domingo, 1 de outubro de 2017

O Arquetípico no Seu Feminino Sagrado

Temos falado muito sobre Arquétipos em nossos artigos, mas ainda sem definir o que são.
Hj, eu gostaria de trabalhar com vcs de uma maneira um pouco mais conceitual, na medida em que considero extremamente importante um pouco desta abordagem para que se ganhe consciência e profundidade em nossas leituras.
Assim, hj, vamos contar um pouco da vida de Jung, falar sobre o conceito de Arquétipo, ressaltar sua importância para nosso desenvolvimento individual e, então, fecharmos de uma maneira mais leve, propondo a história de um Arquétipo ( Deusa Tara ),  sua dança sagrada  e feminina.
É lógico que vamos falar sobre Jung !
Vc me acompanha nesta viagem ?
Boa leitura !


Jung, um homem completamente a frente do seu tempo, trabalhou profundamente com o conceito de Arquétipo, tão utilizado em Mitologia, Teologia, Astrologia e, lógico em Psicologia.
Mas ele tem uma função fundamental em nosso cotidiano, pois através dele, podemos desenvolver e dinamizar nossa saúde emocional.
Arquétipos são como grandes padrões existentes no Inconsciente Coletivo e, portanto, acessíveis a todos os seres humanos. São como grandes padrões de frequência energética, passiveis de serem acessados em suas diferentes escalas de oitavas e, neste sentido, eles nos dão uma orientação de crescimento individual ao mesmo tempo em que cumprem a função de fazer com que nos percebamos conectados a algo maior que nós, de modo transpessoal. O arquétipo tem esta beleza: através dele conectamos o pessoal individual ao transpessoal universal ( grounding... lembra-se ? rs... )
Jolandi Jacobi em seu livro “Complexos, Arquétipos e Simbolos” nos diz que os arquétipos possuem uma natureza orientada “para cima”, para a Natureza das ideias e outra, “para baixo” para os processos biológicos, terrenos e do corpo. Interessante isso, já que este conceito nos remete à ideia de linha do Hara e também ao conceito de chakras.
Neste sentido, nos alinharmos ao Hara também pode ser entendido como nos conectarmos ao nosso principal Arquétipo, ao Arquétipo que temos como Missão de Vida principal desenvolver, tendo por base o nosso Arquétipo de apoio ancestral principal que é Gaia.
Ao ler os textos de Jung, vemos que ele procura dar um substrato biológico para o conceito de Arquétipos, no sentido de que o Sistema Nervoso Central ser um ponto de conexão principal para que as imagens, ou os símbolos referentes ao Arquétipo, possam existir em nosso mundo psíquico.
Com a palavra, Jung que, como disse Jacobi, tinha algo de revolucionário:
“Devemos nos perguntar se outro substrato nervoso em nós, além do cérebro, pode pensar e perceber, ou se os processos psíquicos que ocorrem na ausência de consciência são fenômenos sincrônicos, ou seja, eventos sem qualquer relação causal com processos orgânicos ( ...) . Isso nos impele a concluir que um substrato nervoso, como o sistema simpático, tão diferente do cerebroespinhal em termos de origem e função, pode evidentemente produzir pensamentos e percepções tão bem como aqueles ( ... ) . Pois o sistema simpático, durante um desmaio, não fica paralisado e poderia, portanto, ser levado em consideração como possível portador de função psíquicas. Se assim for, deveríamos também indagar se a inconsciência normal do sono, que contém sonhos capazes de consciência, não poderia ser considerada de forma semelhante. Em outras palavras, portanto, caberia perguntar se os sonhos proviriam menos da atividade cortical dormente do que do sistema simpático não afetado pelo sono, sendo por conseguinte, de natureza transcerebral.”
E por que não ? Se pensarmos que 95% de nossas escolhas são inconscientes ! Fabuloso isso e também assustador! Diante deste número demonstrado por pesquisas em neurociências, podemos perceber a importância do processo de autoconhecimento e transformação.
A Astrologia nos fornece uma linguagem direta sobre os Arquétipos principais com os quais temos que lidar em nossa trajetória pelo Planeta Terra, e aí está a sua beleza. Além disso, a Alquimia nos fala que a configuração celeste de nosso momento de nascimento fica registrada em nosso Sistema Nervoso Central, mais especificamente em nosso corpo caloso em nossa primeiríssima respiração, como um “imprinting”, ou seja, teremos que lidar com essa dinâmica arquetípica em termos de projeto de vida, necessariamente, sendo que nossa responsabilidade principal será elevar esta Mandala a uma oitava superior. A isto, podemos chamar, individuação, já que termos que nos relacionar com os Arquétipos Astrológicos a cada passo do caminho, integrando sempre pessoal e individual ao transpessoal e universal. Essa é uma linda forma de ver a vida... bem... pelo menos na minha opinião...
Então... qual é o seu sol ? Como vc ilumina o mundo ? Qual o tom do seu brilho ?
·         Um sol de assertividade e autoconfiança ?
·         Um sol que ilumina o belo e o artístico ?
·         Um sol que amplia conceitos, interage, que interconecta ?
·         Um sol que estrutura, organiza ?
·         Um sol que transforma e modifica ?
·         Um sol que ilumina o inconsciente, num processo incessante de autoconhecimento ?
·         Um sol que cura, agrega e ampara ?
·         Um sol que lidera em seu carisma ?
·         Um sol diplomático, interpessoal que sinergiza opostos ?
·         Um sol que ilumina ideais ?
·         Um sol altruísta que existe no coletivo ?
Qual o Arquétipo que brilha em vc ???
A atividade que vem a seguir foi extraída do livro “ A Dança do Sagrado Feminino “ de Iris Stewart e o tema principal é a Dança Sagrada à Tara. Através dela, tornaremos Sol o nosso corpo, fazendo-o brilhar através do sagrado. É transformador ! Tente !
Uma dica final: endorfina produz prazer e alegria, diminui a sensação de dor e é produzida pelo movimento físico e por imagens bonitas, então... o que temos a perder, não é ?
TARA – COMO A DEUSA VERDE
Dizem queTara, como Deusa Verde, é a mais amada das bodhisattvas femininas. Dizem também que ela era uma mulher comum, diligente em suas práticas que atingiu o estágio da iluminação. Os monges daquela época lhe disseram que ela poderia assumir a forma de um homem, pois assim seria mais ´fácil cumprir sua missão. Mas ela pensou e riu, dizendo:
“Não existe nenhuma diferença entre o corpo doe uma mulher e o de um homem no que diz respeito à capacidade de obter a iluminação. Permanecerei no corpo de uma mulher até o fim dos tempos, uma protetora, um Buda, alguém que está plenamente desperto, atendendo rapidamente às preces daqueles, que calmarem por mim. Eu os ajudarei a atravessar o oceano de aflições, para estabelece-los na iluminação”.
“Os Louvores de Tara nos fazem lembrar de nosso potencial, de que somos dignas de respeito, capazes de grandeza, sábias nos caminhos do céu e da terra. Como dançarinas sagradas, treinamos para nos abrir para a energia das nossas possibilidades, para formar a conexão com os seres de sabedoria que nos fortalece por meio da sua compaixão. Vemos cada átomo do nosso corpo vibrando com energia iluminada. E enviamos esse poder para as nossas comunidades, rezando para que todas possam ser abençoadas com a abundancia, que todas possam ficar livres das aflições, que todas possam ser estabelecidas na sabedoria, no amor e na paz”
Através da dança de Louvor a Tara, Arquétipo existente em nosso Inconsciente Coletivo e, por isso, acessível a vc, haja paz, harmonia, amor, prosperidade, proteção e liberdade. Permita que, mesmo que momentaneamente, exista a possibilidade de clarificar obstáculos, acalmar suas emoções e direcionar seus pensamentos. Permita-se ser inspirada pela enorme sabedoria e paz de Tara.
Seguem-se, como exemplo, três louvores acompanhados por cores, qualidades e percepções. A essência deste trabalho que o torna tão poderoso é o espelhamento dessas qualidades iluminadas em você, para você. Que a sua dança reflita Tara, que o seu corpo se torne Sagrado !
Boa dança !
Conexão inicial:
Om eu louvo a Venerável Elevada Tara
Eu te louvo Tara Libertadora Lépida e Corajosa
Por meio de Tutare que Remova-se todo o Medo
Por meio de Ture que se conceda Boa Sorte
Por intermédio de Soha que eu me conecte ao Divino.

Louvor I: Tara como fonte de Realização 
( Cor: cobre, para despertar saúde radiante)
 Assim como o Sol e a Lua dissipam a escuridão, Tara dissipa a ignorância. O sol é quente e a lua é fria e pacífica, mas ambos emitem uma radiancia que é capaz de se sobrepor à doença recorrente do apego às causas do sofrimento . Hara é um mantra ardoroso ( Sol ); Tutare é um mantra pacífico ( Lua ). Dance o Sol a Lua através do Louvor a Tara e veja o que acontece...
Louvor àquela que é radiante como luz
Os seus olhos límpidos cheios como o sol e a lua
Entoando Hara Hara Tutare,
Ela remove a doença mais poderosa.
Louvor II: Tara Realizadora de Bem-aventurança
( Cor: amarelo, alegria da bem-aventurança )
Tara é rápida em ajudar todos os que bradam por ela. Ela surge da transformação do som primordial de Hung. Ela se diverte com o seu poder: bate o pé uma vez e os montes, Kailash, Meru e Mandhara, estremecem. Os três mundos de seres que vivem na terra, no mundo subterrâneo e nos céus ( nosso consciente, inconsciente e supraconsciente ). A dança de Tara gera felicidade em todas as mentes.
Louvor a Ela que é Lépida que surge da palavra seminal Hung
Ela bate o pé sacudindo os mais elevados picos das montanhas
Os três mundos estremecem debaixo dos seus pés dançantes
Louvor III: Tara, a Grande Alegria Triunfante
( Cor: vermelho, riso da alegria triunfante)
A coroa de Tara, ornada com pedras preciosas, brilha intensamente, emanando uma guirlanda multicolorida, de raios de luz a sua volta. Com grande alegria, Tara profere rindo, o mantra de remover os medos “Tutare”, e todos os seres no céu, na terra e nos mundos subterrâneos ficam completamente cativados. Ela satisfaz todos os desejos e remove todos os obstáculos.
Louvor a Ela cujo diadema irradia uma guirlanda de luz
O seu riso jovial de Tutare coloca o mundo sob o seu domínio

O que você sente quando pensa em si mesma como Sacerdotisa ?

Bjs !!!!

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