sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Grounding e Gaia, um olhar especial sobre nossa relação com a Terra.

Segundo a Alquimia, há em nós um órgão energético chamado Matrix. Ele se assemelha a uma grande coroa que temos acima da cabeça, acima do chakra coronário e ele é responsável por nos conectar a todo e qualquer processo criativo, seja no sentido simbólico, seja no sentido literal. Ele nos coloca em profunda conexão com Gaia, a Mãe Terra. Em função disso, a Mulher se torna Sacerdotisa de Gaia, cuja interação com a Natureza é de extrema profundidade, quer ela tenha essa consciência ou não.
A saúde da Mulher depende de uma profunda conexão com a Natureza de Gaia e vice-versa! Veja a importância, a responsabilidade e o poder que recai sobre o feminino. A mulher é dona de um poder natural, por ter um acesso direto ao conhecimento cósmico, às estrelas. A intuição é o natural na mulher, daí sua relação com a bruxaria, com as ervas, com a magia.
Parte da depressão, da tristeza e da ansiedade que, nós mulheres sentimos atualmente, está relacionada às feridas que estão sendo impostas à Gaia.
Assim, quando essa força é negada, a Mulher se torna “invisível” acaba tendo a sensação de não ser vista por ninguém.
Problemas relacionados à Matrix são causados por restrição ao processo criativo, seja simbólico ou concreto. Reequilíbrio pode ser retomado quando criamos plantas, animais, desenhos, músicas, alinhamo-nos ao conceito de ecossustentabilidade ou desenvolvemos atividades artísticas ou artesanais são formas de estimular a reconexão com a Matrix.
Neste texto vamos focar na Magia de Gaia, no Curar-se para Curar a Terra e nos tornarmos mais fortes e emponderadas: grounding.
Falamos sobre a visão psicológica do grounding no post: Grounding e presença no corpo
Aqui, traremos um olhar ecológico e ritualístico do grounding.
A base bibliográfica aqui está no livro “Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas”, de Mirella Faur, um livro que eu recomendo para quem curtir temas relacionados ao Sagrado Feminino.
Então vamos lá !
Boa leitura !

O culto da Mãe Terra existiu em várias culturas antigas, e faz parte de nosso DNA Ancestral. Para os antigos gregos, Gaia representava tanto a grande Deusa da Terra quanto a forma física da Terra.
Na medida em que fomos “evoluindo”, passamos de uma total integração à Natureza, à uma postura de soberba sobre ela, com a Natureza não mais sendo vista como sagrada, animada, dotada de alma. Na ciência, tivemos o pensamento cartesiano, com a separação sujeito/objeto, com o sujeito sendo superior ao objeto de estudo. Separamo-nos uns dos outros.
O período atual – que começou com jovens aproximadamente da década de 1960 revoltando-se contra a farsa da Guerra Fria, o “American Way of Life”, movimentos black power, women power, gay power que valorizavam e davam voz às minorias oprimidas -  está permitindo uma outra visão, de integração e busca da reconexão do indivíduo.
No campo das ciências, tivemos uma ruptura cuja visão até hoje é pouco aprofundada, com o experimento da Dupla Fenda que jogou por terra a história de que sujeito e objeto estão apartados e nos trouxe para um outro patamar: o patamar de que a nossa intenção determina a reação. Ah.... o Homem já não estava separado da Natureza... Já não detinha poder sobre ela... ERA PARTE DELA !!!!
Interessante isso... porque nos levou de volta no tempo, ao tempo dos filósofos Gregos segundo os quais as leis naturais de Gaia são afetadas pela ética de moral humanas, portanto, a ordem natural pode ser desequilibrada pelo comportamento errado do homem. Citando o filósofo grego Hesíodo: “quando os homens têm a conduta certa, suas cidades florescem e não existem guerras ou fome, pois a Terra traz abundância e felicidade a todos”.
Para citarmos um cientista: “Portanto, aqui estamos – todos parte deste grande holograma chamado Criação, ou seja o EU do todos nós.”  - Itzhak Bentov ( 1923 – 1979 ) – citado no livro A Matriz Divina, de Gregg Braden.
O sagrado precisa ser recuperado como parte de nosso cotidiano, acredito que só assim, sairemos desse vazio infértil e pesado no qual entramos.
E não é tão difícil assim. Se assumirmos e respeitarmos nossos ciclos biológicos, compreendendo nossas mudanças assim como as mudanças de Gaia, através de seus solstícios e equinócios, além das fases lunares e suas celebrações, já estaremos dando um enorme passo e nos integrando para que a evolução possa continuar ocorrendo em nossas vidas e em nosso Planeta.
 A Dra. Eleanor Luzes nos diz que “há muito para se comemorar (... ) pois o tempo de zelar pelo próximo chegou, a ternura põe sua face à mostra. Sua coragem é a que vem da certeza do serviço amoroso, lembrando o arquétipo de Maria.
Jung (1993) nos ensina que : 
“O próprio Deus não pode prosperar numa humanidade que sofre de fome espiritual. A esta fome reage a psique da mulher, pois é função do Euros unir o que o Logos separa. A mulher de hoje está diante de uma enorme tarefa cultural que significa o começo da nova era” (p.128).
          A figura do arquétipo do feminino liga-se ao cuidar, nutrir, tratar. É esta força da natureza, visto que é isto que este aspecto do inconsciente coletivo representa na estrutura humana. Assim tal força vem trazendo uma nova visão de cuidado com a planta, como se observa através dos movimentos ecológicos.
É desta força que estamos falando aqui !
E para que sejamos capazes de nos fortalecer individualmente e contribuir com algo que é maior que nós precisamos restabelcer a conexão com nossa Mãe primordial, pois essa sintonia irá nos impulsionar na descoberta de novos meios para garantir Vida. Mudanças de comportamento, pequenos atos de preservação e cuidado, maior responsabilidade nas ações e escolhas podem fazer parte de nosso cotidiano. Podemos tentar proteger aquilo que está ao nosso alcance. Isso inclui, lógico, nossos corpos sagrados e nossa psiquê.
A premissa básica para ouvir o Chamado de Gaia e nos mobilizar para buscar a cura – a dela e a nossa – é reconhecer que não existe uma separação entre a Sua existência e a nossa sobrevivência. Se o nosso corpo é sagrado, o de Gaia também o é e vice-versa. Existimos em nosso corpo, ele conta toda nossa história e aí está a sua beleza. Ele é franco e verdadeiro. Não tem nada a esconder, por mais que queiramos.
Temos que cuidar de nosso corpo psicológico, promover processos de transformação e amadurecimento, transmutar o que não nos serve mais, zelar por nossa autoproteção psíquica, fortalecer nosso corpo áurico através do alinhamento do Hara, práticas de saudação ao sol, ingestão de elixir de cristais, água solarizada, ritualização dos ciclos femininos e de Gaia, andar descalças, sentir o chão, sentir o corpo, honrar a Natureza...
Somos guardiãs de Gaia e não podemos nos esquivar disso.
Quando percebemos que fazemos parte de Gaia, algo em nós muda, percebemos que há algo que está além de nós, o medo diminui, nossas inseguranças também, pois passamos a perceber o entorno de forma mais ampla, há uma certa gratidão como pano de fundo em nossos corações e nos acalmamos.
Quando nos acalmamos, acalmamos nossos filhos, nossos animais e todos os que convivem conosco, porque se sentem seguros, como nós nos sentimos seguras em Gaia.
Quero então, terminar este post com uma meditação do livro de Mirela Faur, cujo título é Encontro com Gaia.
Imagine-se levantando voo e flutuando acima da Terra, no espaço. Observe o globo azul esverdeado girando entra as nuvens, veja oceanos e continentes, cadeias de montanhas e desertos, florestas, rios e lagos.
Tente perceber algum lugar específico: os picos dos Himalaias, dos Alpes, a bacia do Nilo, o rio Amazonas, as pirâmides do Egito... vc escolhe.
Admire tudo o que vê e saúde Gaia, reverenciando sua beleza. Lembre-se que Ela é um ser vivo que sente seus pensamentos e emoções e projete para Ela respeito, amor e gratidão. Em forma de energias coloridas que acalmem seu cerne e estabelecem um canal de comunicação entre vocês.
Irradie amor para Gaia, veja esse amor irradiando odo seu coração como uma chama rosa e envolvendo a terra, levando seus pensamentos de cura porá os pontos de discórdia do planeta.
Mentalize agora energia verde para a preservação dos recursos naturais, azul para a limpeza das águas, branca para a pureza do ar, dourada para a expansão da consciência dos dirigentes.
Concentre-se em algum país, lugar, cidade, área, objetivo, necessidade local ou global e projete energia branca luminosa.
Após alguns momentos, agradeça a Gaia por tudo o que você e sua família receberam dela, despeça-se e volte para o “aqui e agora”, sentindo-se renovada e forte.


Um beijo grande !

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