sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Palavras de um Amigo...


Vc pode ser natural... e... acredite... isso basta! Esse processo demanda humildade, demanda um desnudar-se corajoso de si mesmo.
O autoconhecimento trabalhado é premissa para que a autoconfiança possa ser desenvolvida. Refiro-me à confiança em ser quem se é.
É este senso de confiança em sua beleza, natural e inata, que resgata a sensação de estar apaixonado por si... quando se está apaixonado, a aura brilha, os olhos brilham, há uma sensação enorme de de poder tudo... a disposição aumenta, a fé aumenta... Porque nos percebemos amados, valorizados, importantes.
Nosso corpo passa a funcionar dentro do modelo bioquímico da Primavera, da criatividade, do perceber-se com recursos para lidar com o contexto de maneira construtiva, encontrando saídas onde antes não conseguíamos enxergar.


Quando estamos apaixonados por nós não queremos nos largar...
Mas normalmente e, muito mais frequentemente do que seria o desejável,  escolhemos idolatrar artistas, BBB´s, produtos, palestrantes, mestres, gurus, pastores, padres, pais, mães, irmãos... que tiveram a coragem de seguir seus próprios sonhos e o assumiram, ao invés de irmos de encontro aos nossos próprios...
Alguém viu Buda idolatrando alguém?
Alguém viu Jesus idolatrando alguém?
Não... eles se conectaramm com algo muito, muito maior que isso...
Eles fizeram algo que nós não temos a coragem de fazer: assumir o seu ideal! E é por isso que se tornaram tão fortes... tão admiráveis...
E por isso os idolatramos. Idolatramos neles algo que não reconhecemos em nós e escolhemos terceirizar.
Mas, ao invertermos este processo de projeção e reconhecermos o Guerreiro forte, capaz, conquistador, capaz de batalhar por si que existe em nós, passamos a idolatrar a nós mesmos, ganhando autonomia emocional no processo.
Deixamos de ser presas fáceis para relacionamentos abusivos de qualquer natureza... deixamos de nos relacionar com o mundo a partir do vazio da carência interna...
Neste estado, não é mais necessário que o outro demonstre amor por mim para que eu me sinta amada, existente e importante. Eu passo a ser capaz de me nutrir a mim mesma de amor. E aí sim, eu passo a amar o outro também, sem fazê-lo de joguete, mas preservando o que ele tem de mais belo: a sua individualidade.
A conexão com o Guerreiro interno, por um motivo muito lógico, permite acessar uma enorme sensação de autoproteção, autodefesa e conquista.
Lembre-se de uma coisa: somos Deus em experimentação de si mesmo! Por um acaso, Deus é estereotipia?
Mas somos desafiados neste processo de autoconhecimento, de sustentação da nossa verdade, não é mesmo?
E por que?
Não testamos nossa paciência num ambiente harmonioso ...
Não testamos nosso amor próprio perante pessoas que nos tratam bem ....
Não testamos nossa força física pegando um peso leve ...
Por que com a vida seria diferente?
Quando optamos por sair da inércia, do vitimismo em favor do desenvolvimento de uma determinada competência, a Vida começa a nos apresentar muito claramente todos os pontos necessários a este desenvolvimento.
E ela o faz trazendo situações que exponham exatamente todos os nossos pontos fracos... todos os pontos que estão aquém do objetivo estabelecido como meta de desenvolvimento. E assim, podemos avaliar nosso grau de sucesso em cada etapa do nosso treinamento de autossuperação.
Quando estamos na “vítima” porém, a dor é encoberta e terceirizada, estamos sempre dependentes do exterior, da chegada do leite materno para que possamos nos sentir plenos e alimentados. Esperar por este leite na fase adulta é fadar-se ao fracasso emocional, certamente.
E mesmo assim, mesmo na imagem do aleitamento materno, vale lembrar que o bebê não é passivo no processo. Se a mãe oferece o seio ou a mamadeira, cabe a ele o processo de localização do bico, apreensão deste bico, sucção, digestão e metabolismo!
Não fomos criados para passividade, definitivamente!
A passividade e a inércia são posições autoritárias e arrogantes que trazem em si a premissa de que o alheio tem que corresponder as nossas necessidades.
Nossos parceiros não são nossos fantoches!
Vc acha mesmo que alguém pode te ferir quando vc já deu conta desta ferida?
Somos atingidos por flechas e ataques apenas se e quando for necessário. Para que possamos enxergar com muita clareza as dores das quais precisamos nos limpar... a dor da rejeição, do não merecimento, da solidão, da escassez, da impossibilidadem, dos apegos prejudiciais a nós mesmos que nos colocam na passividade que putrefa a alma.
Abraçar e transmutar a sombra dominada pelo mal cheiro da putrefação é fundamental neste processo....Upcycling da alma ! O lixo sempre serve para alguma coisa! O seu lixo emocional serve para o seu crescimento enquanto Ser. Tenha coragem de olhar para ele!
Somos humamos e. por definição, incompletos! E essa é a graça do negócio... a possibilidade de podermos investir em nós mesmos e nos autossuperar e sentirmos orgulho por isso! Competir com nossos próprios padrões e vencermos, um a um! Esse é o Heroi... Esse é o Guerreiro...Esse é o seu Deus Interno que deseja absurdamente viver de acordo com o propósito da sua Alma. Deixe-O existir como Sol na sua Vida. Ele não consegue isso sem vc!
Vc já reparou que na Mandala Astrológica, a casa 1 é regida por Áries?
Vc já reparou que o início se dá com o Guerreiro?
O Guerrreiro que se dispôs a vir para a terra, com um projeto encarnatório em mãos com a coragem de crescer e Ser Mais... que desenhou toda a holografia do corpo físico de acordo com os seus objetivos... que precisou escolher um óvulo e um espermatozoide dentre milhões para iniciar o projeto da encarnação.... o Guerreiro que precisou passar por traumas, desentendimentos, desafetos para manter-se aqui e seguir seu plano?
Vc acha mesmo que esse Guerreiro que está em vc é tão fraquinho assim que não possa lidar com a adversidade?
Ah... por favor... não se menospreze a esse ponto...
Abraham Maslow, um dos grandes teóricos da Psicologia Humanista nos disse:
“ ... todos nós nascemos com determinadas necessidades inatas para vivenciar valores mais altos; da mesma forma que nascemos psicologicamente com a necessidade de zinco e magnésio em nossa dieta. Então, este argumento está definitivamente dizendo que nossas necessidades e motivações mais altas estão biologicamente enraizadas. Todos os serems humanos tem a necessidade instintiva de altos valores de beleza, verdade e justiça, e assim por diante. Se podemos aceitar esta noção, então a questão-chave não é o ‘o que fomenta a criatividade?’ mas ‘por que, em nome de Deus nem todos são criativos?’ “
Não gostamos de nos sentirmos nada.
Não gostamos de sermos manipulados, dominados, mandados, forçados, pressionados, ridicularizados ou explorados. Mas fazemos isso conosco, não é verdade?
Vivenciar a si mesmo como alguém que tomas as próprias decisões, autonomia, iniciativa, realização... Tudo isso faz parte deste sentido de valor próprio que muitas vezes insistimos em negar para nos livrarmos da tensão que vem com esta opção de Ser.
O pulo do gato é entender que, em geral, diria Jung, o consciente e o inconsciente raramente estão de acordo no que se refere a seus conteúdos e tendências.
A consciência do ego sempre busca a satisfação imediata, enquanto que o inconsciente busca a realização da totalidade que engloba aspectos sombrios e tem o seu tempo para realizar.
Essa oposição entre ego e inconsciente, Jung explica que se deve ao caráter complementar entre os dois. É por isso que se insiste tanto em abraçar a Sombra.
Esse conflito possui uma função que é  gerar tensão, afim de promover energia e movimento, uma vez que a tendência da consciência é manter-se no mesmo estado, ou seja, a inércia.
Trabalhar pensamentos concientes não traz mudança... Então a vida entra em ação, fazendo-nos enxergar o inconsciente que tanto tentamos negar. E isso dói, certo?
Mas, nas palavras de Jung ( 1998 ), “a consciência é um processo momentâneo de adaptação, ao passo que o inconsciente contém não só todo o material esquecido do passado individual, mas todos os traços funcionais herdados que constituem a estrutura do espírito humano
Portanto, olhe para os acontecimentos da Vida como grandes professores te ensinando, por mais duro que seja, a perceber mais de vc em vc mesmo !
Menosprezar esta Sabedoria é morrer em vida.
Se vc está passando por um momento chamado Ruim, preste atenção aos conflitos que estão sendo iluminados em relação à sua guerra interna. E se vc está numa Guerra, é para que possa, necessariamente e praticamente sem alternativa, reconhecero seu Guerreiro Pessoal. Principes e princesas não vão à Guerra, certo ? Guerreiros, estes sim vão ! Vc tem um dentro de vc ! Acredite !
Mas com a falta de autoconhecimento, vc dificilmente conseguirá despertar esse Guerreiro, já que estará sempre na dependência do exterior, de um ídolo qualquer, de uma sensação de proteção que vem de fora e, óbvio, sobre a qual vc não tem o menor domínio...
É a carta da Torre do Tarot... uma construção enorme ruindo...
Completamente diferente da carta do Mundo, em sua plenitude nua, desvestida de estruturas rígidas, porque aprendeu a se conhecer.
Carl Rogers, um outro autor da Psicologia Humanista,  postula que há em cada um de nós um impulso inerente em direção a sermos competentes e capazes, inteiros e integrados. E isso não é difícil de imaginar!
Pare para pensar seu em seu corpo físico há um lindo Sistema Nervoso integrando a ponta do seu dedinho do pé, coordenando as passadas de suas pernas, metabolizando o cafezinho que vc acabou de tomar, ao mesmo tempo em que regula sua respiração e a coordena com seus batimentos cardíacos enquanto seu cérebro processa todas as informações que vc está adquirindo a partir dos inputs visuais que chegam aos seus olhos... para falar o mais óbvio...
Vc acha mesmo que este mesmo processamento mental não é capaz de te colocar numa direção de autocoerência e desenvolvimento???
Rogers nos fala que assim como uma sementinha tem em si todo o potencial para tornar-se uma planta, uma árvore, uma pessoa é impelida a se tornar uma pessoa total, completa e autorrealizada.
A maior tarefa para isso é estabelecer um relacionamento mais genuíno consigo mesmo. Aceitar-se a si é um pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína de si e dos outros. O caminho passa por:
·         Assumir consigo o comprometimento de cultivar um processo mutável de diálogo com as experiências, permitindo-se ver-se de formas diferentes em cada uma delas. Este comprometimento a levará a descobrir novas coisas a seu respeito, reinventando-se no processo.
·         A comunicação aberta de seus sentimentos é fundamental. A franqueza, o arriscar-se na autenticidade, na autocoerência, na ética interna. Não é uma questão de simplesmente colocar para fora os sentimentos. Não é disso que estamos falando. Mas, e aqui está a parte mais desafiadora do processo, ser capaz de aceitar empaticamente o que vier em troca. Aqui sim, temos a autonomia emocional de alguém autorrealizado.
·         Não aceitar papéis impostos. Preste atenção em uma coisa: vc veio de seus pais e por isso seja grata, mas vc não é seus pais, em nem deveria ser...Amor e diferenciação coexistem maravilhosamente bem ! Lembre-se: somos Deus em Individuação !
Vamos encerrar com as palavras de Rogers: “Talvez possa aceitar-me como a pessoa ricamente variada que sou. Talvez possa ser espontaneamente mais essa pessoa. Nesse caso, poderei viver de acordo com os meus próprios valores experimentados, conquanto tenha consciência de todos os códigos da sociedade. Nesse caso, poderei ser toda esta complexidade de sentimentos, significados e valores – livre para dar o amor, a raiva, a ternura que existem em mim. É possível então que eu venha a ser um participante real de uma união, porque estou em vias de ser uma pessoa real. E espero poder incentivar-me a seguir o caminho na direção de uma personalidade única, que eu gostaria imensamente de compartilhar comigo mesmo e com os outros com quem me encontrar.”
Um beijo grande !!!

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