segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Complexo de Jonas: quando não acreditamos que somos capazes...

Quem já leu a Bíblia ou assistiu missas católicas ou cultos protestantes provavelmente já ouviu falar de Jonas, o profeta que se escondeu no ventre de uma baleia. No texto de hj, vamos trabalhar sobre o que a Psicologia denomina Complexo de Jonas, ou o medo de superarmos nossos pais, encerrando com as palavras estimulantes de Maslow sobre autorrealização e capacidade criativa para lidar com os problemas.
No final, eu prescrevo os florais do Sistema Joel Aleixo que vc poderá tomar para dar um empurrãozinho e maior movimentação em sua vida, ok ?
Vamos lá ?
Boa leitura !

Segundo a narrativa bíblica, no Velho Testamento, o profeta deveria levar, ao povo de Nínive, a mensagem de que a maldade havia chegado até Deus e que a cidade iria sofrer punições em função do seu comportamento. Mesmo emponderado pela palavra de Deus, Jonas optou por fugir para Társis.
Para ele, a tarefa era grande demais. Jonas sentiu-se pequeno e abriu mão de sua missão. Sentiu medo de enfrentar as mudanças, sentiu medo do sucesso, de se sentir diferente de outras pessoas; acreditou em cada um dos seus pensamentos negativos, de suas crenças limitantes, excessiva autocrítica e da falta de confiança em si mesmo.
Jonas escolheu manter-se em sua desconfortável e conhecida zona de conforto.
Na viagem, porém, sua embarcação foi atingida por uma tempestade. Os tripulantes, acreditando ser Jonas o responsável pela fúria da tormenta, jogaram-no ao mar.
Para não permitir seu afogamento, Deus enviou um enorme peixe em cujas entranhas, depois de engolido, Jonas permaneceu por três dias.
Arrependido de sua fuga, o profeta orou a Deus, que ordenou à baleia que o expelisse.
E... Dessa vez, Jonas cumpriu sua missão...
Esta narrativa contém simbologias maravilhosas..
A água sempre fala de nossas emoções e quantas vezes nos vemos num mar revolto, emocionalmente falando... tormentas, ansiedades, confusões, falta de clareza.
Jonas foi parar no “ventre”, precisou ir para um lugar que, apesar da confusão externa, era escuro, menos movimentado talvez, isolado, com certeza.
Três dias... como os três dias que Jesus precisou para ressuscitar...
Qual o seu lugar de quietude e reflexão quando vc se vê no meio de uma tormenta?

Mas voltemos a Maslow, sobre quem já falamos num artigo anterior, Jonas representa o arquétipo da pessoa que possui medo de sua autorrealização e foge ou não aceita sua vocação. Autossabotagem... se quisermos dar uma atualizada no termo.
Autossabotagem e Complexo de Jonas estão intrinsicamente ligados na medida em que ambos contribuem para que nossa necessidade de autorrealização não seja preenchida.
Autorrealizar-se é consequência de se permitir ser o próprio potencial. É consequência de atendermos ao desejo de desenvolvimento de nossas potencialidades inerentes, de “sermos quem podemos ser”.
Essa necessidade, porém, só pode ser almejada quando outras necessidades estão relativamente satisfeitas, quais sejam: biológicas, de segurança, amor e pertencimento, de estima, cognitivas e estéticas, segundo a teoria da Hierarquia de Maslow.
Por isso que temos que ir aos poucos com nosso processo de desenvolvimento, ter paciência e subir degrau por degrau, para que tenhamos uma base sólida sobre a qual nos sustentarmos enquanto pessoas.
A autorrealização não é uma tarefa fácil!
Mas quando, vamos pouco a pouco, permitindo-nos agir conforme o nosso próprio desejo de realização, e, inclusive, quando assumimos nosso medo de fracassar e de sermos rejeitados, então, caminhamos em direção a autorrealização e desmobilizamos gradativamente o Complexo de Jonas.
E como saber quando estamos indo em direção ao Complexo?
Um dos primeiros indícios é quando sentimos muito medo de superar nossos pais ou entes queridos. A culpa, consciente ou não, está presente aqui. Normalmente quando temos pais muito inseguros isso tende a acontecer. Por outro lado, se formos maior que nossos pais, quem poderá nos dar base? Há um paradoxo aqui que pode nos paralisar e bloquear nossa ação em direção à autorrealização.
Ainda, na história de Jonas, Deus pede que ele seja um profeta, ou seja, que saia do anonimato e anuncie Sua palavra. Isso certamente faria com que Jonas se diferenciasse dos outros. Mas... ele foge e sua fuga simboliza a recusa de se afirmar como alguém diferente do grupo ao qual pertencia.
Há, então, o medo se afirmar naquilo que tem de próprio.  
Esse medo é composto pelo medo de sermos rejeitados por aqueles que se tornaram diferentes devido à nossa própria diferenciação! Pense nisso !
Para que esse medo não seja provocado, desistimos de nossa independência, inventividade, autenticidade e originalidade. E optamos pelo conformismo. Normose, para os autores da Transpessoal.
Em geral, no complexo de Jonas a pessoa não escuta o seu próprio desejo, não houve a sua intuição, seu sentido superior, seu Deus interior. Faz da sua vida o que acredita ser mais simples, quer seja acomodando-se a uma situação, quer seja realizando o desejo dos outros ou o desejo que a sociedade determina. Ela não reflete sobre si, sobre o que ela realmente quer acerca dos seus objetivos e valores. Subordina-se às situações por não ter uma meta que lhe seja própria.
A realização ficará apenas no âmbito da palavra vazia. Papéis sociais são cumpridos, por vezes brilhantemente, mas a sensação é de um profundo vazio interior.  O corpo não entra em ação para que haja concretização da mudança de rumo. Nosso processamento inconsciente, cujo processamento neural é milhares de vezes mais rápido que nosso consciente racional, já terá dado ordem às glândulas e todo o processo metabólico para que coloquemos o pé no freio rapidamente. E os resultados desta dinâmica são bem tangíveis...
Neste contexto, tudo passa a ser um grande narcótico: o trabalho, a televisão, o cigarro, a comida... o que mais quiser listar aqui...
Não desista de você !!!
Parte de temer o futuro tem a ver com não confiar na própria capacidade de improvisar face ao que aparece inesperadamente. Uma combinação de falta de confiança em si mesmo e medo de não ter a habilidade ou a capacidade de enfrentar qualquer situação inesperada, imprevisível
É como se precisássemos desesperadamente de um futuro planejado com cronogramas, uniformes e coisas do gênero. Mas... sinceramente... não sei o quanto isso é de fato real ou de fato necessário.... Estamos em crise, social, política, econômica. Não há como basear a felicidade em cronogramas....
Se acreditamos mesmo que há um deus que habita em nós, como podemos esquecer, então, que somos seres criativos e capazes de sermos flexíveis mudarmos nosso cursos na medida que a situação muda também (e... vamos combinar... isso sempre acontece!).
Ser autoconfiante é exatamente isso! É sentir, interna, intrínseca e indubitavelmente, que será capaz de lidar com a situação, venha o que vier porque será capaz de modificar-se para olhar de uma forma mais ampla para ela, ressignificando-a.
Na autoconfiança - não na arrogância - não nos sentimos ameaçados pelo inesperado, ao contrário da pessoa rígida e obsessiva que insiste em dizer que nada nunca poderá ser diferente.
Para a pessoa autoconfiante e com boa autoestima, a verdade é muito mais importante do que estar certo.
Então, ela pode colocar de lado, facilmente e sem remorsos, os andaimes em que imagina se apoiar solidamente.
Nos diz Maslow que “esta pessoa não se sente irritada quando mudam os planos ou quando muda o futuro. Ao contrário, (... ), às vezes, ela está apta a mostrar maior interesse, prontidão e engajamento com o problema.”
A mudança não te define, mas a forma como lida com ela, sim!
Maslow ainda acrescenta que “as pessoas em processo de autorrealização são atraídas pelo mistério, pela novidade, pela mudança, pelo fluxo ( constante mudança ) e acham fácil viver com essas coisas; na verdade, é isto que torna a vida interessante. Essas pessoas, ou seja, as pessoas em processo de autorrealização, as pessoas criativas e as que sabem improvisar tendem a se incomodar facilmente com a monotonia, com planos, com o que é fixo, com a falta de mudança.”
O olhar sobre o problema é um olhar de aprendizagem, ganhar competências ou desenvolvê-las ainda mais em um outro nível, aumentando o nível de complexidade com o qual é capaz de lidar. Não se trata de se preparar de maneira ansiosa para o futuro, ao contrário, “trata-se de estar totalmente inserida no aqui e agora, o que implica, portanto, considerável coragem e confiança em si, serena expectativa de ser capaz de improvisar na hora de solucionar novos problemas. Isto, por sua vez, significa um tipo particular de respeito saudável por si mesma, de autoconfiança”, acrescenta Maslow.
Há que se ter capacidade de apreciar o mundo, olhá-lo com curiosidade e respeito pela grandiosidade da vida, sem, porém, diminuir-se no processo, como fez Jonas inicialmente.
Engrandecer o outro não implica em diminuir a si! Ao contrário! Significa perceber-se abençoado por fazer parte de algo grande! Significa perceber-se capaz de gerenciar, pois nada parece tão monstruoso ou tão esmagadoramente assustador.
“Respeito por si mesma significa que a pessoa se considera desbravadora, responsável, autônoma, determinante de seu próprio destino”.
Desafie-se a mudar na mudança da crise !!!
Bem... agora para finalizar, os florais que vc poderá tomar para dar maior dinamismo e movimento a sua vida são:
·         Floral Vontade
·         Floral Realização
·         Floral Alegria
·         Floral Concentração
Vc poderá toma-los de duas formas:
·         Todos num único mês, para um efeito rápido
o   6h Vontade –  6 borrifadas
o   9h Vontade – 6 borrifadas
o   12h Realização – 12 borrifadas
o   15h Alegria – 12 borrifadas
o   18h Concentração – 12 borrifadas
·         Um composto por mês, para uma transformação mais gradativa
o   4 borrifadas, 3 vezes por dia
A ideia com a escolha destes compostos é que vc tenha energia, dinamismo, alegria, foco e capacidade realizadora.

OK ?

Beijo grande !

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