metas concretas de conquista.
Em função disso, este mapa me parece estar muito centrado numa posição de força de se assumir impreterivelmente hoje, aqui e agora, no sentido de assumirmos quem somos essencialmente e expressarmos isso externamente.
É uma configuração para assumirmos nosso brilho pessoal e dar um tempo para a tendência depressiva de nos colocarmos como figuras de segunda mão. A começar pelo fato de Marte na casa da qual é o dono soberano nos diz:   “ não seja covarde “ ou “não fuja do seu posicionamento enquanto ser desejante”!  
A Lua na casa 1 acentua mais este aspecto porque nossas emoções ficam visíveis e ... instáveis também principalmente se a colocarmos na dependência do reconhecimento do outro. Este é o perigo da instabilidade aqui e o seu desafio de hoje: autonomia emocional a partir do posicionamento centrado em amor-próprio.
Diria que é um belo desafio para a autoestima: amar-se apesar de... Em termos de Mapa é isso mesmo, porque há um boa tensão entre as casas 1 e 7 que, em Alquimia, são as casas que influenciam nosso chakra cardíaco, o chakra do timo, da imunidade ( física e emocional ), de nosso senso de amor próprio. Como é este desafio para vc ?
Por outro lado, Venus em Gemeos na casa 11, traz uma gostosa pitada de bom humor para esta história, como se dissesse “ ria um pouco mais de si mesma “, incrementando nossa saúde emocional, sob este aspecto e tirando um pouco de nossa carranca cosmopolita.
Então, hoje, aproveite este fluxo de energia do Universo e se dê a oportunidade de sentir-se bem com vc mesma, faça algo que te dê orgulho, mesmo que um gesto singelo com significado apenas para vc.
Hoje, aproveite para se curtir !
Um grande beijo !

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Interpretando os sonhos com o predador psíquico

Olá pessoal, tudo bem ?
Acredito que esse seja um tema legal para trazer para vocês: interpretação de sonhos.
Durante esta semana, baseados no livro de Clarissa Estés, falamos sobre a relação entre nós, mulheres, e nosso predador psíquico que nos prende e nos amortece, num nível simbólico ou concreto. Hj, dando continuidade a este tema, vamos falar sobre como ele aparece em nossos sonhos e como poderemos analisa-los.
Vamos lá ?
Mas, antes para começar, para quem quiser ter acesso ao artigo anterior, segue aqui o link:


Sonhar com o “predador psíquico”, enquanto sonho arquetípico, é universal a nós. Nestes sonhos normalmente temos uma figura masculina que nos aterroriza terrivelmente, ameaçando nossa segurança de uma maneira tão intensa que chegamos a ter inclusive contraparte física deste sonho: respiração ofegante, suor, gritos, elevação dos batimentos cardíacos. Em Alquimia, diríamos que este é um surto Salino, já que envolve todo o corpo, a partir do sistema cardio-respiratório e elevação dos níveis de adrenalina na corrente sanguínea.
Clarissa Estés nos diz que “muitas vezes, por exemplo, esse tipo de sonho é um indicador confiável de que a consciência de uma mulher, como no caso de uma mulher muito jovem, está começando a perceber a existência do predador psíquico inato. Em outros casos, o sonho é um arauto: a mulher que sonha acabou de descobrir ou está a ponto de descobrir e de começar a liberar, uma função cativa e esquecida da sua psique. Ainda sob outras circunstâncias, o sonho trata de uma situação cada vez mais intolerável na cultura que cerca a vida pessoal de quem sonha, situação que ela precisa combater ou da qual precisa fugir”. 
Em outras palavras, muito embora sejam sonhos que nos assustem num primeiro momento, são fundamentalmente, sonhos que ampliam nossa consciência sobre nós mesmas.  Sonhos de conteúdo arquetípico normalmente cumprem essa função.
Sonhos com predador são sonhos que falam de atitudes cruéis que temos conosco, ou através de autoagressão ou projetando essa agressão no externo ( uma situação, uma pessoa, um emprego, uma rotina, um parente, etc. ) e nos colocam no limiar de uma mudança psíquica, num “upgrade”, numa iniciação, são portais para o nosso próximo passo em direção à individuação. E por terem essa função, precisam ser vistos enquanto tal.
Podem vir como grandes sacudidas que damos em nós mesmas para tomarmos a atitude necessária na vida cotidiana, nos alertando para algo se “desencaminhou radicalmente”, como diz Clarissa.
E se isso acontece com muitas mulheres simultaneamente, então temos um alerta de que há algo doente em termos sócio-culturais. Mulheres conectadas com sua Matrix, para utilizarmos termos alquímicos, são verdadeiras antenas da natureza e captam muito bem esses movimentos. 
Seja como for, num nível individual ou coletivo, o sonho com o predador sempre nos fala de algo que nos limita, sufoca, nos quais somos levadas a acreditar ( ou desafiar a crença ) de que somos menores do que nosso real potencial e nos chama para uma tomada de posição, exatamente no momento em que nos damos conta de que nosso fogo criativo está sendo apagado, o fogo tomado como um símbolo da nossa energia e vitalidade interna, dos nossos olhos que brilham, de nossa capacidade de gestar e parir ( simbólica ou concretamente ).
E muitas de nós estamos cedendo a isso, em nome de uma produtividade organizacional focada no lucro financeiro unilateral. Enganando-nos no papel de executivas quando somos mera reprodutoras de processos, enquanto temos crises intensas de enxaqueca, travamos nosso rosto na DTM, nosso útero adoece em miomas e cistos e nossos seios padecem de câncer.
Não há nenhum problema em sermos executivas e trabalhadoras aguerridas, lógico! Mas o problema está quando, ao exercemos a o trabalho, o fazemos a partir das premissas do patriarcado que nega o que somos em toda a nossa essência: mulheres!
“É de importância crucial que nos lembremos de que, sempre que temos sonhos com o homem sinistro, existe um poder antagônico por perto, esperando para nos ajudar. Quando acionamos essa energia selagem para resistir ao predador, adivinhem o que acontece imediatamente? A Mulher Selvagem chega superando quaisquer cercas, muros ou obstáculos que o predador tenha construído. Ela não é um ícone, a ser exposto na parede como um quadro religioso. Ela é um ser vivo que chega a nós de qualquer lugar, sob quaisquer condições. Ela e o predador se conhecem há muito, muito tempo. Ela descobre seu paradeiro através de sonhos, de histórias, contos e através da vida inteira das mulheres. Onde ele estiver, ela estará, pois é ela quem contrabalança a destruição causada por ele.
A Mulher Selvagem ensina às mulheres quando não se deve ser ‘boazinha’ no que diz respeito à proteção da expressão de nossa alma. A natureza selvagem sabe que a ‘doçura’ nessas ocasiões só faz com que o predador sorria. Quando a expressão da alma está sendo ameaçada, não só é aceitável fixar um limite e ser fiel a ele; é imprescindível. Quando a mulher age assim, não poderá haver intromissões em sua vida por muito tempo, pois ela reconhece logo o que está de errado e tem condições de empurrar o predador ao seu devido lugar”.

Beijos !

segunda-feira, 17 de julho de 2017

quando nossa ingenuidade nos torna presas...

Acredito que um livro de leitura obrigatória para nós, mulheres, é “Mulheres que correm com Lobos”. Escrito por Clarissa Estés, analista junguiana, é o tipo de livro profundo, no qual entramos de um jeito e saímos de outro. Não é um livro para ler com a cabeça cartesiana, mas com o coração amplo.
Talvez muitas de nós já o tenha lido, mas mesmo assim, arrisco em compartilhar aqui algumas de suas páginas, porque vale a pena! Em temos de Ecofeminismo, de empoderamento da Mulher, mesmo tendo sido escrito em 1992, ele me parece absurdamente atual.
Gostaria de começar pelo capítulo que fala sobre o quanto podemos ser vítimas de um predador interno ( ou externo ? ) a partir do momento em que insistimos em ser ingênuas o suficiente para não acreditarmos em nossa instintiva intuição.                                          
Vamos lá ?


“Num único ser humano existem muitos outros seres, todos com seus próprios valores, motivos e projetos. ( ... ) Nossa tarefa consiste em criar para todos esses seres uma paisagem selvagem na qual os artistas entre eles possam criar, os amantes amar, os curandeiros curar.
Mas o que devemos fazer com esses seres interiores que são completamente loucos e com aqueles que destroem sem pensar? Mesmo a esses deve ser atribuído um lugar, muito embora seja um lugar que os possa conter. Uma entidade em especial, o fugitivo mais traiçoeiro e mais poderoso na psique, exige nossa conscientização e contenção imediatas – e esse é o predador natural.
Existe dentro de nossa psique uma força voltada “contra a natureza”, que habita em nosso lado pathos, patológico e se nutre de nossa pulsão de morte. Ele nos esvazia, nos desintegra, nos deixa amortecidas. É debochado e assassino e cresce dentro de nós independente da criação que tivemos.
No entanto, é ele que nos coloca num caminho de iniciação, que marca nossa passagem pela adolescência, e nos faz conhecer forças dentro de nós que, a não ser que o encaremos, nunca seremos capazes de reconhecer e integrar a nossa estrutura de personalidade. É ele quem nos coloca no caminho de sermos mulheres plenas, com autonomia psicológica, individuadas, conscientes de si.
Mas... ele nos testa... muito... e para lidar com ele, precisamos ativar nossa capacidade intuitiva, nossa resistência, nossa percepção aguçada, nosso alcance de visão, nossa audição apurada e nossa capacidade instintiva de cura.
Em seu livro, Clarissa utiliza o conto do Barba-Azul para estimular este resgate em nós. Nesse conto de fadas, o Barba-Azul, enquanto o homem-predador-carcereiro, “simboliza um complexo profundamente recluso que fica espreitando às margens da vida da mulher, observando à espera de uma oportunidade para atacar”. Esse arquétipo é inato, portanto, em algum ponto da vida, normalmente no fundo do poço, nos vemos obrigadas a nos confrontar com ele, ou então, sucumbiremos à morte – física ou psíquica.                                                                                                                                                         
Nós nos colocamos nas mãos do Barba-Azul no exato momento em que nos opomos à nossa intuição e nos recusamos a reconhecer que “essa força maligna é o que é”. Predadores são predadores e ponto. Não compreender isso significa ficarmos vulneráveis à nossa própria ingenuidade e insensatez, não importando nossa idade cronológica. Estamos falando aqui de amadurecimento psíquico, lembre-se !
Quem de nós já não tentou converter um Barba-Azul? Adestrá-lo, domesticá-lo, seduzi-lo ou então considerá-lo simplesmente um excêntrico incompreendido? Esse erro de raciocínio é muito frequente em nós, mulheres, que ainda carregamos as informações de uma cultura patriarcal, onde o feminino é desqualificado e castrado. 
Quando nossa Adolescente Ingênua se casa com um Barba-Azul a quem não reconhece enquanto tal, é este padrão que reforçamos e, ao invés de vivermos livremente, começamos a viver falsamente a partir de padrões que não tem correspondência interna com a nossa verdade, drenando nossas forças, amordaçando-nos e amortecendo-nos em nome de algo que já nem sabemos exatamente o que é. Promessas... promessas... promessas... que nunca se concretizam... mas nas quais acreditamos porque achamos que nunca seremos capazes de alcança-las se não for de outra maneira, não é mesmo ?
A sensação do medo, da solidão, da incapacidade vem às nossas mentes e aos nossos corações e travam nossas pernas.
E o que fazer ? Como sair disso ? Precisamos recuar e dar a volta. 
“Recuar e dar a volta são movimentos de um animal que se enfurna na terra para fugir e aparecer de novo às costas do predador. Essa é a manobra psíquica que a esposa do Barba-Azul efetua para restabelecer o domínio sobre sua própria vida”.         
O autoconhecimento é uma profunda ferramenta que nos ajuda a “recuar e dar a volta”, porque nos ajuda a perceber o contexto a partir de uma nova perspectiva e uma vez“tendo perdido a ingenuidade" a respeito de nós mesmas, passamos a nos tornar astutas. "Ela pede tempo para se compor – em outras palavras, tempo para se recompor para o combate final. 
Na realidade externa, encontramos mulheres planejando suas fugas, seja de um estilo destrutivo, de um amante, seja de um emprego, ou até mesmo de um filho. Ela pára para ganhar tempo, ela espera a hora certa, ela planeja a sua estratégia e reúne suas forças interiores antes de realizar uma mudança externa. ”     
É muito comum, nestes momentos, sentirmos um cansaço absurdo, pois nossa energia psíquica está sendo puxada para lados opostos de nós mesmas. Nosso sistema imunológico sofre, ficamos doentes, como querendo “dar um tempo”, mas, não importa o que aconteça, mesmo exaustas, precisamos continuar a planejar a nossa fuga. Dormir aqui seria morte certa. E é essa a “iniciação mais profunda”. 
“É esse o momento no qual a mulher cativa passa da condição de vítima para a condição de alguém com a mente afiada, os olhos astuciosos, a audição apurada. É essa a hora na qual um esforço quase sobre-humano consegue impelir a psique exausta para que se realize sua última tarefa”.        
Assim, como temos em nós um Barba-Azul que projetamos sobre parceiros que nos drenam, temos também uma energia psíquica que nos ajuda a realizar qualquer coisa que queiramos. Em Alquimia, damos o nome de Matrix, a força criativa em nós, que promove a vida, que nos conecta à profunda Natureza, que nos resgata enquanto mulheres individuadas, confiantes, desenvoltas e seguras.
Nosso predador mira no que há de frágil, ingênuo e carente em nós. Portanto, reconhecer cada um destes pontos é o primeiro passo para a cura. Não permitir que alguém o manipule é o segundo e assumir em vc mesma a responsabilidade por curá-los é o terceiro.
Não negamos nosso predador interno. Nós o encaramos, o desarmamos e o transformamos em material para criação de nós mesmas! Isso é bem forte  e libertador !

Um grande beijo !                                                                                                                                                                                                                                                              

Seja a mudança....

Olá pessoal, tudo bem ? 
“Gerenciamento Quântico” é um livro que estou relendo neste momento. Ele foi escrito por Charlotte Shelton e tem como principal objetivo aplicar os princípios da Física Quântica à gestão empresarial, o que é desafiador e também muito interessante, na medida em que traz aplicações práticas de princípios como causação não-local, coerência, complementaridade e complexidade. 


Pensar a partir da Física Quântica é uma mudança radical de paradigmas e que nos coloca no centro da nossa autorresponsabilidade, nos forçando a um caminho que nos catapulte do vitimismo ao amadurecimento pessoal. Não é para qualquer um, pode apostar !
Mas, se vc quiser participar dessa aventura comigo, meu objetivo aqui será o de compartilhar com vcs os ensinamentos desse livro na medida em que for trabalhando sobre ele, na intenção de que todos nós possamos trabalhar sobre nós e extrair aspectos interessantes para nossas vidas, tanto em nível pessoal, como em nível profissional.
E acredito que uma boa maneira de iniciar, seja replicando um trecho do livro extraído do túmulo de um bispo anglicano nas criptas da Abadia de Westminster. Aí vai:
“ Quando eu era jovem e livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo.
Quando fiquei mais velho e sensato, descobri que o mundo não mudaria, e por isso encurtei um pouco o alcance de minha visão e decidi mudar somente meu país. No entanto, ele também permaneceu impassível.
Quando atingi meus anos de crepúsculo, numa última tentativa desesperada, resolvi mudar apenas minha família, as pessoas que me eram mais próximas, mas – ai de mim – elas não queriam nada disso.
E agora, deitado em meu leito de morte, compreendo: se eu tivesse, antes de mais nada, mudado apenas a mim mesmo, então, pelo exemplo, eu mudaria minha família. Com base em sua inspiração e em seu encorajamento, eu teria então, sido capaz de melhorar o meu país e, quem sabe, poderia até mesmo mudar o mundo”.
Acho que não tem melhor forma de fechar este texto com o famoso pensamento de Gandhi:

“Seja a mudança que você quer ver no mundo!”


Um grande beijo a todos !!!