“Deus leva você de um sentimento a outro. E te ensina
por meio de opostos para que tenha duas asas para voar. Não uma!
Rumi – citado no livro
Psicologia Alquímica, Dr. Thom F. Cavalli
Alquimia vai muito além do clichê de transformar
chumbo em ouro. É a Ciência do Espírito, como diz Joel Aleixo. E isso faz toda
a diferença, porque, a partir deste olhar, reintegramos nossa percepção de
mundo, ampliando-a. Eventos isolados, ganham contexto. O estômago conversa com
o coração que conversa com nossos sentimentos que conversa com nossa imunidade
que conversa com nosso amor próprio!
A imagem do Ouroborus é perfeita aqui, porque o ciclo
de integração não tem fim e tenho certeza de que vc poderia dar continuidade à
conversa acima, não poderia?
Uma das imagens de Ouroborus que mais fala comigo é
esta, acessível no link : http://www.la-rose-bleue.org/Images/etudes_table_emeraude_Solve-Coagula.jpg
Sobre ela, poderíamos falar horas... em função da
riqueza simbólica que carrega, mas gostaria de focar em um tema, que parece
fazer sentido no momento atual: medo e desejo, enquanto forças que ora nos
coagulam e fixam num lugar, ora nos solvem e nos expandem para o Universo.
Não é novidade que sempre que nos referimos a sentimentos
nós nos referimos ao coração. Não é novidade também que o chakra cardíaco é o órgão
energético responsável por nossa imunidade, por nosso amor próprio e por nossa capacidade
de amar incondicionalmente.
Por esta perspectiva, o coração é mais do que o órgão
que nos mantém vivemos. É um conceito dinâmico que abrange a existência
inteira.
Quando estamos com medo e angústia, o coração aperta,
não é mesmo? Quando estamos alegres, nosso coração se abre, o peito expande.
O medo vive no coração da força motriz do ego: é ele
quem nos protege da onipotência e da arrogância e é a através dele que podemos
nos tornar mais humildes, perceber limites.
O medo significa uma transição na consciência, da
mente que desconhece a si mesma para a mente que inicia a longa jornada para a
autoconsciência, porque delineamentos e limites passam a existir.
O medo tem na dúvida e é interessante pensarmos que,
para desenvolver a dúvida, é preciso antes desenvolvermos um senso de nós
mesmos. Não é a toa que somos atordoados por dúvidas em fases de transição da
nossa vida. Transições são crise e crises são reinvenções de nós mesmos.
Para Descartes, o pai do dualismo, remodelou a dúvida
transformando em base da prova científica de nossa existência consciente,
porque “penso, logo existo”. A dúvida está ao nível do intelecto, elemento Ar
que se expande completamente se não for direcionado pela Terra, e quando há Ar
em excesso, quando há dúvida em excesso, nossos pensamentos não param
simplesmente e entramos em ansiedade. O medo em demasia nos torna ansiosos, mas
o medo aquém do necessário, nos coloca em pensamentos mágicos, onde o limite
não existe. É só olhar para qualquer criança que vc terá a prova disso, não é
mesmo?
O medo é um sentimento e está no coração. No coração, devem estar todos os quatro elementos combinados de maneira muito equilibrada. É o Sal Salinarius. É
o coração que nos mantém centrados e conectados. Nosso coração nos faz
ponderados e governa nossos pensamentos. E hj, as pesquisas do Heartmath
Institute vem provando isso brilhantemente! Nosso coração manda em nossa cabeça
e não o contrário !!!!
Na medida em que amadurecemos, passamos a perceber
que, quando estamos em dúvida, a escolha certa é exatamente a escolha que
fizemos, em outras palavras, o que torna a escolha certa é o fato de ter sido
feita.
Enfrentando o medo de cometer um erro, podemos nos
afirmar e então percebemos que temos a capacidade de escolher e decidir! Um
sinal seguro de que estamos começando a confiar em nós mesmos!
Escolha escolher !
Um beijo grande !
Se quiser saber mais sobre o Heartmath Institute, clique em :https://www.heartmath.org/
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