quinta-feira, 2 de março de 2017

DTM: a Dor do Perfeccionismo II

Vamos iniciar no tema retomando o artigo passado através de um breve resumo. A íntegra, para quem quiser se aprofundar, está disponível neste link:
A literatura científica já tem embasado e documentado que DTM e stress estão fortemente associados; no entanto, se nos detivermos num olhar um pouco mais profundo sobre este stress, veremos que ele está normalmente associado ao padrão de perfeccionismo e autoexigência intenso de tal modo que chega a inibir a expressão espontânea no indivíduo, tensionando-o no processo; tensão esta que pode ser lida de uma maneira tanto simbólica como literal ( através da musculatura rígida e do maxilar que não se movimenta ).
Este comportamento de constante monitoramento sobre si mesmo normalmente é aprendido durante a fase de formação da personalidade em função de um histórico de convívio intenso com uma figura de autoridade amada, porém castradora.
O perfeccionismo é a característica essencial da pessoa super autoexigente e isso, em si, não é o problema, porque é através desta característica que aprimoramos a nós mesmos e o que há ao nosso redor... Mas... precisamos “subir uma oitava”, trazendo esse perfeccionismo dentro de uma perspectiva mais ampla, onde o nosso Eu Superior seja considerado no processo.
Vamos explicar isso melhor.


Nosso Eu Superior é a parte mais sábia de nós mesmos e está de fato, uma oitava acima do nosso padrão vibracional da 3D. Em função disso, ele ( você ) é mais capaz de ter uma visão sinérgica dos acontecimentos, sejam coisas bobas como entender porque se tem tanta vontade de comer agrião até coisas mais amplas como entender que o sagrado só faz sentido se ele existir no cotidiano.
O nosso Eu Superior, orientado pelo seu Eu Superior ( duas oitavas acima da 3D ) cria intencionalmente nossas sincronicidades ou repetições de lição e está superatento à nossa capacidade de aprender elas. Portanto, atenção aos padrões repetitivos, porque através deles vc está querendo se ensinar algo!!!
 Essa perspectiva é muito legal e nos tira da sensação de solidão ou aleatoriedade e nos dá uma certa sensação de direcionamento intencional.
No mesmo instante em que passamos a olhar sob esta perspectiva, vemos que todas as coisas que existem trazem em si dimensões sucessivamente mais profundas, das quais a mais superficial é a corpórea e a mais fundamental é o Absoluto, um estado que transcende a manifestação, a presença e até mesmo a consciência — trata-se, essencialmente, do reconhecimento da dimensão espiritual de tudo e em tudo o que existe.
A partir deste ponto de vista, podemos compreender que há uma razão para tudo o que existe, da forma que existe. O que acontece é que nem sempre reconhecemos ou nos lembramos disso, em função de nossos pensamentos estarem limitados à terceira dimensão ( 3D).
Quando dizemos que uma coisa é perfeita, nós geralmente a comparamos com o nosso critério interior do ideal e determinamos que ela se aproxima desse modelo. A comparação racionalizada por padrões externos sobrepuja a percepção de que Deus é multifacetado.
É difícil conceber uma perfeição que não se baseie na comparação de uma coisa com outra e na determinação de qual delas mais se assemelha ao nosso padrão interior de excelência e, em decorrência, nos parece ser a melhor das duas. Essa perfeição determinada por um juízo comparativo baseia-se em critérios subjetivos formados pela cultura, pelos valores familiares, pela nossa história e nossas preferências pessoais, e é a única perfeição que a personalidade conhece e, neurologicamente, absorvida por nossos neurônios-espelho.
Se substituirmos o termo “perfeição”, ou “certo versus errado” por “funciona ou não funciona”, começamos a trazer uma nova perspectiva baseada no aqui e no agora mais concreto e começamos a perceber que toda a existência traz em si uma qualidade de plenitude, integridade e impecabilidade, pelo simples fato de ser.
Não é difícil entender isso: dizemos que o golfinho é imperfeito porque ele não tem a capacidade de andar na terra? Não... ao contrário, admiramos sua capacidade telepática sua dinâmica corporal perfeita para a água ... Percebe a diferença? O Golfinho é perfeito por ser golfinho e fazer coisas de golfinho.
Nos artigos em que falamos sobre a História da Alquimia, trouxemos um pouco das visões do Taoismo, do Budismo e do Hinduismo. O que é super interessante e comum a elas é o fato de perceberem tudo como manifestação de Deus e ponto final. O julgamento é quase como não deixar Deus existir em si. Pense nessa idéia....
Até se olharmos com amplitude a lei do Karma, coisas complicadas de entender como miséria e fome passam a ser também relativizada. O espírito é maior do que a sua encarnação... Não sabemos qual foi o seu planejamento... Não sabemos o que ele se propôs a aprender aqui... Por isso não podemos julgar. Isso não nos isenta de ajudar, preste atenção! Mas não é ajudar a partir de uma atitude de superioridade.
Julgamento mental é onipotência.
O julgamento diz “vc não pode ser dessa forma, tem que ser da forma que eu quero”... Se vc traz Deus dentro de si, como pode ser impedido de ser quem vc quer ser??? A doença vem exatamente nesse momento em que o seu Espírito diz a vc “hei... acorda... vc não tá cumprindo sua missão de ser vc aqui !!!”
Mas o que o pensamento ocidental excessivamente Yang fez? Construiu um Deus fora da Terra, lá longe... punitivo, incrivelmente guerreiro, ciumento e vingativo.
Nossos pais assimilaram essa idéia que vem de há muito tempo... então, em sua fragilidade, internalizaram a representação desse Deus fragmentado.  Figuras de autoridade castradoras tem dentro de si basicamente essa percepção de mundo cindida, embasada num pensamento de que “para eu estar certo, vc tem que estar errado”. Não há um co-criado, um terceiro que surge a partir do encontro entre o seu e o meu. Não existe um Namastê, onde o meu Deus reconhece e saúda o seu Deus.
Se não existe a possibilidade do terceiro existir, como vai existir a Criança que traz o Yin dentro de si, Yin da flexibilidade e da espontaneidade?
A rigidez da DTM fala muito disso: do Sol em excesso em detrimento da Lua que ficou eclipsada, em termos simbólicos, em sua expressão emocional. Lembre-se que o chakra laríngeo rege a mandíbula e o expressar-se no mundo através do plano das idéias.
Voltar a brincar com essa Criança é essencial para o processo de resgate e reconexão com a virtude Divina do ser. E quer ver como é bela a essência Divina do Perfeccionista?
O Perfeccionista conectado com seu Eu Superior, é uma pessoa absolutamente consciente do presente, entendendo que cada momento é perfeito em si. Gurdjieff, um dos principais estudiosos no Eneagrama, nos fala que “a rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe a firmeza, o que é bem diferente.”
Perceber é diferente de analisar e essa é uma sacada fundamental para a mudança, por isso é tão importante estar no presente e prestar atenção ao corpo. Ele é o nosso melhor professor em relação a centrarmos no presente. Quando isso acontece, o padrão cerebral entra em harmonia e a sensação que temos é a de paz, de serenidade. É como um céu azul de outono....
Sabe qual o grande paradoxo? Para uma pessoa autoexigente e perfeccionista subir uma oitava precisará antes de mais nada aprender a reconhecer a perfeição em tudo, independente da forma como venha a manifestação divina.
Ninguém tem o direito de te condenar. Nem você! 
No próximo artigo, vamos falar sobre a maturidade do autorrespeito e da autorresponsabilidade da mulher guerreira em substituição à postura de autocondenação e, na sequência, sobre as modalidades de cura da DTM e transformação do padrão comportamental através da medicina vibracional.

Um grande beijo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário