Vamos iniciar no tema retomando o artigo passado
através de um breve resumo. A íntegra, para quem quiser se aprofundar, está
disponível neste link:
A literatura científica já tem embasado e documentado
que DTM e stress estão fortemente associados; no entanto, se nos detivermos num
olhar um pouco mais profundo sobre este stress, veremos que ele está
normalmente associado ao padrão de perfeccionismo e autoexigência intenso de
tal modo que chega a inibir a expressão espontânea no indivíduo, tensionando-o
no processo; tensão esta que pode ser lida de uma maneira tanto simbólica como
literal ( através da musculatura rígida e do maxilar que não se movimenta ).
Este comportamento de constante monitoramento sobre si
mesmo normalmente é aprendido durante a fase de formação da personalidade em
função de um histórico de convívio intenso com uma figura de autoridade amada,
porém castradora.
O perfeccionismo é a característica essencial da
pessoa super autoexigente e isso, em si, não é o problema, porque é através desta
característica que aprimoramos a nós mesmos e o que há ao nosso redor... Mas...
precisamos “subir uma oitava”, trazendo esse perfeccionismo dentro de uma
perspectiva mais ampla, onde o nosso Eu Superior seja considerado no processo.
Vamos explicar isso melhor.
Nosso Eu Superior é a parte mais sábia de nós mesmos e
está de fato, uma oitava acima do nosso padrão vibracional da 3D. Em função disso,
ele ( você ) é mais capaz de ter uma visão sinérgica dos acontecimentos, sejam coisas
bobas como entender porque se tem tanta vontade de comer agrião até coisas mais
amplas como entender que o sagrado só faz sentido se ele existir no cotidiano.
O nosso Eu Superior, orientado pelo seu Eu Superior (
duas oitavas acima da 3D ) cria intencionalmente nossas sincronicidades ou repetições
de lição e está superatento à nossa capacidade de aprender elas. Portanto,
atenção aos padrões repetitivos, porque através deles vc está querendo se
ensinar algo!!!
Essa
perspectiva é muito legal e nos tira da sensação de solidão ou aleatoriedade e
nos dá uma certa sensação de direcionamento intencional.
No mesmo instante em que passamos a olhar sob esta
perspectiva, vemos que todas as coisas que existem trazem em si dimensões
sucessivamente mais profundas, das quais a mais superficial é a corpórea e a
mais fundamental é o Absoluto, um estado que transcende a manifestação, a
presença e até mesmo a consciência — trata-se, essencialmente, do reconhecimento da dimensão espiritual de
tudo e em tudo o que existe.
A partir deste ponto de vista, podemos compreender que
há uma razão para tudo o que existe, da forma que existe. O que acontece é que
nem sempre reconhecemos ou nos lembramos disso, em função de nossos pensamentos
estarem limitados à terceira dimensão ( 3D).
Quando dizemos que uma coisa é perfeita, nós
geralmente a comparamos com o nosso critério interior do ideal e determinamos
que ela se aproxima desse modelo. A comparação racionalizada por padrões
externos sobrepuja a percepção de que Deus é multifacetado.
É difícil conceber uma perfeição que não se baseie na
comparação de uma coisa com outra e na determinação de qual delas mais se
assemelha ao nosso padrão interior de excelência e, em decorrência, nos parece
ser a melhor das duas. Essa perfeição
determinada por um juízo comparativo baseia-se em critérios subjetivos formados
pela cultura, pelos valores familiares, pela nossa história e nossas
preferências pessoais, e é a única perfeição que a personalidade conhece e,
neurologicamente, absorvida por nossos neurônios-espelho.
Se substituirmos o termo “perfeição”, ou “certo versus
errado” por “funciona ou não funciona”, começamos a trazer uma nova perspectiva
baseada no aqui e no agora mais concreto e começamos a perceber que toda a
existência traz em si uma qualidade de plenitude, integridade e impecabilidade,
pelo simples fato de ser.
Não é difícil entender isso: dizemos que o golfinho é
imperfeito porque ele não tem a capacidade de andar na terra? Não... ao
contrário, admiramos sua capacidade telepática sua dinâmica corporal perfeita
para a água ... Percebe a diferença? O Golfinho é perfeito por ser golfinho e
fazer coisas de golfinho.
Nos artigos em que falamos sobre a História da
Alquimia, trouxemos um pouco das visões do Taoismo, do Budismo e do Hinduismo.
O que é super interessante e comum a elas é o fato de perceberem tudo como manifestação
de Deus e ponto final. O julgamento é quase como não deixar Deus existir em si.
Pense nessa idéia....
Até se olharmos com amplitude a lei do Karma, coisas
complicadas de entender como miséria e fome passam a ser também relativizada. O
espírito é maior do que a sua encarnação... Não sabemos qual foi o seu
planejamento... Não sabemos o que ele se propôs a aprender aqui... Por isso não
podemos julgar. Isso não nos isenta de ajudar, preste atenção! Mas não é ajudar
a partir de uma atitude de superioridade.
Julgamento mental é onipotência.
O julgamento diz “vc não pode ser dessa forma, tem que
ser da forma que eu quero”... Se vc traz Deus dentro de si, como pode ser impedido
de ser quem vc quer ser??? A doença vem exatamente nesse momento em que o seu
Espírito diz a vc “hei... acorda... vc não tá cumprindo sua missão de ser vc
aqui !!!”
Mas o que o pensamento ocidental excessivamente Yang
fez? Construiu um Deus fora da Terra, lá longe... punitivo, incrivelmente
guerreiro, ciumento e vingativo.
Nossos pais assimilaram essa idéia que vem de há muito
tempo... então, em sua fragilidade, internalizaram a representação desse Deus
fragmentado. Figuras de autoridade
castradoras tem dentro de si basicamente essa percepção de mundo cindida, embasada
num pensamento de que “para eu estar certo, vc tem que estar errado”. Não há um co-criado, um terceiro que
surge a partir do encontro entre o seu e o meu. Não existe um Namastê, onde o
meu Deus reconhece e saúda o seu Deus.
Se não existe a possibilidade do terceiro existir,
como vai existir a Criança que traz o Yin dentro de si, Yin da flexibilidade e
da espontaneidade?
A rigidez da DTM fala muito disso: do Sol em excesso
em detrimento da Lua que ficou eclipsada, em termos simbólicos, em sua
expressão emocional. Lembre-se que o chakra laríngeo rege a mandíbula e o
expressar-se no mundo através do plano das idéias.
Voltar a brincar com essa Criança é essencial para o
processo de resgate e reconexão com a virtude Divina do ser. E quer ver como é
bela a essência Divina do Perfeccionista?
O Perfeccionista conectado com seu Eu Superior, é uma
pessoa absolutamente consciente do presente, entendendo que cada momento é
perfeito em si. Gurdjieff, um dos principais estudiosos no Eneagrama, nos fala
que “a rigidez é boa na pedra, não no
homem. A ele cabe a firmeza, o que é bem diferente.”
Perceber é diferente de analisar e essa é uma sacada
fundamental para a mudança, por isso é tão importante estar no presente e prestar
atenção ao corpo. Ele é o nosso melhor professor em relação a centrarmos no
presente. Quando isso acontece, o padrão cerebral entra em harmonia e a
sensação que temos é a de paz, de serenidade. É como um céu azul de outono....
Sabe qual o grande paradoxo? Para uma pessoa
autoexigente e perfeccionista subir uma oitava precisará antes de mais nada
aprender a reconhecer a perfeição em tudo, independente da forma como venha a manifestação
divina.
Ninguém tem o direito de te condenar. Nem você!
No próximo artigo, vamos falar sobre a maturidade do autorrespeito e da
autorresponsabilidade da mulher guerreira em substituição à postura de autocondenação e, na sequência, sobre as modalidades de cura da DTM e
transformação do padrão comportamental através da medicina vibracional.
Um grande beijo!
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