Temos falado muito sobre
Arquétipos em nossos artigos, mas ainda sem definir o que são.
Hj, eu gostaria de
trabalhar com vcs de uma maneira um pouco mais conceitual, na medida em que
considero extremamente importante um pouco desta abordagem para que se ganhe
consciência e profundidade em nossas leituras.
Assim, hj, vamos contar um
pouco da vida de Jung, falar sobre o conceito de Arquétipo, ressaltar sua importância
para nosso desenvolvimento individual e, então, fecharmos de uma maneira mais
leve, propondo a história de um Arquétipo ( Deusa Tara ), sua dança sagrada e feminina.
É lógico que vamos falar
sobre Jung !
Vc me acompanha nesta
viagem ?
Boa leitura !
Jung, um homem
completamente a frente do seu tempo, trabalhou profundamente com o conceito de
Arquétipo, tão utilizado em Mitologia, Teologia, Astrologia e, lógico em
Psicologia.
Mas ele tem uma função
fundamental em nosso cotidiano, pois através dele, podemos desenvolver e
dinamizar nossa saúde emocional.
Arquétipos são como grandes
padrões existentes no Inconsciente Coletivo e, portanto, acessíveis a todos os
seres humanos. São como grandes padrões de frequência energética, passiveis de
serem acessados em suas diferentes escalas de oitavas e, neste sentido, eles
nos dão uma orientação de crescimento individual ao mesmo tempo em que cumprem
a função de fazer com que nos percebamos conectados a algo maior que nós, de
modo transpessoal. O arquétipo tem esta beleza: através dele conectamos o
pessoal individual ao transpessoal universal ( grounding... lembra-se ? rs... )
Jolandi Jacobi em seu livro
“Complexos, Arquétipos e Simbolos” nos diz que os arquétipos possuem uma
natureza orientada “para cima”, para a Natureza das ideias e outra, “para baixo”
para os processos biológicos, terrenos e do corpo. Interessante isso, já que
este conceito nos remete à ideia de linha do Hara e também ao conceito de
chakras.
Neste sentido, nos alinharmos
ao Hara também pode ser entendido como nos conectarmos ao nosso principal
Arquétipo, ao Arquétipo que temos como Missão de Vida principal desenvolver,
tendo por base o nosso Arquétipo de apoio ancestral principal que é Gaia.
Ao ler os textos de Jung,
vemos que ele procura dar um substrato biológico para o conceito de Arquétipos,
no sentido de que o Sistema Nervoso Central ser um ponto de conexão principal para
que as imagens, ou os símbolos referentes ao Arquétipo, possam existir em nosso
mundo psíquico.
Com a palavra, Jung que,
como disse Jacobi, tinha algo de revolucionário:
“Devemos
nos perguntar se outro substrato nervoso em nós, além do cérebro, pode pensar e
perceber, ou se os processos psíquicos que ocorrem na ausência de consciência
são fenômenos sincrônicos, ou seja, eventos sem qualquer relação causal com
processos orgânicos ( ...) . Isso nos impele a concluir que um substrato
nervoso, como o sistema simpático, tão diferente do cerebroespinhal em termos
de origem e função, pode evidentemente produzir pensamentos e percepções tão
bem como aqueles ( ... ) . Pois o sistema simpático, durante um desmaio, não
fica paralisado e poderia, portanto, ser levado em consideração como possível portador
de função psíquicas. Se assim for, deveríamos também indagar se a inconsciência
normal do sono, que contém sonhos capazes de consciência, não poderia ser
considerada de forma semelhante. Em outras palavras, portanto, caberia
perguntar se os sonhos proviriam menos da atividade cortical dormente do que do
sistema simpático não afetado pelo sono, sendo por conseguinte, de natureza
transcerebral.”
E por que não ? Se
pensarmos que 95% de nossas escolhas são inconscientes ! Fabuloso isso e também
assustador! Diante deste número demonstrado por pesquisas em neurociências, podemos
perceber a importância do processo de autoconhecimento e transformação.
A Astrologia nos fornece
uma linguagem direta sobre os Arquétipos principais com os quais temos que
lidar em nossa trajetória pelo Planeta Terra, e aí está a sua beleza. Além
disso, a Alquimia nos fala que a configuração celeste de nosso momento de
nascimento fica registrada em nosso Sistema Nervoso Central, mais
especificamente em nosso corpo caloso em nossa primeiríssima respiração, como
um “imprinting”, ou seja, teremos que lidar com essa dinâmica arquetípica em
termos de projeto de vida, necessariamente, sendo que nossa responsabilidade
principal será elevar esta Mandala a uma oitava superior. A isto, podemos
chamar, individuação, já que termos que nos relacionar com os Arquétipos
Astrológicos a cada passo do caminho, integrando sempre pessoal e individual ao
transpessoal e universal. Essa é uma linda forma de ver a vida... bem... pelo
menos na minha opinião...
Então... qual é o seu sol ?
Como vc ilumina o mundo ? Qual o tom do seu brilho ?
·
Um sol de assertividade e autoconfiança ?
·
Um sol que ilumina o belo e o artístico ?
·
Um sol que amplia conceitos, interage, que interconecta ?
·
Um sol que estrutura, organiza ?
·
Um sol que transforma e modifica ?
·
Um sol que ilumina o inconsciente, num processo incessante de
autoconhecimento ?
·
Um sol que cura, agrega e ampara ?
·
Um sol que lidera em seu carisma ?
·
Um sol diplomático, interpessoal que sinergiza opostos ?
·
Um sol que ilumina ideais ?
·
Um sol altruísta que existe no coletivo ?
Qual o Arquétipo que brilha
em vc ???
A atividade que vem a
seguir foi extraída do livro “ A Dança do Sagrado Feminino “ de Iris Stewart e
o tema principal é a Dança Sagrada à Tara. Através dela, tornaremos Sol o nosso
corpo, fazendo-o brilhar através do sagrado. É transformador ! Tente !
Uma dica final: endorfina
produz prazer e alegria, diminui a sensação de dor e é produzida pelo movimento
físico e por imagens bonitas, então... o que temos a perder, não é ?
TARA – COMO A DEUSA VERDE
Dizem queTara, como Deusa
Verde, é a mais amada das bodhisattvas femininas. Dizem também que ela era uma
mulher comum, diligente em suas práticas que atingiu o estágio da iluminação.
Os monges daquela época lhe disseram que ela poderia assumir a forma de um
homem, pois assim seria mais ´fácil cumprir sua missão. Mas ela pensou e riu,
dizendo:
“Não existe nenhuma
diferença entre o corpo doe uma mulher e o de um homem no que diz respeito à capacidade
de obter a iluminação. Permanecerei no corpo de uma mulher até o fim dos tempos,
uma protetora, um Buda, alguém que está plenamente desperto, atendendo
rapidamente às preces daqueles, que calmarem por mim. Eu os ajudarei a atravessar
o oceano de aflições, para estabelece-los na iluminação”.
“Os Louvores de Tara nos
fazem lembrar de nosso potencial, de que somos dignas de respeito, capazes de
grandeza, sábias nos caminhos do céu e da terra. Como dançarinas sagradas,
treinamos para nos abrir para a energia das nossas possibilidades, para formar
a conexão com os seres de sabedoria que nos fortalece por meio da sua
compaixão. Vemos cada átomo do nosso corpo vibrando com energia iluminada. E
enviamos esse poder para as nossas comunidades, rezando para que todas possam
ser abençoadas com a abundancia, que todas possam ficar livres das aflições,
que todas possam ser estabelecidas na sabedoria, no amor e na paz”
Através da dança de Louvor
a Tara, Arquétipo existente em nosso Inconsciente Coletivo e, por isso,
acessível a vc, haja paz, harmonia, amor, prosperidade, proteção e liberdade.
Permita que, mesmo que momentaneamente, exista a possibilidade de clarificar
obstáculos, acalmar suas emoções e direcionar seus pensamentos. Permita-se ser
inspirada pela enorme sabedoria e paz de Tara.
Seguem-se, como exemplo,
três louvores acompanhados por cores, qualidades e percepções. A essência deste
trabalho que o torna tão poderoso é o espelhamento dessas qualidades iluminadas
em você, para você. Que a sua dança reflita Tara, que o seu corpo se torne
Sagrado !
Boa dança !
Conexão inicial:
Om eu louvo a Venerável Elevada Tara
Eu te louvo Tara Libertadora Lépida e Corajosa
Por meio de Tutare que Remova-se todo o Medo
Por meio de Ture que se conceda Boa Sorte
Por intermédio de Soha que eu me conecte ao Divino.
Louvor I: Tara como fonte
de Realização
( Cor: cobre, para despertar
saúde radiante)
Assim como o Sol e a Lua dissipam a escuridão,
Tara dissipa a ignorância. O sol é quente e a lua é fria e pacífica, mas ambos
emitem uma radiancia que é capaz de se sobrepor à doença recorrente do apego às
causas do sofrimento . Hara é um mantra ardoroso ( Sol ); Tutare é um mantra
pacífico ( Lua ). Dance o Sol a Lua através do Louvor a Tara e veja o que
acontece...
Louvor àquela que é radiante como luz
Os seus olhos límpidos cheios como o sol e a lua
Entoando Hara Hara Tutare,
Ela remove a doença mais poderosa.
Louvor II: Tara Realizadora
de Bem-aventurança
( Cor: amarelo, alegria da
bem-aventurança )
Tara é rápida em ajudar
todos os que bradam por ela. Ela surge da transformação do som primordial de
Hung. Ela se diverte com o seu poder: bate o pé uma vez e os montes, Kailash,
Meru e Mandhara, estremecem. Os três mundos de seres que vivem na terra, no
mundo subterrâneo e nos céus ( nosso consciente, inconsciente e supraconsciente
). A dança de Tara gera felicidade em todas as mentes.
Louvor a Ela que é Lépida que surge da palavra seminal Hung
Ela bate o pé sacudindo os mais elevados picos das montanhas
Os três mundos estremecem debaixo dos seus pés dançantes
Louvor III: Tara, a Grande
Alegria Triunfante
( Cor: vermelho, riso da
alegria triunfante)
A coroa de Tara, ornada com
pedras preciosas, brilha intensamente, emanando uma guirlanda multicolorida, de
raios de luz a sua volta. Com grande alegria, Tara profere rindo, o mantra de
remover os medos “Tutare”, e todos os seres no céu, na terra e nos mundos subterrâneos
ficam completamente cativados. Ela satisfaz todos os desejos e remove todos os
obstáculos.
Louvor a Ela cujo diadema irradia uma guirlanda de luz
O seu riso jovial de Tutare coloca o mundo sob o seu domínio
O que você sente quando
pensa em si mesma como Sacerdotisa ?
Bjs !!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário