A introdução deste livro me tocou profundamente e me atrevo a
dizer que as palavras, acredito que escritas pelo autor do livro, irão
conversar com vcs também.
É um texto leve, tranquilo, mas, vcs notarão, há uma linda
mensagem nas entrelinhas.
Espero que curtam !
Beijos !
*“Junho de 1879. O professor de Matemática e
Estatistica Jean Pierre Dunant, um francês, então com 32 anos, viajava pela
Hungria, em busca de um raríssimo livro a respeito da vida de Pitágoras, o Pai
da Matemática. Mas Jean Pierre mirou num passarinho e acabou acertando outro. E
ao entrrar numa livraria na rua Vajva, que hoje não existe mais, em Budapeste,
ele viu sobre o balcão, próximo a alguns livros de Filosofia, uma série de
pepéis rabiscados. Curioso como era, resolveu dar ‘uma olhadinha’. À medida que
ia lendo, o que lia lhe prendia a atenção.
Minutos mais tarde, o dono da livraria chegou ao balcão,
vindo dos fundos, e sem ao menos dizer ‘boa-tarde’ ao professor Jean Pierre,
disse-lhe apenas estas palavras: ‘O senhor acaba de encontrar o que estava
procurando”. Jean Pierre olhou sobressaltado para o livreiro e disse que estava
em busca de um livro raríssimo sobre a vida de Pitágoras.
O velho livreiro deu um sorrisinho e tornou a dizer:
‘O senhor acaba de encontrar o que estava procurando’. Unindo as palavras aos
atos, apanhou todas aquelas folhas rabiscadas e as entregou ao professor. Como
Jean Pierre estava gostando do que lia, até ser interrompido pela chegada do
livreiro, aceitou, meteu a mão no bolso da calça e perguntou: ‘Quanto lhe devo,
senhor?’. O livreiro, mais uma vez, sorriu enigmático e disse: ‘A mim? Nada.
Após ter o que está escrito nessas folhas, saberá o que fazer’. Disse isso,
virou as costas para o professor e voltou para os fundos da livraria. Jean
Pierre saiu dali, levando as folhas e sem entender nada.
Julho de 1879. Jean Pierre aogra já sabia o que
deveria ser feito com asquelas folhas. Elas, simplesmente, retratavam a
história e a magia de um povo considerado até hoje como sendo misterioso: os
ciganos. Naquelas folhas também havia dezenas de métodos divinatórios. O
problema era que Jean Pierre não acreditava em tais coisas. Achava que a
Matemátia podia explicar qualquer coincidência, qualquer espécie de profecia.
Mas alguma coisa fez com que ele começasse a pesquisar sobre o assunto.
Setembro de 1879. Após dois incansáveis meses de
leitura e pesquisa em cima do que havia lido naquelas folhas tão mal
rabiscadas, Jean Pierre tomou uma decisão: procuraria, onde quer que fosse, um
grupo de ciganos e tentaria conviver algum tempo com eles, a fim de comprovar a
veracidade do que lera.
Janeiro de 1880. Viajando pela Romênia, agora em busca
de um grupo de ciganos, Jean Pierre finalmente obteve êxito em sua empreitada.
Ao entrar em Bucareste, enfrentado um frio de -14oC, Jean Pierre instalou-se
numa estalagem. Rapidamente, tornou-se amigo do estalajadeiro e comentou que
estava atrás de ciganos. O dono do
estabelecimento, em troca de algumas
moedas, deu-lhe a direção de um grupo de ciganos que, dias antes, havia passado
por ali. Jean Pierre dormiu aquela noite
ali, na estalagem, e, no dia seguinte, partiu cedo atrás dos ciganos.
Meados de janeiro de 1880. Jean Pierre encontrou um
grupo de ciganos acampado à beira de uma estrada deserta. Aproximou-se todo
informal e, a princípio, foi recebido de maneira hostil. Tratou logo de se
explicar e disse que gostaria de escrever alguma coisa sobre eles. Os ciganos,
como sempre muito arredios, não gostaram da ideia e capturaram Jean Pierre,
mantendo-o preso durante muitos meses.
Abril de 1881. Jean Pierre, aos poucos, conquistou a
simpatia do clã cigano que o havia aprisionado e ganhou a liberdade. O chefe do
grupo mandou que ele partisse. Jean Pierre implorou, de joelhos, para ficar com
eles e voltou a falar no livro que queria escrever. Os ciganos se reuniram e,
por unanimidade, decidiram permitir que Jean Pierre participasse do cotididano
do clã.
Setembro de 1885. Jean Pierre terminou de escrever o
livro, que continha mais de 200 páginas manuscritas. Foi aí que ele procurou um
tipógrafo, pois tinha em mente publicar o seu livro e torna-lo conhecido
nacionalmente. Isso foi impossível, pois o tipógrafo pediu uma quantia muito alta
em dinheiro, alegando que o serviço seria duro e cansativo. Jean Pierre tentou
argumentar, mas o tipógrafo permaneceu irredutível: afinal, ele vivia disso.
Janeiro de 1886. Jean Pierre faleceu em Paris, aos 39
anos de idade, sem deixar bens ou propriedades, apenas o rascunho de um livro
sobre Tarô Cigano.
Maio de 1958. O pesquisador espanhol Juan Garcia
Chavez, em viagem a Hungria, entra numa livraria, à procura de um livro
qualquer, e encontra em cima do balcão, em meio a outros livros velhos e
despedaçados, o rascunho do livro do professor Jean Pierre. Ele Folheia o ‘livro’
e na hora se interessa pelo assunto. O dono do estabelecimento chega, e Juan
Garcia pergunta: ‘Quanto custa isto aqui?’. O livreiro dá uma risada e
responde: ‘Essa porcaria?’. Isso estava nos fundos da minha livraria há muitos
anos. Hoje, fiz uma limpeza e ia jogar toda essa tralha no lixo. Se quiser,
pode levar’.
Juan Garica ainda deixou algum dinheiro em cima do
balcão da livraria e foi embora. Chegou no seu local de trabalho, pegou o
telefone e chamou seu assistente. Quando este entrou na sala, Juan Garcia pegou
o rascunho do livro sobre Tarô Cigano e o entregou ao assitante dizendo: ‘Copine
na máquina e depois mande rodar’.
Juan Garcia era dono de uma editora de médio porte.
Ele mandou imprimir 5 mil exemplares do livro. A vendagem foi um sucesso. Então,
mandou imprimir mais 5 mil Novamente, um sucesso. Antes que ele mandasse
imprirmir outros tantos mil exemplares, teve problemas de saúde e faleceu.
Algumas horas antes de sua morte, Juan Garcia ficou sabendo, por meio de uma
cigana que ele havia sido um professor de Matemática e Estatística, um francês
que tinha vivido no século XIX...”
Que o seu dia seja lindo e muito esperançoso!
Beijos !!!
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