Vc pode ser natural... e...
acredite... isso basta! Esse processo demanda humildade, demanda um desnudar-se
corajoso de si mesmo.
O autoconhecimento
trabalhado é premissa para que a autoconfiança possa ser desenvolvida. Refiro-me
à confiança em ser quem se é.
É este senso de confiança
em sua beleza, natural e inata, que resgata a sensação de estar apaixonado por
si... quando se está apaixonado, a aura brilha, os olhos brilham, há uma
sensação enorme de de poder tudo... a disposição aumenta, a fé aumenta...
Porque nos percebemos amados, valorizados, importantes.
Nosso corpo passa a funcionar
dentro do modelo bioquímico da Primavera, da criatividade, do perceber-se com
recursos para lidar com o contexto de maneira construtiva, encontrando saídas
onde antes não conseguíamos enxergar.
Quando estamos apaixonados
por nós não queremos nos largar...
Mas normalmente e, muito mais
frequentemente do que seria o desejável, escolhemos idolatrar artistas, BBB´s,
produtos, palestrantes, mestres, gurus, pastores, padres, pais, mães, irmãos...
que tiveram a coragem de seguir seus próprios sonhos e o assumiram, ao invés de
irmos de encontro aos nossos próprios...
Alguém viu Buda idolatrando
alguém?
Alguém viu Jesus
idolatrando alguém?
Não... eles se conectaramm
com algo muito, muito maior que isso...
Eles fizeram algo que nós
não temos a coragem de fazer: assumir o seu ideal! E é por isso que se tornaram
tão fortes... tão admiráveis...
E por isso os idolatramos.
Idolatramos neles algo que não reconhecemos em nós e escolhemos terceirizar.
Mas, ao invertermos este
processo de projeção e reconhecermos o Guerreiro forte, capaz, conquistador,
capaz de batalhar por si que existe em nós, passamos a idolatrar a nós mesmos,
ganhando autonomia emocional no processo.
Deixamos de ser presas
fáceis para relacionamentos abusivos de qualquer natureza... deixamos de nos
relacionar com o mundo a partir do vazio da carência interna...
Neste estado, não é mais
necessário que o outro demonstre amor por mim para que eu me sinta amada,
existente e importante. Eu passo a ser capaz de me nutrir a mim mesma de amor.
E aí sim, eu passo a amar o outro também, sem fazê-lo de joguete, mas
preservando o que ele tem de mais belo: a sua individualidade.
A conexão com o Guerreiro
interno, por um motivo muito lógico, permite acessar uma enorme sensação de autoproteção,
autodefesa e conquista.
Lembre-se de uma coisa: somos
Deus em experimentação de si mesmo! Por um acaso, Deus é estereotipia?
Mas somos desafiados neste
processo de autoconhecimento, de sustentação da nossa verdade, não é mesmo?
E por que?
Não testamos nossa paciência
num ambiente harmonioso ...
Não testamos nosso amor
próprio perante pessoas que nos tratam bem ....
Não testamos nossa força
física pegando um peso leve ...
Por que com a vida seria
diferente?
Quando optamos por sair da
inércia, do vitimismo em favor do desenvolvimento de uma determinada
competência, a Vida começa a nos apresentar muito claramente todos os pontos
necessários a este desenvolvimento.
E ela o faz trazendo
situações que exponham exatamente todos os nossos pontos fracos... todos os
pontos que estão aquém do objetivo estabelecido como meta de desenvolvimento. E
assim, podemos avaliar nosso grau de sucesso em cada etapa do nosso treinamento
de autossuperação.
Quando estamos na “vítima” porém,
a dor é encoberta e terceirizada, estamos sempre dependentes do exterior, da
chegada do leite materno para que possamos nos sentir plenos e alimentados.
Esperar por este leite na fase adulta é fadar-se ao fracasso emocional,
certamente.
E mesmo assim, mesmo na
imagem do aleitamento materno, vale lembrar que o bebê não é passivo no
processo. Se a mãe oferece o seio ou a mamadeira, cabe a ele o processo de localização
do bico, apreensão deste bico, sucção, digestão e metabolismo!
Não fomos criados para passividade,
definitivamente!
A passividade e a inércia
são posições autoritárias e arrogantes que trazem em si a premissa de que o
alheio tem que corresponder as nossas necessidades.
Nossos parceiros não são
nossos fantoches!
Vc acha mesmo que alguém pode
te ferir quando vc já deu conta desta ferida?
Somos atingidos por flechas
e ataques apenas se e quando for necessário. Para que possamos enxergar com
muita clareza as dores das quais precisamos nos limpar... a dor da rejeição, do
não merecimento, da solidão, da escassez, da impossibilidadem, dos apegos
prejudiciais a nós mesmos que nos colocam na passividade que putrefa a alma.
Abraçar e transmutar a
sombra dominada pelo mal cheiro da putrefação é fundamental neste
processo....Upcycling da alma ! O lixo sempre serve para alguma coisa! O seu lixo
emocional serve para o seu crescimento enquanto Ser. Tenha coragem de olhar
para ele!
Somos humamos e. por
definição, incompletos! E essa é a graça do negócio... a possibilidade de podermos
investir em nós mesmos e nos autossuperar e sentirmos orgulho por isso! Competir
com nossos próprios padrões e vencermos, um a um! Esse é o Heroi... Esse é o
Guerreiro...Esse é o seu Deus Interno que deseja absurdamente viver de acordo
com o propósito da sua Alma. Deixe-O existir como Sol na sua Vida. Ele não
consegue isso sem vc!
Vc já reparou que na Mandala
Astrológica, a casa 1 é regida por Áries?
Vc já reparou que o início
se dá com o Guerreiro?
O Guerrreiro que se dispôs a
vir para a terra, com um projeto encarnatório em mãos com a coragem de crescer
e Ser Mais... que desenhou toda a holografia do corpo físico de acordo com os
seus objetivos... que precisou escolher um óvulo e um espermatozoide dentre
milhões para iniciar o projeto da encarnação.... o Guerreiro que precisou
passar por traumas, desentendimentos, desafetos para manter-se aqui e seguir
seu plano?
Vc acha mesmo que esse
Guerreiro que está em vc é tão fraquinho assim que não possa lidar com a
adversidade?
Ah... por favor... não se
menospreze a esse ponto...
Abraham Maslow, um dos
grandes teóricos da Psicologia Humanista nos disse:
“ ... todos nós nascemos
com determinadas necessidades inatas para vivenciar valores mais altos; da
mesma forma que nascemos psicologicamente com a necessidade de zinco e magnésio
em nossa dieta. Então, este argumento está definitivamente dizendo que nossas
necessidades e motivações mais altas estão biologicamente enraizadas. Todos os
serems humanos tem a necessidade instintiva de altos valores de beleza, verdade
e justiça, e assim por diante. Se podemos aceitar esta noção, então a
questão-chave não é o ‘o que fomenta a criatividade?’ mas ‘por que, em nome de
Deus nem todos são criativos?’ “
Não gostamos de nos
sentirmos nada.
Não gostamos de sermos
manipulados, dominados, mandados, forçados, pressionados, ridicularizados ou
explorados. Mas fazemos isso conosco, não é verdade?
Vivenciar a si mesmo como
alguém que tomas as próprias decisões, autonomia, iniciativa, realização...
Tudo isso faz parte deste sentido de valor próprio que muitas vezes insistimos
em negar para nos livrarmos da tensão que vem com esta opção de Ser.
O pulo do gato é entender
que, em geral, diria Jung, o consciente e o inconsciente raramente estão de acordo no que
se refere a seus conteúdos e tendências.
A consciência do ego sempre
busca a satisfação imediata,
enquanto que o inconsciente busca a realização da totalidade que engloba aspectos sombrios e tem o seu tempo para realizar.
Essa oposição entre ego e inconsciente, Jung explica que se
deve ao caráter complementar entre os dois. É por isso que se insiste
tanto em abraçar a Sombra.
Esse conflito possui uma
função que é gerar tensão, afim de promover energia e movimento, uma vez que a tendência da
consciência é manter-se no mesmo estado, ou seja, a inércia.
Trabalhar pensamentos concientes
não traz mudança... Então a vida entra em ação, fazendo-nos enxergar o inconsciente
que tanto tentamos negar. E isso dói, certo?
Mas, nas palavras de Jung (
1998 ), “a consciência é um processo momentâneo de adaptação,
ao passo que o inconsciente contém não só todo o material esquecido do
passado individual, mas todos os traços funcionais herdados que
constituem a estrutura do espírito humano”
Portanto, olhe para os acontecimentos
da Vida como grandes professores te ensinando, por mais duro que seja, a
perceber mais de vc em vc mesmo !
Menosprezar esta Sabedoria
é morrer em vida.
Se vc está passando por um momento
chamado Ruim, preste atenção aos conflitos que estão sendo iluminados em
relação à sua guerra interna. E se vc está numa Guerra, é para que possa, necessariamente
e praticamente sem alternativa, reconhecero seu Guerreiro Pessoal. Principes e
princesas não vão à Guerra, certo ? Guerreiros, estes sim vão ! Vc tem um
dentro de vc ! Acredite !
Mas com a falta de autoconhecimento,
vc dificilmente conseguirá despertar esse Guerreiro, já que estará sempre na
dependência do exterior, de um ídolo qualquer, de uma sensação de proteção que
vem de fora e, óbvio, sobre a qual vc não tem o menor domínio...
É a carta da Torre do Tarot...
uma construção enorme ruindo...
Completamente diferente da
carta do Mundo, em sua plenitude nua, desvestida de estruturas rígidas, porque
aprendeu a se conhecer.
Carl Rogers, um outro autor
da Psicologia Humanista, postula que há
em cada um de nós um impulso inerente em direção a sermos competentes e
capazes, inteiros e integrados. E isso não é difícil de imaginar!
Pare para pensar seu em seu
corpo físico há um lindo Sistema Nervoso integrando a ponta do seu dedinho do
pé, coordenando as passadas de suas pernas, metabolizando o cafezinho que vc
acabou de tomar, ao mesmo tempo em que regula sua respiração e a coordena com seus
batimentos cardíacos enquanto seu cérebro processa todas as informações que vc
está adquirindo a partir dos inputs visuais que chegam aos seus olhos... para
falar o mais óbvio...
Vc acha mesmo que este
mesmo processamento mental não é capaz de te colocar numa direção de
autocoerência e desenvolvimento???
Rogers nos fala que assim
como uma sementinha tem em si todo o potencial para tornar-se uma planta, uma
árvore, uma pessoa é impelida a se tornar uma pessoa total, completa e
autorrealizada.
A maior tarefa para isso é
estabelecer um relacionamento mais genuíno consigo mesmo. Aceitar-se a si é um
pré-requisito para uma aceitação mais fácil e genuína de si e dos outros. O
caminho passa por:
·
Assumir consigo o comprometimento de cultivar um processo mutável
de diálogo com as experiências, permitindo-se ver-se de formas diferentes em
cada uma delas. Este comprometimento a levará a descobrir novas coisas a seu
respeito, reinventando-se no processo.
·
A comunicação aberta de seus sentimentos é fundamental. A
franqueza, o arriscar-se na autenticidade, na autocoerência, na ética interna.
Não é uma questão de simplesmente colocar para fora os sentimentos. Não é disso
que estamos falando. Mas, e aqui está a parte mais desafiadora do processo, ser
capaz de aceitar empaticamente o que vier em troca. Aqui sim, temos a autonomia
emocional de alguém autorrealizado.
·
Não aceitar papéis impostos. Preste atenção em uma coisa: vc veio de seus pais e por isso seja grata,
mas vc não é seus pais, em nem deveria
ser...Amor e diferenciação coexistem maravilhosamente bem ! Lembre-se:
somos Deus em Individuação !
Vamos encerrar com as palavras
de Rogers: “Talvez possa aceitar-me como a pessoa ricamente variada que sou.
Talvez possa ser espontaneamente mais essa pessoa. Nesse caso, poderei viver de
acordo com os meus próprios valores experimentados, conquanto tenha consciência
de todos os códigos da sociedade. Nesse caso, poderei ser toda esta
complexidade de sentimentos, significados e valores – livre para dar o amor, a
raiva, a ternura que existem em mim. É possível então que eu venha a ser um
participante real de uma união, porque estou em vias de ser uma pessoa real. E
espero poder incentivar-me a seguir o caminho na direção de uma personalidade
única, que eu gostaria imensamente de compartilhar comigo mesmo e com os outros
com quem me encontrar.”
Um beijo grande !!!
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