Segundo a Alquimia, há em
nós um órgão energético chamado Matrix. Ele se assemelha a uma grande coroa que
temos acima da cabeça, acima do chakra coronário e ele é responsável por nos
conectar a todo e qualquer processo criativo, seja no sentido simbólico, seja
no sentido literal. Ele nos coloca em profunda conexão com Gaia, a Mãe Terra.
Em função disso, a Mulher se torna Sacerdotisa de Gaia, cuja interação com a
Natureza é de extrema profundidade, quer ela tenha essa consciência ou não.
A saúde da Mulher depende
de uma profunda conexão com a Natureza de Gaia e vice-versa! Veja a
importância, a responsabilidade e o poder que recai sobre o feminino. A mulher
é dona de um poder natural, por ter um acesso direto ao conhecimento cósmico,
às estrelas. A intuição é o natural na mulher, daí sua relação com a bruxaria,
com as ervas, com a magia.
Parte da depressão, da
tristeza e da ansiedade que, nós mulheres sentimos atualmente, está relacionada
às feridas que estão sendo impostas à Gaia.
Assim, quando essa força é
negada, a Mulher se torna “invisível” acaba tendo a sensação de não ser vista
por ninguém.
Problemas relacionados à
Matrix são causados por restrição ao processo criativo, seja simbólico ou
concreto. Reequilíbrio pode ser retomado quando criamos plantas, animais,
desenhos, músicas, alinhamo-nos ao conceito de ecossustentabilidade ou
desenvolvemos atividades artísticas ou artesanais são formas de estimular a
reconexão com a Matrix.
Neste texto vamos focar na
Magia de Gaia, no Curar-se para Curar a Terra e nos tornarmos mais fortes e
emponderadas: grounding.
Falamos sobre a visão psicológica do grounding no post: Grounding e presença no corpo
Aqui, traremos um olhar ecológico e ritualístico do grounding.
A base bibliográfica aqui
está no livro “Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas”, de Mirella
Faur, um livro que eu recomendo para quem curtir temas relacionados ao Sagrado Feminino.
Então vamos lá !
Boa leitura !
O culto da Mãe Terra
existiu em várias culturas antigas, e faz parte de nosso DNA Ancestral. Para os
antigos gregos, Gaia representava tanto a grande Deusa da Terra quanto a forma
física da Terra.
Na medida em que fomos
“evoluindo”, passamos de uma total integração à Natureza, à uma postura de
soberba sobre ela, com a Natureza não mais sendo vista como sagrada, animada,
dotada de alma. Na ciência, tivemos o pensamento cartesiano, com a separação
sujeito/objeto, com o sujeito sendo superior ao objeto de estudo. Separamo-nos
uns dos outros.
O período atual – que
começou com jovens aproximadamente da década de 1960 revoltando-se contra a
farsa da Guerra Fria, o “American Way of Life”, movimentos black power, women power, gay power que valorizavam e davam voz às
minorias oprimidas - está permitindo uma
outra visão, de integração e busca da reconexão do indivíduo.
No campo das ciências,
tivemos uma ruptura cuja visão até hoje é pouco aprofundada, com o experimento
da Dupla Fenda que jogou por terra a história de que sujeito e objeto estão
apartados e nos trouxe para um outro patamar: o patamar de que a nossa intenção
determina a reação. Ah.... o Homem já não estava separado da Natureza... Já não
detinha poder sobre ela... ERA PARTE DELA !!!!
Interessante isso... porque
nos levou de volta no tempo, ao tempo dos filósofos Gregos segundo os quais as
leis naturais de Gaia são afetadas pela ética de moral humanas, portanto, a
ordem natural pode ser desequilibrada pelo comportamento errado do homem.
Citando o filósofo grego Hesíodo: “quando os homens têm a conduta certa, suas
cidades florescem e não existem guerras ou fome, pois a Terra traz abundância e
felicidade a todos”.
Para citarmos um cientista:
“Portanto, aqui estamos – todos parte deste grande holograma chamado Criação,
ou seja o EU do todos nós.” - Itzhak
Bentov ( 1923 – 1979 ) – citado no livro A Matriz Divina, de Gregg Braden.
O sagrado precisa ser
recuperado como parte de nosso cotidiano, acredito que só assim, sairemos desse
vazio infértil e pesado no qual entramos.
E não é tão difícil assim.
Se assumirmos e respeitarmos nossos ciclos biológicos, compreendendo nossas
mudanças assim como as mudanças de Gaia, através de seus solstícios e
equinócios, além das fases lunares e suas celebrações, já estaremos dando um
enorme passo e nos integrando para que a evolução possa continuar ocorrendo em
nossas vidas e em nosso Planeta.
A Dra. Eleanor Luzes nos
diz que “há muito para se comemorar (... ) pois o tempo de zelar pelo próximo
chegou, a ternura põe sua face à mostra. Sua coragem é a que vem da
certeza do serviço amoroso, lembrando o arquétipo de Maria.
Jung (1993) nos ensina que :
“O próprio Deus não pode prosperar
numa humanidade que sofre de fome espiritual. A esta fome reage a psique da
mulher, pois é função do Euros unir o que o Logos separa. A mulher de hoje está
diante de uma enorme tarefa cultural que significa o começo da nova era” (p.128).
A figura do arquétipo do
feminino liga-se ao cuidar, nutrir, tratar. É esta força da natureza, visto que
é isto que este aspecto do inconsciente coletivo representa na estrutura
humana. Assim tal força vem trazendo uma nova visão de cuidado com a planta,
como se observa através dos movimentos ecológicos.
É desta força que estamos
falando aqui !
E para que sejamos capazes
de nos fortalecer individualmente e contribuir com algo que é maior que nós
precisamos restabelcer a conexão com nossa Mãe primordial, pois essa sintonia
irá nos impulsionar na descoberta de novos meios para garantir Vida. Mudanças
de comportamento, pequenos atos de preservação e cuidado, maior
responsabilidade nas ações e escolhas podem fazer parte de nosso cotidiano. Podemos
tentar proteger aquilo que está ao nosso alcance. Isso inclui, lógico, nossos
corpos sagrados e nossa psiquê.
A premissa básica para
ouvir o Chamado de Gaia e nos mobilizar para buscar a cura – a dela e a nossa –
é reconhecer que não existe uma separação entre a Sua existência e a nossa
sobrevivência. Se o nosso corpo é sagrado, o de Gaia também o é e vice-versa.
Existimos em nosso corpo, ele conta toda nossa história e aí está a sua beleza.
Ele é franco e verdadeiro. Não tem nada a esconder, por mais que queiramos.
Temos que cuidar de nosso
corpo psicológico, promover processos de transformação e amadurecimento,
transmutar o que não nos serve mais, zelar por nossa autoproteção psíquica,
fortalecer nosso corpo áurico através do alinhamento do Hara, práticas de
saudação ao sol, ingestão de elixir de cristais, água solarizada, ritualização
dos ciclos femininos e de Gaia, andar descalças, sentir o chão, sentir o corpo,
honrar a Natureza...
Somos guardiãs de Gaia e
não podemos nos esquivar disso.
Quando percebemos que
fazemos parte de Gaia, algo em nós muda, percebemos que há algo que está além
de nós, o medo diminui, nossas inseguranças também, pois passamos a perceber o
entorno de forma mais ampla, há uma certa gratidão como pano de fundo em nossos
corações e nos acalmamos.
Quando nos acalmamos,
acalmamos nossos filhos, nossos animais e todos os que convivem conosco, porque
se sentem seguros, como nós nos sentimos seguras em Gaia.
Quero então, terminar este
post com uma meditação do livro de Mirela Faur, cujo título é Encontro com Gaia.
Imagine-se levantando voo e
flutuando acima da Terra, no espaço. Observe o globo azul esverdeado girando
entra as nuvens, veja oceanos e continentes, cadeias de montanhas e desertos,
florestas, rios e lagos.
Tente perceber algum lugar
específico: os picos dos Himalaias, dos Alpes, a bacia do Nilo, o rio Amazonas,
as pirâmides do Egito... vc escolhe.
Admire tudo o que vê e
saúde Gaia, reverenciando sua beleza. Lembre-se que Ela é um ser vivo que sente
seus pensamentos e emoções e projete para Ela respeito, amor e gratidão. Em forma
de energias coloridas que acalmem seu cerne e estabelecem um canal de
comunicação entre vocês.
Irradie amor para Gaia,
veja esse amor irradiando odo seu coração como uma chama rosa e envolvendo a
terra, levando seus pensamentos de cura porá os pontos de discórdia do planeta.
Mentalize agora energia
verde para a preservação dos recursos naturais, azul para a limpeza das águas,
branca para a pureza do ar, dourada para a expansão da consciência dos dirigentes.
Concentre-se em algum país,
lugar, cidade, área, objetivo, necessidade local ou global e projete energia
branca luminosa.
Após alguns momentos,
agradeça a Gaia por tudo o que você e sua família receberam dela, despeça-se e
volte para o “aqui e agora”, sentindo-se renovada e forte.
Um beijo grande !