sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Stress e DTM ? Respire, respire muito !!! É de graça !

Neste artigo, vamos falar sobre a correlação entre stress e DTM e sugerir a respiração como uma forma cientificamente comprovada de diminuição do stress e, portanto, como uma prática colaborativa para a amenização dos sintomas da DTM.
Boa leitura !

É sabido que atingimos um grande desenvolvimento científico e tecnológico, sendo o nosso trabalho agilizado por máquinas, robôs, softwares, plataformas, etc.
As informações, através de sistemas avançados de comunicação, alcançam grande parte das pessoas no planeta. Em 2016 a população do planeta Terra já passava com folga os 7 bilhões de habitantes, sendo que 40% com internet conectada 24 horas por dia, e os brasileiros ocupando o 4º lugar de usuários mais intensivos da rede, no mundo !
O acesso a informação nunca foi tão fácil.
No entanto, os avanços da ciência e da tecnologia não tem garantido em nada o aumento da felicidade. As grandes cidades estão superpopuladas, o desemprego e a insatisfação no trabalho aumentam, e as pessoas já não estão tão certas do que sentem, pensam ou querem. Os níveis de depressão estão aumentando e tende a se tornar uma das principais causas de afastamento do trabalho.
Enquanto seres humanos, não estamos evoluindo na mesma medida das nossas conquistas tecnológicas ou científicas.
A DTM ( Disfunção Temporomandibular ) surge com força como uma doença moderna de adaptação aos “tempos modernos”. Estima-se que 75% da população, com prevalência para as mulheres, já apresentou pelo menos um sinal de DTM e 33%, pelo menos um sintoma.
O estresse e as excessivas cargas de trabalho podem atuar como fatores de risco no desenvolvimento da DTM.
A correlação entre DTM, estresse e ansiedade está muito bem documentada na literatura cientifica, sendo que a ênfase em tratamentos multidisciplinares em vem sendo acentuada. A depressão entra aqui também em função do sofrimento físico ou emocional associados. Por vezes a dor chega a ser tão intensa que a pessoa não consegue nem mais identificar a causa da dor.
A correlação entre fatores biopsicossociais e a DTM parece lógica quando prestamos atenção ao fato de que a Articulação faz parte de um corpo que vive, sonha, interage e sente angustia, tristeza, alegria e raiva.
A não ser que a ATM tenha sofrido um trauma, não se pode excluir o fator stress da gama de fatores de risco da disfunção, portanto, o tratamento para amenização dos sintomas passa também e necessariamente pelo desenvolvimento de recursos para gerenciar o stress.
Para associarmos questões emocionais à dor, é importante entender que o nosso corpo sempre vive no agora, neste segundo. Nosso aparato biológico é programado para isso e, embora sejamos também capazes de recuperar as memórias do passado e nos anteciparmos ao futuro.
Não importa se vc está com o pensamento no que tem que fazer amanhã ou na saudade que sente o passado. Seu corpo viverá de acordo com isso, a partir do que é disparado em seu processamento mental, seus pensamentos, conscientes ou não.
Quando acreditamos que seremos agredidos e precisamos nos defender ( stress ), nosso organismo reage a isso preparando-se para lutar ou fugir. É inato, e faz parte de sermos mamíferos, de sermos animais. Temos um cérebro reptiliano por baixo da nossa massa cerebral moderna e “pensante”.
Quando antecipamos o futuro  e o trazemos para o momento do agora, o organismo passa a entender que é aquilo que está acontecendo e passa a responder a isso, disparando os sistemas de defesa e dor em pensamentos de um futuro ruim; nestes casos, teremos dor associada a um processo de ansiedade. Quando estamos num momento de crise, como o que vivemos agora, imagine o que pode acontecer com nossa saúde....
Da mesma forma, os eventos do passado: eventos traumáticos do passado deflagram crises de dor por este mecanismo. Aqui teremos dor associada a depressão.
Considerando que a diferença genética entre um gorila e o ser humano é de 1,6% , segundo publicação da revista Science, diga-me: como é que um gorila expressa comportamento agressivo? Ele usa a boca para mostrar os caninos, certo ?
Como nós expressamos? Cerramos os dentes. Tensionamos a musculatura do rosto, porque não podemos sair por aí abrindo a boca e mostrando os caninos, não é mesmo?
Quando estamos estressados, estamos com raiva, querendo jogar tudo para o ar, a cabeça está a mil, o humor está instável, o corpo está cansado, mas dizemos a nós mesmos: vc tem que ser mãe exemplar, vc tem que trabalhar, tem que ganhar dinheiro, tem que ser educado, uma série de “tens que” rotulados de normalidade, de adaptação social.
E a nossa espontaneidade, onde fica? Enclausurada em nossa couraça muscular civilizada. Diminuímos nossa respiração, nos intoxicamos com nosso próprio gás carbônico e aumentamos o nível de toxina em nossa musculatura, entrando num ciclo complicado de stress – dor – stress.
Por mais que vc não tenha domínio sobre tudo na sua vida, sobre uma coisa vc tem: a sua respiração! Sim! Use-a a seu favor, é de graça!
Se conseguir abrir bem a boca, faça isso: abra um bocão e inspire e expire pela boca durante um minuto. Vc se sentirá rapidamente mais vitalizado e relaxado. Não use o nariz nesta respiração.
Uma outra dica é: respire e concentre-se na respiração por pelo menos três minutos por dia. Não tem segredo. É só prestar atenção no ar que entra, no pulmão que infla e no ar que sai e no pulmão que esvazia.
A pratica concentrativa, prestar atenção de modo concentrado em algo, ativa a área do cérebro relacionada a escolha das estratégias comportamentais e libera beta-endorfinas, que são responsáveis pela diminuição da sensação de medo e dor, inibe o sistema noradrenérgico, responsável pelo stress e além disso, ativa regiões corticais relacionadas ao prazer e a felicidade, liberando neurohormônios relacionados a estes comportamentos, amenizando a percepção de dor.
Por tudo isso, respire, e muito de forma consciente sempre !!!!
Vc só precisará se disciplinar e entrar na rotina.
De graça, está em vc, o tempo todo e vai ajudar vc a ter pensamentos mais felizes !

Um beijo aéreo !

Salma

Nenhum comentário:

Postar um comentário